A solidão as vezes pode ser seu pior inimigo, quando a dor se torna insuportável a sensação de choro prende-se a garganta como um nó, as lágrimas caem dolorosas e controlar se torna impossível.
Foi assim que Beomgyu despertou, chorando sem parar, isso porque sonhou com a própria morte e como sua mãe havia ficado arrasada além de sua família.
Yeonjun chegava para lhe entregar as medicações quando viu o jovem soluçar com as mãos em frente aos olhos completamente desesperado, ele o abraçou dizendo ser apenas um pesadelo, mas para Beomgyu aquilo se tornaria realidade algum dia.
A cada vela que soprava em seus aniversários era como se fosse o último, todos choravam escondido após a comemoração mas ele percebia e se sentia mal por isso, ele amava sua família.
- Pede pra minha mãe vir me ver por favor. - Beomgyu chorava agarrado ao uniforme de Yeonjun.
- Eu vou vou pedir, calma, não chora por favor. - Yeonjun o abraçava forte passando a mão em seu cabelo, podia sentir os dedos finos de Beomgyu segurando com desespero em suas vestes.
Beomgyu estava em crise, não conseguia parar de chorar, com calma Yeonjun o ajudou a tomar seus medicamentos e realizar todo processo que faziam todos os dias.
Yeonjun permaneceu no quarto até que Beomgyu adormecesse, seus olhos acabaram ficando inchados e seu nariz estava vermelho, o mais velho queria protegê-lo de tudo.
Soobin estava aos risos com Taehyun, o mais velho lhe contava um pouco sobre suas aventuras no tempo da escola, ele foi um aluno quieto mas uma vez ou outra saía da linha.
- Quando você conheceu o Yeonjun? - Taehyun perguntou curioso.
- Na faculdade, ele me seguia pra todos os lados pra fazer amizade comigo. - Sorriu ao relembrar.
- Vocês são bem próximos.
- Nem tanto, somos apenas colegas de trabalho.
- Eu admiro a proximidade de vocês, eu e o Beomgyu não podemos nos tocar como vocês podem. - Taehyun falava mirando os olhos em seus dedos.
- Você me deixou triste, fique sozinho agora. - Soobin cruzou os braços e saiu em direção a porta.
- Vai trabalhar! - Disse aos risos e Soobin saiu após fazer careta para o mais novo.
Taehyun pegou o celular para ver suas mensagens, havia apenas as que ele já estava acostumado, mandou um bom dia para Beomgyu mas o jovem não recebeu resposta.
O ruivo estava entendiado como sempre, levantava e deitava constantemente, tentou desenhar mas só saiam rabiscos indefinidos, era inútil, precisava sair e se movimentar.
Ele se arrumou inteiro e saiu do quarto levando apenas sua bolsa com o pequeno cilindro de oxigênio, olhou para porta de Beomgyu trancada e cogitou ir tá lá mas desistiu e seguiu sozinho caminhando pelo hospital.
Ele queria explorar cada lugar que pudesse levar Beomgyu depois.
- Andar sozinho é tão chato. - Taehyun fazia bico enquanto falava sozinho.
Após uma longa caminhada Taehyun encontrou um mapa do hospital, rapidamente leu tudo e foi correndo para o lugar que mais lhe interessou.
Ele não entrou, apenas viu que a sala realmente existia e voltou a andar, Taehyun queria entrar no local com Beomgyu, seria um primeiro lugar para ambos então seria bem mais interessante.
Taehyun voltou para o corredor do seu quarto, Soobin e Yeonjun estavam tão ocupados que não perceberam sua presença, ele encarava a porta de Beomgyu desejando que o rapaz saísse por lá e sorrisse para ele.
A porta de Beomgyu realmente se abriu mas não era ele, uma mulher de meia idade e de cabelo preso saía chorando, Taehyun desviou o olhar e a mulher foi embora passando bem ao seu lado, deduziu que seria a mãe do rapaz já que as semelhanças eram grandes.
- Soobin. - Taehyun o chamou baixou se aproximando.
- Hum? - Soobin nem ao menos olhou para o rapaz, digitava algo no notebook.
- Quem é a mulher que saiu do quarto do Beomgyu? - Perguntou Taehyun.
- É a mãe dele, você precisa de algo? - Yeonjun respondeu e Taehyun balançou a cabeça negativamente.
Taehyun voltou para o seu quarto logo agarrando o celular, ligou para Beomgyu e nada, não havia nenhuma mensagem também o que lhe deixou de coração apertado, queria saber o que estava acontecendo ou ficaria deprimido.
O ruivo saiu do quarto novamente, foi até o balcão e foi direto para frente de Yeonjun questionar se Beomgyu estava bem.
Yeonjun o informou que Beomgyu não se sentia bem então preferiu não aparecer naquele dia, Taehyun encarou a porta novamente, ele não podia ir até lá e abraçar seu amigo, era tão cruel.
Ele voltou para o quarto e deitou abraçando a coberta, muitas perguntas surgiam em sua cabeça sobre Beomgyu mas a principal era.
Porque sinto tanta vontade de protegê-lo?
-
Olá, obrigado a todos que estão lendo e comentando, fico feliz em ver interações, sei que a escrita não uma das melhores mas estou me esforçando na história, espero que estejam gostando e me perdoem caso aja algum erro.
Até a próxima atualização.
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Do not touch me. - Taegyu.
Fanfiction[SHORTFIC] Hospitais normalmente são símbolo de dor e tristeza mas também esperança e superação. Entre o desespero ocasionado por uma doença sem cura nasce uma amizade sincera e um amor avassalador, capaz de tirar a razão deixando o sentimento fala...