Apricity

Capítulo 13

- Não - riu baixo - Vai que a chuva está aumentando

- Boa noite, bailarina - falei e puxei a mesma pra um abraço

- Boa noite, advogado - deixei um beijo no pescoço dela e ela se arrepiou, sorriu e se afastou - Ah, não esquece de mandar mensagem quando chegar para eu saber se chegou bem - brincou e eu ri

- Pode deixar - falei rindo e quando ela entrou eu saí

- Lara Narrando -

Quando eu entrei estava pensando no que rolou essa noite, o Gabriel era envolvente e isso era perigoso, a chance do tombo ser grande é gigantesca.

- Onde você estava? - tomei um susto enorme e pulei

- CARAMBA, FELIPE - reclamei colocando a mão no coração - Ficou louco?

- Foi mal - falou rindo - E não me chame de Felipe

- Me assustou assim porquê? - perguntei irritada

- É engraçado - falou simples - E você não respondeu a minha pergunta

- Eu saí - falei dando de ombros

- Com quem? - perguntou e eu revirei os olhos

- Ah, eu - comecei a falar mas fiquei quieta quando ouvi a voz da minha mãe

- Deixa a garota, Felipe - falou entrando na sala e vi o meu pai junto

- Ela chegou toda felizinha uma hora dessa - acusou e eu me sentei no sofá

- Não posso mais ficar feliz? - perguntei incrédula

- Chegando essa hora? - cruzou os braços - Larinha, porra, você é um bebê, uma princesinha

- Ela avisou para onde ia - minha mãe falou simples e olhei para ele como diz "viu?" - Não foi escondida

- Pai? - Lipe olhou para o nosso pai

- Ela tem 17 anos, Felipe - meu pai falou e ele riu um tanto incrédulo - Se ela quiser contar, vai contar

- Você está de boa? - Lipe perguntou e se sentou ao meu lado

- E eu vou tranca-la em uma torre? - meu pai falou e se sentou também

- Não, não vai - minha mãe se intrometeu - Lide com o fato da sua irmã ter 17 anos e estar vivendo

- Lide com o fato - resmungou inconformado - Vou é avisar os outros, pra eles ficarem atentos

- Tá resmungando pra mim? - minha mãe cruzou os braços

- Foi mal, mãe - se desculpou e eu me levantei

- Cadê o Vi? - perguntei pegando a minha bolsa

- Saiu com o Guilherme e o André - falou e eu ri

- Questiona o Vi quando ele chegar - falei olhando para o Lipe - Ou não vai? - arqueei a sobrancelha

- Abusada - falou e eu subi rindo, tomei um banho e coloquei um baby doll, quando me deitei a minha mãe entrou no quarto

- E aí? - se sentou na cama - Como foi?

- Foi ótimo - sorri e larguei o celular - O Gabriel sabe conversar, é inteligente, beija bem e tem pegada

- O combo perfeito - riu baixo - Estou feliz por você está se permitindo

- Tô tentando seguir o seu conselho - falei sorrindo

- Isso mesmo - falou se levantando e beijou a minha testa - Boa loite

- Boa loite - sorri e ela saiu do quarto

- Gabriel Narrando -

Sexta-feira chegou e assim que eu larguei do serviço fui me encontrar com os meus amigos pra jogarmos uma partida de basquete. Cheguei em casa no meio da noite e recebi uma mensagem da Cecília pra ir até a casa dela. Como nega? Impossível pô. A minha era gostosa e tinha um papo bom pra caralho.

- Já vai? - perguntou alto e eu me livrei da camisinha

- Daqui a pouco - respondi no mesmo tom e entrei no boxer, tomei um banho rápido, peguei a toalha que estava dobrada, me sequei e enrolei a mesma na cintura

- Vou pedir algo pra comer - falou e eu catei a minha cueca pelo chão, vesti e me deitei

- E o meu aniversário? - perguntou e se sentou em cima de mim

- Amanhã, né? - falei e ela assentiu - O que tem?

- Você vai? - me deu um selinho demorado e saiu de cima de mim

- Talvez - falei e me sentei - Tenho que ver

- Eu quero muito que você vá - falou sorrindo

- E ainda tem a sua amiga - me lembrei - Capaz de ficar falando nos meus ouvidos

- Não vai, relaxa - falou simples

- Não? - perguntei e ela negou - Aliás, você não teve problema com ela não?

- Por ficar com você? - perguntou e eu assenti - Não, é normal entre a gente e ela disse que como você não quer namorar não tem problema

- Entendi - ri baixo - Ela vê o futuro agora?

- Como assim? - perguntou e eu me levantei

- Ela acha que é porque eu não quis namorar com ela não quero namorar com ninguém - falei explicando

- Namorar é sinônimo de dor de cabeça - falou e eu dei de ombros

- Depende - falei e peguei as minhas roupas, me vesti e peguei o meu celular - Preciso ir, Cecília

- Amanhã, hein? - falou e eu me abaixei dando um selinho nela

- Vamos ver - falei e ela riu - Tchau

- Tchau - falou e eu saí, em uns 5 minutos eu estava dentro do meu carro, respondi algumas mensagens e saí com o carro, parei em um sinal e observei um bar movimentado, passei os olhos e vi a Lara, ela estava linda, ria animada e fiquei surpreso quando um cara que estava ao lado dela simplesmente beijou-a

- Eita, porra - arqueei a sobrancelha e observei que o beijo durou pouco e ela riu envergonhada, e bateu no braço dele