Harry também se questionou como aquilo aconteceu, porque Albert não estava na cidade, ou, não era para estar.

Senti vontade de chorar também, porque não quero ter que lidar com Frank longe e muito menos saber que ele foi embora dessa maneira, forçado pelo pai. E se Albert resolver enviar Frank para guerra? Deveríamos arranjar um jeito para ele fugir, não quero perder meu amigo, ele esteve comigo assim como Megan esteve no momento que precisava de apoio e imaginar que coisas ruins possam acontecer com ele, apenas me quebram.

Eu nem superei a perda da minha mãe e do meu irmão. Perder Franklin seria horrível e com certeza me quebraria muito mais.

Ao chegarmos na casa dos Ramsey, Dona Jeanne acolheu Harry imediatamente, perguntou o que houve, mas o britânico não disse o que aconteceu. Apenas disse que foi uma briga pela qual ele não queria ter entrado. Com isso, Jeanne cuidou do moreno e disse que, felizmente, o moreno não iria precisar fazer muitos pontos.

Quando ela terminou o curativo, perguntei se podíamos ficar até a chegada de Chris e Bailey e de bom grado ela aceitou.

Nós decidimos ficar no porão, Harry havia tomado um medicamento para dor e Jeanne disse que isso poderia deixá-lo com sono. Portanto, assim que chegamos no porão, me sentei no sofá e o moreno se deitou deixando a cabeça em meu colo.

Harry começou a chorar feito um bebê e aquilo me fez sentir horrível.

— É culpa minha — soluça. — Deveria ter dito a Franklin para sermos mais cautelosos, esperar o pai dele ir embora de vez, Ally. É culpa minha.

— Harry — chamo-o em um tom de voz baixo e seus olhos verdes inundados pela lágrima me encaram. — Não é sua culpa, não é.

Toco o cabelo de Harry fazendo cafuné e algumas lágrimas escorrem do seu rosto.

— Você e Franklin não estavam fazendo nada de errado — garanto.

O moreno soluça e volta a chorar. Aquilo me faz chorar também e eu o abraço.

Não demorou muito para Harry cair no sono, imerso na sua própria mágoa e eu continuei fazendo carinho no seu cabelo. Respirava fundo e tentava me acalmar também, mas cada vez que o tempo passava, ficava preocupada sobre Bailey e Chris. Sobre Frank.

Aquilo estava acabando comigo e eu gostaria de notícias.

Honestamente, preferia acreditar que tudo isso é apenas um terrível pesadelo que a minha cabeça incompreendida criou.

Não era isso.

Aquilo me magoou e continuei chorando.

— Vocês ainda estão aqui — Chris diz e viro imediatamente minha cabeça. Harry ainda está dormindo e prefiro que ele continue assim. O moreno está destruído e vê-lo assim quebra partes minhas também.

Além disso, Harry estava bastante agitado e ele se feriu diante de toda essa bagunça. Por isso me levanto bem devagar e deixo um travesseiro debaixo da sua cabeça.

Vou até o Chris, ele está em um dos degraus da escada, perto de mim.

Não vejo Bailey.

Outra coisa que observo é que os olhos escuros e castanhos de Chris estão tristes. Ele é mais velho que eu e tem quase a mesma idade que Frank.

Eles cresceram juntos, estudaram, brincaram e até brigavam juntos. Como irmãos e melhores amigos, então ver o olhar triste de Chris me fez ter a percepção de que não havia boas notícias.

— Onde Frank está?

— Eu tentei fazer de tudo, Aaliyah. Eu juro — o mais velho passa a mão no rosto, triste e decepcionado. — Mas Albert estava determinado e eu nunca o vi tão bravo. Ele poderia ter matado Frank quando cheguei.

Astromélia || H.S || CompleteOnde as histórias ganham vida. Descobre agora