Young doctor

1.9K 194 45
                                    

Guerras não são fáceis. Devia ter três meses que a situação nas fronteiras do reino do Norte havia piorado, os rebeldes atacavam dia e noite o reino, estavam recebendo ajuda de todos os reinos ao seu redor mas não estava fácil. Foi então que Jennie decidiu se alistar para servir como médica nos campos, constantemente as pessoas eram feridas e a quantidade de médicos para ajudar ali era pouca. Sua mãe pediu para ela não ir, mas ela sabia que precisava. Então, enquanto ela levava uma grande quantidade de roupas simples em uma mochilona e checava o horário em seu celular, sua mãe lhe implorava para ela ter cuidado.

— Mãe... Preciso ir, vou tomar cuidado, sim? Vou tentar lhe mandar mensagens todos os dias, mas não sei o estado da rede de lá, acho que não vai ser possível, mas sempre que eu puder, vou lhe mandar mensagens. Preciso que saiba que eu quero ajudar o meu reino, e ajudar as pessoas inocentes que possam estar sendo machucadas lá, se não foi para ajudar, qual foi o outro motivo que tirei o meu diploma?- Jennie perguntou enquanto abraçava a mãe rápido.

— Tudo bem, filha. Vá antes que eu não consiga mais soltar você, amo você e por favor, volte para a mamãe.- A mulher mais velha disse chorosa.

Jennie sorriu e fez um carinho leve na bochecha da mãe e disse que sempre voltaria. Entrou no ônibus e todos ali pareciam calados e assustados, era justificável, quando ela mesma estava apavorada por dentro. No auge dos seus vinte e quatro anos, recém formada em medicina, pouquíssima experiência, a única coisa que lhe fazia ter coragem de ir para o meio de uma guerra, era a vontade de ajudar. 

Quando chegou lá, realmente, as condições não eram as melhores, mas era o suficiente para todos. Jennie dividiria um dormitório com outros nove médicos, ficariam na base pois é onde trabalhariam. Teriam o primeiro dia para conhecerem a base, ajeitarem as suas coisas e receberem informações sobre tudo o que poderem saber. A médica ainda estava meio anestesiada enquanto recebia seus uniformes, que consistiam em calças militar verde folha e camisetas pretas com botas militares também pretas. Conheceram a enfermaria, não tinham muitos equipamentos mas teriam que se virar com o que tinham. Jennie foi dormir cedo após guardar sua mochila dentro de um baú em frente a sua cama, ficou alguns minutos rolando pela cama, totalmente inquieta.

— Hm... Você está nervosa, não está?- Jennie ouviu uma pessoa lhe dizer, estava na cama ao lado da sua e ela se virou até ficar de frente para a mulher.

— Eu estou... Sou recém formada, não tenho muita experiência, mas eu quero ajudar.- Jennie respondeu e a mulher lhe deu um sorriso.

— É bom motivo. Para mim, essa já é a minha segunda convocação. Participei da escola militar de medicina, sou primeira-tenente. Qual o seu nome?- Ela perguntou.

— Jennie. O seu?

— Irene. Sabe, pode contar comigo se precisar de alguma coisa, todos aqui já são como família, é realmente legal que você e os outros quiseram se alistar, nós realmente precisamos de toda ajuda possível, e como viu, a situação nem sempre é a melhor então precisamos trabalhar com o que temos. Você vai aprender.- Irene disse e Jennie concordou com a cabeça.

— Acho melhor irmos dormir, não?- Jennie perguntou, tinha quase certeza de que deveriam acordar cedo no outro dia.

— Tem razão. Boa noite, Jennie.- E se virou na cama.

Jennie respondeu o boa noite, finalmente conseguiu achar uma posição na cama e dormiu.

•••

Por onde começar? O dia da jovem médica estava lotado, um grupo de militates infiltrados haviam sido descobertos, alguns tiveram machucados sérios e outros apenas ferimentos leves. Os médicos mais experientes foram legais o quanto puderam e pegaram os ferimentos mais graves. Jennie e alguns outros estavam fazendo consultas básicas nos feridos leves. Alguns tinham só arranhões, outros tinham feridas que precisavam de pontos, Jennie não sabia o horário, mas finalmente os soldados com ferimentos simples já haviam sido atendidos e ela iria tentar ajudar os outros médicos com os mais graves. Mas, viu uma mulher alta, andando em circulos pela base, parecia que ela estava aérea demais e ninguém ali se atrevia a pedir para ela parar de se por na passagem, antes que Jennie pudesse começar a andar até ela, Irene passou como uma bala até a moça, nem mesmo percebeu Jennie parada ali.

The Princess Soldier, Jenlisa Where stories live. Discover now