Sentimentos e Farsas

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    Dou passos para trás e sinto que não consigo respirar.

   Olho em volta e todos estão olhando para mim, cochichando sobre algo.

    - Octávia- meu pai diz baixo, mas sinto a raiva em seu tom de voz.
    - Filha- minha mãe me chama.
    - Senhorita Octávia- Hyde diz.

     - CHEGA!- grito tampando os ouvidos.

     Minha vida.... A porra da minha vida foi sempre controlada.... Mas me casar? Nunca.

   Eles podem tirar a minha liberdade, podem falar o que é para vistar, o que é para falar... Mas isso não.

   Eu não quero um casamento falso, como os dos meus pais.... Meu pai trai a minha mãe sempre e eu tenho certeza, que minha mãe também faz isso.

    Eu não quero isso...  Eu quero viver... Pelo o menos uma vez.

   
    - Octávia.... O que você fez?- a voz do meu pai surge nos meus ouvidos.

    Olho para ele, mas não entendo. Olho para seu terno azul e vejo sangue.... Muito sangue, mas o sangue não é dele.

   Olho para minha mãe que está com as mãos do rosto, seu vestido também está com sangue, mas ainda não é dela.

    Olho para o chão e vejo Hyde.... Sem cabeça.

    Seu corpo está intacto, mas sua cabeça.... Explodiu.

    - Ela fez isso- ouço alguém dizer e me viro para ver a pessoa.
    - Ela o matou- outra pessoa diz e me viro de novo.
    - Ela é um monstro- várias pessoas falam isso.

   Olho para o meu pai que me olha com raiva. Minha mãe está com medo em seus olhos, mas tenta não demostrar.

    - Você é uma desonra para está família!- meu pai grita. - Soba imediatamente- ele manda, sem se importar com o que as pessoas estão falando.

    Corro para a escada e logo a subo.

     Entro no meu quarto e fecho a porta com força.

   Raiva...  Raiva é o que estou sentindo. Não tristeza, não rancor.... Eu matei alguém e não sinto nada.... Só raiva.

    Mesmo se todos me olharem estranho, meus pais vão me fazer casar com alguém... Alguém que não me ame, alguém que nem me conhece... Alguém que me traia. 

    Olho em volta e tudo está quebrado.

   - O que eu fiz?- pergunto em um sussurro.

     Vejo uma mochila que caiu do meu armário.... E tenho uma ideia maluca.

   Pego a mochila, pego algumas roupas, pego minha escova de dente, pego um livro... E pego uma pequena adaga, que sempre deixo de baixo do meu travesseiro.

   Minha varinha está na minha perna, então estou segura.

   Olho para a janela, olho para a porta, olho para a janela de novo.... E então ouço a porta sento aberta.

    - Octávia!- meu pai grita, mas já é tarde.

    Pulo a janela, mas antes que eu caia no chão, fecho os olhos e aparato.

     
       Abro os olhos lentamente e não sei aonde estou.

    Olho em volta e não vejo ninguém. Está escuro, só tem um poste, mas a luz também está fraca.

    - Aonde estou?- pergunto para mim mesma.

    Olho para um prédio alto, mas escuro. Está cercado de muros altos... Dá arrepio só de ver.

   Olho para trás de novo, me sentido observada, mas ignoro e vou até o prédio.

   Vejo algo escrito na porta da prédio.

     Orfanato Wool

     Sinceramente, eu não sei se sou órfã, mas obviamente acho que meus pais já me deserdaram.

    Antes que eu pudesse bater na porta, algo se movimenta atrás de mim.

   Olho para trás, mas não encontro nada. Olho para a frente de novo e quase caio para trás, quando vejo um garoto na minha frente.

   Ele segura a minha cintura, me puxando para perto.

   - Que susto- digo brava.

    Ele fica em silêncio, só olhando para mim... Detalhadamente.

   - Quem é você?- ele pergunta baixo, mas sabe que eu o ouço.

   A voz dele é sombria, rouca, mas ainda forte.

    - Quem é você?- retruco e ele me olha sério.

    A única coisa que consigo ver, é que seus cabelos são escuros, como a escuridão... Seus olhos.... São.... Vermelhos?

    Vermelhos.... Um vermelho intenso, um vermelho... Sangue.

    - Responda a pergunta- ele segura com mais força a minha cintura, ainda me puxando para perto.

   Ele é alto, bem mais alto do que eu, mas meus saltos me fazem ficar mais alta.

   - Octávia- respondo baixo.

    - E a senhorita tem sobrenome, senhorita Octávia?- ele pergunta com a voz mais rouca.

    O modo como ele falou o meu nome... Não sei, parece que estava saboreando algo.

   - Se a senhorita não responder.... Eu acho que vou ter que fazer uma pergunta melhor- ele diz parecendo que está me desafiando.

    Ele tira a mão que estava na minha cintura e me mostra. Eu logo a olho e vejo sangue.

   - Por que tem sangue em seu vestido?- ele pergunta frio e meu coração para.

   Eu matei alguém... Eu destruí meu quarto.... Meus pais não sabem aonde estou.... Eu posso ir para Azkaban se alguém souber disso.... E todos viram eu matar.... Mentir... Manipular....

    - Isso não é sangue- disse tentando ser simpática e sei que ele vai cair nessa. - Sem querer derramei geleia no meu vestido.- rio falso. - E o meu nome é Octávia Demidov-

    O nome de soltei da minha mãe, que ela nunca usa.

   O garoto ri baixo, mas de um modo tão frio, que me arrepia.

    - Você mente bem... Isso tenho que ser realista.- ele aproxima seu rosto do meu. - Mas nunca vai conseguir mentir para mim-

   O encaro brava.

    - Não ligo para quem você tenha matado, mas posso te dar um conselho?- ele pergunta, mas ele fala antes deu responder algo. - Nunca aparate em um lugar onde todos possam te ver- ele aproxima seu rosto do meu ouvido e sussurra - Bruxa-

     
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Oiii galera
Gostaram???
Pqp o Tom
A cabeça do Hyde explodindo 🤯 kkkkkkkk
Bjs 😘

Vestido de Octávia

Vestido de Octávia

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O Nosso Mundo Cruel - Tom Riddle -Where stories live. Discover now