• ☾ Capítulo 26 - Chuva de Sangue ✾ •

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Sunghoon

Eu me sentia fora de mim, já tinha perdido a conta de quantas bebidas havia tomado. Nem sequer notei quando, ao invez de uma daquelas garrafas, acabei aceitando um copo com um misterioso, porém atraente, liquido avermelhado.

Heeseung e Jay pareciam estar tão imersos naquela festa quanto eu, quase não podíamos perceber o perigo que estava a nossa volta.

Passado algum tempo Mirae se aproximou de mim, estava muito bonita, seus cabelos, antes dourados como a luz do sol, agora assumiam um tom escuro, arroxeado. Sorri para ela.

- Seu cabelo está bonito Mimi. - Falei enquanto ainda sorria, sentindo uma leve dificuldade em pronunciar as palavras corretamente.

- Obrigada. O seu também. - Arqueei uma das sombrancelhas. Meu cabelo?

- O que tem de diferente no meu cabelo? - Perguntei confuso fazendo-a rir.

- Ahm, não tem nada não. Você está sempre lindo. - Sorri sem mostrar os dentes e, de forma involuntária, puxei-a pra um abraço. Como eu gostava de abraça-la. Ela foi uma das primeiras pessoa que me abraçou quando voltei de meu teste na neve, eu me sentia melhor tendo-a em meus braços.

- Gosto do seu abraço Mirae. Você é minha melhor amiga. - Falei vendo-a sorrir.

- Podemos conversar? - Me afastei para poder olha-la nos olhos.

- Mais é claro, espera aí. - Caminhei até uma mesa pegando mais uma garrafa, eu estava viciado, admito. - Pode falar agora. - Ela suspirou, parecia nervosa.

- Sunghoon...

- Pode me chamar só de Hoon, Mimi. - Falei e ela sorriu-me mais uma vez, talvez eu a tenha acalmado.

- Hoon, eu gosto de você.

- Ah, eu também gosto de você Mimi. - Falei sorrindo então bebi grande parte do conteúdo da garrafa.

- Não, não é isso. Eu me sinto diferente quando estou com você. - Notei que o que ela falava era realmente importante para ela e, admito, para mim também. Coloquei a garrafa no chão e prestei atenção a cada palavra que ela dizia, sorrindo na tentativa de tranquiliza-la. - Eu não sei o que é, mas quando estamos juntos eu me sinto segura, quero proteger a todos mas quando estou com você, sinto que eu quem estou sendo protegida. Não entendo muito bem esse sentimento mas é o que sinto por você. Gosto da sua companhia e tenho vontade de ficar perto de você o máximo de tempo que eu conseguir ficar. - Ela respirou fundo quando terminou de falar, então, depois de me olhar nos olhos por alguns segundos, se aproximou e selou meus lábios em uma forma de beijo nunca antes experimentada por mim. Fechei os olhos aproveitando aquele momento.

Eu nunca havia sentido tudo isso, era uma mistura de sentimentos tão intensa e prazerosa que quase me senti sem fôlego. Era importante para ela também, mesmos que fosse uma comunicação que não usava palavras, mas sim o toque, eu podia sentir que ela queria me transmitir algo com aquele ato.

Pude sentir minhas bochechas esquentando.

Quando ela se afastou permaneci com os olhos fechados por alguns segundos, mas por notar sua falta de proximidade os abri lentamente encontrando-a com o sorriso mais lindo de todos.

- Eu não sei o que você sente... - Falei lentamente, pensando exatamente no que queria dizer-lhe. - Mas eu sinto o mesmo. - Ela sorriu, pude ver um peso invisível sendo tirado de suas costas. Ela parecia aliviada.

Ao admirar seu sorriso pude notar que sentia falta de seus lábios nos meus, não acredito que fiz isso pela primeira vez e já sentia falta. Então, em uma atitude metade movida pela emoção e metade pela provável embriaguez, puxei-a pela cintura selando nossos lábios mais uma vez me permitindo sentir aquela sensação de felicidade e prazer novamente.

𝑩𝑶𝑹𝑫𝑬𝑹: 𝑫𝑰𝑴𝑬𝑵𝑺𝑰𝑶𝑵Where stories live. Discover now