C.5 - Pesadelo.

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A solidão as vezes pode ser seu pior inimigo, quando a dor se torna insuportável a sensação de choro prende-se a garganta como um nó, as lágrimas caem dolorosas e controlar se torna impossível.

Foi assim que Beomgyu despertou, chorando sem parar, isso porque sonhou com a própria morte e como sua mãe havia ficado arrasada além de sua família.

Yeonjun chegava para lhe entregar as medicações quando viu o jovem soluçar com as mãos em frente aos olhos completamente desesperado, ele o abraçou dizendo ser apenas um pesadelo, mas para Beomgyu aquilo se tornaria realidade algum dia.

A cada vela que soprava em seus aniversários era como se fosse o último, todos choravam escondido após a comemoração mas ele percebia e se sentia mal por isso, ele amava sua família.

- Pede pra minha mãe vir me ver por favor. - Beomgyu chorava agarrado ao uniforme de Yeonjun.

- Eu vou vou pedir, calma, não chora por favor. - Yeonjun o abraçava forte passando a mão em seu cabelo, podia sentir os dedos finos de Beomgyu segurando com desespero em suas vestes.

Beomgyu estava em crise, não conseguia parar de chorar, com calma Yeonjun o ajudou a tomar seus medicamentos e realizar todo processo que faziam todos os dias.

Yeonjun permaneceu no quarto até que Beomgyu adormecesse, seus olhos acabaram ficando inchados e seu nariz estava vermelho, o mais velho queria protegê-lo de tudo.

Soobin estava aos risos com Taehyun, o mais velho lhe contava um pouco sobre suas aventuras no tempo da escola, ele foi um aluno quieto mas uma vez ou outra saía da linha.

- Quando você conheceu o Yeonjun? - Taehyun perguntou curioso.

- Na faculdade, ele me seguia pra todos os lados pra fazer amizade comigo. - Sorriu ao relembrar.

- Vocês são bem próximos.

- Nem tanto, somos apenas colegas de trabalho.

- Eu admiro a proximidade de vocês, eu e o Beomgyu não podemos nos tocar como vocês podem. - Taehyun falava mirando os olhos em seus dedos.

- Você me deixou triste, fique sozinho agora. - Soobin cruzou os braços e saiu em direção a porta.

- Vai trabalhar! - Disse aos risos e Soobin saiu após fazer careta para o mais novo.

Taehyun pegou o celular para ver suas mensagens, havia apenas as que ele já estava acostumado, mandou um bom dia para Beomgyu mas o jovem não recebeu resposta.

O ruivo estava entendiado como sempre, levantava e deitava constantemente, tentou desenhar mas só saiam rabiscos indefinidos, era inútil, precisava sair e se movimentar.

Ele se arrumou inteiro e saiu do quarto levando apenas sua bolsa com o pequeno cilindro de oxigênio, olhou para porta de Beomgyu trancada e cogitou ir tá lá mas desistiu e seguiu sozinho caminhando pelo hospital.

Ele queria explorar cada lugar que pudesse levar Beomgyu depois.

- Andar sozinho é tão chato. - Taehyun fazia bico enquanto falava sozinho.

Após uma longa caminhada Taehyun encontrou um mapa do hospital, rapidamente leu tudo e foi correndo para o lugar que mais lhe interessou.

Ele não entrou, apenas viu que a sala realmente existia e voltou a andar, Taehyun queria entrar no local com Beomgyu, seria um primeiro lugar para ambos então seria bem mais interessante.

Taehyun voltou para o corredor do seu quarto, Soobin e Yeonjun estavam tão ocupados que não perceberam sua presença, ele encarava a porta de Beomgyu desejando que o rapaz saísse por lá e sorrisse para ele.

A porta de Beomgyu realmente se abriu mas não era ele, uma mulher de meia idade e de cabelo preso saía chorando, Taehyun desviou o olhar e a mulher foi embora passando bem ao seu lado, deduziu que seria a mãe do rapaz já que as semelhanças eram grandes.

- Soobin. - Taehyun o chamou baixou se aproximando.

- Hum? - Soobin nem ao menos olhou para o rapaz, digitava algo no notebook.

- Quem é a mulher que saiu do quarto do Beomgyu? - Perguntou Taehyun.

- É a mãe dele, você precisa de algo? - Yeonjun respondeu e Taehyun balançou a cabeça negativamente.

Taehyun voltou para o seu quarto logo agarrando o celular, ligou para Beomgyu e nada, não havia nenhuma mensagem também o que lhe deixou de coração apertado, queria saber o que estava acontecendo ou ficaria deprimido.

O ruivo saiu do quarto novamente, foi até o balcão e foi direto para frente de Yeonjun questionar se Beomgyu estava bem.

Yeonjun o informou que Beomgyu não se sentia bem então preferiu não aparecer naquele dia, Taehyun encarou a porta novamente, ele não podia ir até lá e abraçar seu amigo, era tão cruel.

Ele voltou para o quarto e deitou abraçando a coberta, muitas perguntas surgiam em sua cabeça sobre Beomgyu mas a principal era.

Porque sinto tanta vontade de protegê-lo?

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Olá, obrigado a todos que estão lendo e comentando, fico feliz em ver interações, sei que a escrita não uma das melhores mas estou me esforçando na história, espero que estejam gostando e me perdoem caso aja algum erro.

Até a próxima atualização.

Do not touch me. - Taegyu.Where stories live. Discover now