𝗜𝗠𝗔𝗚𝗜𝗡𝗘𝗦

𝟎𝟑 | 𝑴𝑬𝑵𝑺𝑻𝑹𝑼𝑨𝑻𝑰𝑶𝑵 🧸

Após finalizar uma das planilhas, fecho o notebook e deito no sofá cansado. As últimas semanas no escritório estão sendo uma loucura, e tirando muito o meu tempo. Eu e S/n quase não nos falamos mais, nos esbarramos de manhã e a noite apenas. Nós mal trocamos palavras. A faculdade da minha namorada exigia muito dela, a medicina não é fácil.

Hoje ela chegaria mais cedo. Pensando em uma oportunidade de nós voltarmos a ser um casal normal, tive a idéia de fazer um lanche para nós comermos. Sei que ela vai chegar cansada, e com muita fome. S/n amava cachorro-quente, era uma de suas comidas preferidas. S/n dizia que o meu molho para o cachorro-quente ficava melhor que o dela, então resolvi fazer isso mesmo. Sei que minha namorada ficaria feliz.

Termino de cortar as salsichas e as coloco no escorredor, as lavando em seguida. Pego uma penela, e coloco o alho triturado ali dentro. Antes de ligar o fogo, sinto meu celular vibrando em meu bolso.

— Ah, merda! — lavo as mãos, as seco e pego o celular em meu bolso olhando no visor. S/n estava me ligando. Estranhei. Ela estava na aula a este horário.

— Oi, amor! — sorri, embora e lá não conseguisse ver.

— Josh, por favor... — ela diz soluçando.

— S/n, está tudo bem? — pergunto preocupado.

— Vem me buscar, por favor. — ouço ela dizer chorando.

— Amor, o que aconteceu? — digo após sair correndo da cozinha e ir pegar a chave do carro.

— A minha menstruação desceu, vem rápido por favor. Eu não trouxe nenhum absorvente! — ouço sua doce voz embargada por conta do choro.

— Ei, vai ficar tudo bem! Onde você está? Ainda está dentro da faculdade? —pergunto ligando o carro.

— Estou perto do estacionamento. Vem rápido! — ela diz chorando e desliga o a ligação.

Para a nossa sorte, o trânsito estava bom naquela noite, o que me fez dirigir mais rápido até a faculdade de S/n. Chego em frente ao estacionamento e não encontro minha namorada. Resolvo ligar e perguntar onde ela estava.

— Amor, estou em frente ao estacionamento. Onde você está? — ouço seu soluço pelo celular.

— Estou debaixo das árvores, em frente ao estacionamento. — olho para as árvores e vejo S/n escondida ali. Desligo o celular, e logo o carro indo até onde ela estava.

Assim que eu paro o carro, S/n vem andando rapidamente, abrindo a porta do carro e a fechando em seguida. Antes que eu possa falar algo, S/n volta a chorar. Seu choro é de cortar meu coração. Puxo ela para um abraço, a confortando em meu peitoral.

— Por favor, não chore, você sabe que me corta o coração ver você assim. — seus soluços saem abafados. Ela levanta a cabeça e olha para mim com seus lindos olhos inchados.