CHAPTER XXVIII

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[Essa área aqui, para quem não lembra da casa]

— Vou trazer algumas coisas para você, ok? — Janet entrou no quarto junto comigo. — Ali fica alguns cobertores e travesseiros, caso precise. — Apontou para um armário. — A sauna fica aqui ao lado caso queira ir, mas tome cuidado para ninguém te ver.

— Tá tudo bem! Obrigada por tudo, Janet. Eu sinto muito pelo o que aconteceu com a nossa amizade. — Libero as palavras que por meses estavam engasgadas na minha garganta.

Ela assente lentamente com uma expressão neutra. Sua falta de reação só comprova que nossa curta amizade realmente chegou ao fim.

— Não se preocupe com isso, certo? Amanhã nós conversamos. — Sorriu fraco, dando alguns passos para trás. — Feliz Natal, Deena. — Se apoiou no batente da porta. — E não se esqueça de manter as cortinas fechadas, por favor.

— Feliz natal, Janet. — Sorrimos e então ela fecha a porta, me deixando sozinha em meio ao silêncio.

Faço o que Janet pediu e fecho das cortinas das janelas de vidro que dão visão total da área da piscina. Me sento na cama e retiro minhas botas, sentindo meus pés e meu corpo serem aquecidos pelo fogo da lareira.

Minutos de passam até eu ouvir pequenas batidas na porta. Abri encontrando a figura de Michael, agora vestido em um sobretudo, parado com um sorriso fraco nos lábios.

— Posso entrar? — Arqueou a sobrancelha sugestivamente.

— É claro que sim. — Dei entrada para que ele entrasse. Meus olhos descem notando uma garrafa de vinho e duas taças em suas mãos.

— Eu trouxe para você... na verdade, eu trouxe para nós. — Ele colocou a garrafa juntamente com as taças em cima de uma pequena mesa redonda de jantar no canto do quarto.

— Não precisava. — Sorri tímida, escondendo minhas mãos atrás do corpo— Você não deveria estar com a sua família?

— E eu estou, mas eles estão ocupados relembrando momentos da nossa infância, então aproveitei para te ver. — Me imitou também colocando suas mãos atrás do corpo, caminhando até a mim em passos lentos.

— Vocês são bem unidos, não é? — Perguntei perdida em seu olhar.

— Mais ou menos. — Deu de ombros. — Mas hoje está sendo um dia bem importante... é a primeira vez que a minha família se reúne em dez anos. — Deu mais um passo finalizando o espaço entre nós.

— Fico feliz por vocês. — Fechei os olhos ao sentir seus dedos acariciarem minha bochecha inchada.

Ele fez isso com você, não é? — Sua voz se tornou mais grave. Confirmei lentamente sem coragem para abrir os olhos.

Seus lábios gentilmente tocam a minha bochecha quente, fazendo uma onda de arrepio percorrer todo o meu corpo. Meu coração dispara com o seu gesto tão simples, mas tão significativo.

Michael deposita outro beijo, mas agora no meu maxilar, ficando ali por alguns segundos até iniciar uma trilha de pequenos beijos até a minha boca. Seus lábios entreabertos roçam nos meus, misturando nossas respirações. Automaticamente subi minha mão até sua nuca, acariciando seus fios apenas esperando seu próximo passo.

Nosso beijo se iniciou e se manteve calmo todo o tempo. Meus dedos acariciavam os cachinhos de Michael ao tempo que ele mantinha suas mãos em minha cintura e meu maxilar respectivamente.

— Michael, você deveria voltar para a sua família. — Digo baixinho assim que finalizo nosso beijo em um selinho demorado.

— Eu sei... — Ele suspirou juntando nossas testas. — Assim que acabar a ceia, eu volto para tomarmos o nosso vinho, certo?

Chicago 1945 Opowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz