UM

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Era um dia tranquilo, eu estava ajudando meu irmão Evan e minha mãe à pegar as compras que fizemos para o aniversário de meu pai, estávamos passando por um caminho alternativo para chegarmos em casa mais rápido quando de repente minhas vistas escurecem.
Eu acordei e percebo um galpão. Estou amarrada por um cano que liga ao teto do local, estou sentada no chão, com meus cabelos bagunçados e vários fios grudados em minha testa suada, eu tento gritar mas em vão, colocaram um pano em minha boca. Aquele pano...cheio de sangue.

Olho para o local tentando procurar Evan e minha mãe. Nada
Nem um barulho, apenas eu. Sozinha e tentando raciocinar o que havia acontecido.

?—CALA A BOCA E ENTRA LOGO, VADIA!

Alguém entra, não é possível...minha mãe
Ela usava uma roupa estranha...seu cabelo estava tão curto, seus olhos vazios e sem rumo, sua roupa era trapos. Uma saia totalmente curta e ela usava uma blusa que um dia foi branca agora reluz sangue fresco.
Eu grito, mas sai abafado, a mesma me olha e seus olhos transmitem alívio e um brilho voltou

Beatrice (Mãe)— AIKO!! –ela tenta ir até mim mas é impedida por um homem, maldito homem...

Tento gritar novamente mas meus gritos soam como vento, silencioso.

?—A mocinha finalmente acordou. Dormiu bem, querida? –diz o mesmo homem que impediu minha mãe. Ele era alto, seu cabelo era castanho e seus olhos transmitiam malícia, senti vontade de vomitar

Olho o mesmo com cara de sarcasmo e o mesmo retira o pano de minha boca

—Quem é você, idiota? Por quê me prendeu aqui? Cadê meu irmão?

?—Opa opa, mocinha, vá com calma. Te fiz uma pergunta, me responda.

—Claro que dormi bem, eu desmaiei então dormi que nem uma princesa! –digo sarcasticamente

?—Sua mãe não lhe ensinou que é errado desrespeitar os mais velhos? –disse ele levantando meu queixo para que eu o olhasse

—Não. –digo seca

?—Bem...seu irmão está seguro, logo virá e ficará com você e sua mãe.

—Por que?

?—O quê?

—Por que isso tudo? O quê fizemos para você?

?—Essa é uma pergunta complicada que eu não poderia responder, mas...algum dia você entenderá querida.

—PARA DE ME CHAMAR ASSIM, PORRA –digo e o homem me dá um tapa na cara me fazendo virar o rosto, aquilo ardia muito

?—Olha os modos! Ou será punida da pior forma

Beatrice—Só o obedeça, Aiko. –diz minha mãe friamente

?—Faça o que sua mãe disse. Está com sede?

—Não.

?—Certo. Tragam a criança –ele grita para os outros homens

Logo trazem Evan, e por Deus ele estava acabado. Me partiu vê-lo assim...seu cabelo cacheado estava tão curto que era quase possível ver seu couro cabeludo, seu rosto cheio de cortes e arranhões, seu corpo estava descoberto, possibilitando a visão de roxos e sangue grudado em seu abdômen. Seus olhos estavam tristes e inchados, eu chorei o vendo assim.
Minha mãe o olha, indiferente. Eu senti tanta raiva dela e gritei para ela

Maldição Where stories live. Discover now