Diante de uma esperanca deixou-se guiar.

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Acordava em um dia qualquer um garoto qualquer, um dia como todos os outros, onde todos acordam e vão aos seus trabalhos, escolas e dentre outros deveres, e ele, ele não era diferente dos outros, ele havia um desses compromissos, e havia de levantar para cumpri-los. Eram cinco da manhã e o garoto não conseguia levantar direito, se assemelhava mais há um zumbi do que um ser vivo, mas ele sabia que tinha que levantar, e então o fez, com os olhos turvos e sua musculatura fraca ele caminha até o banheiro para que possa tomar um banho, ele pensa que a água quente poderia o acordar diante do sono que o fazia se sentir mais morto do que vivo, e de certo modo funcionou, enquanto se banhava o garoto conseguia tomar consciência cada vez mais e assim tomando mais postura para continuar seu dia. Ele sai de seu banho com o vapor da água saindo de seu corpo de tão quente que a água estava, isto deixava a sua musculatura mais calma além de acorda-lo, ele então pega sua toalha e se seca, começando de seu cabelo até seus pés, ele se penteia, e se veste adequadamente, eles estava pronto para sair pra onde quais quer que eram seus deveres a serem feitos. Logo depois de se vestir o garoto arruma a sua mala e coloca os livros que precisa, ele iria para a escola! Mas ele não enxergava isso com bons olhos, na verdade isto era um fardo a ele, ele desejava levar todos os livros todos os dias apesar de sua coluna doer quando carregava esses livros em sua mochila, ele não suportava mais a ideia de esquecer os livros em dias específicos, mesmo anotando cuidadosamente qual dia ia ser de qual livro, ele não podia cuidar de sua memória, e ele estava cansado disso, por isso tentava seguir uma rotina que havia criado, apesar de não lembrar as vezes, ele acreditava funcionar. Depois de arrumar sua mala ele a coloca nas costas, pega sua chave que estava na mesa da sala, se despede de seu cachorro e seu gato,  abre a porta e vai andando até o ponto de ônibus, ele havia de pegar ônibus todos os dias para que chegasse a escola, para ele não seria uma tarefa tão desconfortável se o trajeto não fosse muito longo, que por caso era. Ele logo depois de apenas alguns minutos chegava ao ponto e aguarda o ônibus, e então o ônibus chega e ele entra, o ônibus esse horário não cheio, na verdade ele era bem vazio, e então ele senta e deixa o tempo passar, desde sua caminhada de sua casa até agora ele não pensava em nada, apenas uma vasta inexistência de pensamento que deixava ele passar o tempo mais rápido para que não ficasse entediado. Ele não tem nada para entretê-lo, livros o deixavam com sono, e ele não havia celular, então ele apenas ficava olhando a janela enquanto o dia amanhecia, se bem que ele só havia de amanhecer bem no final da viajem. Depois de uma incrível e vazia uma hora ele saia do ônibus, não me leve por mal, ele não enxergava isso como um fardo, estar uma hora em um completo vazio de pensamentos o deixava mais leve, ele se sentia descansado quando sua mente não havia nada, talvez ele tenha algo a sentir sobre isto, só que não agora, logo depois de sair ele caminha um pouco mais para chegar até a escola onde ele iria ficaria bela parte de seu tempo, ele entra a escola e chega a sua sala de aula, senta e espera o professor chegar, não era nada de mais, apenas uma rotina. Os professores chegavam e davam bom dia, outros nem se quer faziam questão, o garoto não entedia o porque, para ele era tão simples, simples palavras a serem ditas que melhorariam o dia de alguém, algo tão romântico o que ele pensava, mas tão quebradiço, ele havia mentalidade para admitir que era quebradiço, mas apenas não sabia que seu pensamento poderia ser fajuto, talvez ignorância, ou apenas falta de olhar, de qualquer forma ele não enxergava muito problema nisto, ele fazia os que os professores demandavam dele, e em tempos conversa com colegas ou em sua maioria do tempo ficava apenas quieto, talvez desenhando, talvez apenas dormindo, de fato ele sempre estava fazendo algo. De tantos professores vindo e indo ele não havia notado o tempo a passar, para ele o tempo era rápido demais, ele enxergava o tempo como uma entidade, alguma coisa mais rápida que ele, mas na verdade, ele que deixou o tempo ir além do que ele pudesse acompanhar, mas de qualquer forma já era hora de voltar para casa. Bem, se havia algo que deixava-o desconfortável era o fato de usar roupas de frio por causa da madrugada gelada, e então pegar ônibus ao meio dia com um sol de doer os olhos, isso sim era uma tortura pra ele, ele se perguntava se diante o seu dia ele haveria de sentir algo além de um vazio preenchido de nada com desconforto ou algo mais, mas ele sabia que apenas estava pensando demais, já que aquela situação o deixava fora de si, não sabia controlar sua mente, mesmo assim depois de tantos pensamentos desconfortantes sobre o calor excessivo ele havia chegado em casa. Ele sequer pensa duas vezes antes de tirar toda sua veste menos as que cobriam seus íntimos, e assim ele ficaria pelo dia, até mesmo depois de se banhar.
  Ele sentado em seu sofá acompanhava seu cachorro, ele andava quase que incansavelmente apesar de ser cego, parecia que ele se lembrava de como era correr livre quando seus tutores o levavam para sair, apesar do cão apresentar tal comportamento, ele não dava muito valor, bom, ele dava valor para o cachorro mas não pela sua vivência, para ele o cão como era incomunicável era um ser desprovido de vontades livres, apenas cercado de instintos. Ele também acompanhava seu gato, não havia muito o que dizer do gato, afinal, o gato ficava a maioria do tempo quieto, mas por algum motivo, o gato atraia mais o garoto do que o cão, um gato que não demonstrava ter muitas vontades, e um cão que se pudesse raciocinar ja estaria muito distante daquela situação, mas para o garoto aquilo era normal, aquilo para ele era rotina.
  E assim seguiu o dia, ele sentado no sofá fazendo quaisquer coisas que havia interesse enquanto era acompanhado por seus animais, ele havia de comer seu jantar já que o tempo havia passado, e então tomar seu banho para que pudesse dormir e recomeçar, bom, pelo menos era assim que ele enxergava.

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⏰ Last updated: Mar 04, 2022 ⏰

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