- Aqui. - O entrega disfarçadamente e Nicolau esconde uma pázinha de tamanho pequeno.

- Ótimo! - Sussurra.

Um guarda ficando em pé na porta.

- E como vai minha irmã Clotilde? - Disfarça.

- Ah! Muito bem. - Ele responde ao ver o guarda na porta.

- Que bom, sobrinho...

- A visita acabou. - O guarda disse sério.

O levaram de volta à cela e o prenderam. Seu sobrinho suspirou ao ver isso.

Nicolau tinha uma pázinha em mãos e esperou todos dormirem à noite para começar a cavar o chão de terra abaixo de sua cama.

Ele passou a fazer isto toda madrugada e tinha muito cuidado para não chamar a atenção dos guardas que ficavam de vigia à noite do lado de fora da cela.

Um dia, ele estava sentado em sua cama, quando Bruce, que estava na cela ao lado levantou-se e o descobriu.

- O que está fazendo, seu velho fedorento?!

Nilocau assustou-se e antes que ele respondesse, Bruce falou:

- Já sei... está cavando um buraco para escapar?

- Por favor não conte nada aos guardas! - Pediu sussurrando.

- Se eu falar, eles vão te punir, o que eu adoraria que fizessem. Mas por outro lado eu posso me aproveitar do seu segredo para te chantagear. - Analisou.

- O que queres de mim?

Bruce sorriu de forma má.

- Quero que faças tudo o que eu mandar.

- Como o quê?

- Isso veremos pela frente.

- Tudo bem.

- Mais uma coisa.

- O quê?

- Quando escapares, quero que procures minha família e diga à eles que estou preso aqui. Eles têm grana, com certeza irão me tirar daqui.

- Mas não tu não ficarás livre daqui há menos de dois anos?

- Mas se eu sair antes, é melhor! Já estou aqui há seis anos e sabes muito bem que aqui é um inferno!

- Está bem. Farei isso.

- Se não cumprir, é melhor já indo cavando sua sepultura também. Ouviu bem? - Ameaçou.

- Pode deixar. - Respondeu com raiva, mas fingindo tranquilidade.

No dia seguinte, era dia de os presos lavarem os banheiros, o que eram muitos, pois haviam muitos detentos.

- Toma. - Bruce entregou um desentupidor à Nicolau.

- Já limpei o meu.

- Mas está faltando o que eu iria limpar. Lembre-se do nosso trato.

Nicolau não teve opção e pegou o desentupidor da mão de Bruce e começou a desentupir o vaso com força, de tanta raiva que estava sentindo.

Depois, na hora do banho, era a vez de Nicolau, mas Bruce o segurou dizendo:

- Eu primeiro.

Bruce usou toda a água que havia restado e não sobrou nada para Nicolau, que bufou de raiva.

Na hora do almoço, Bruce tomou o lugar na fila de Nicolau, que estava mais à frente e o mandou ir para o fim da fila.

Ele teve que ir, e quando sentou-se à mesa para comer, olhou de forma fatal para Bruce.

Reencontro [Livro 2]Where stories live. Discover now