capítulo 01

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13/ 04/ 2001.

Agnes fuentes.

Era uma noite  fria,  andava pelas ruas da cidade enrolada no meu casaco,  não estava acostumada com frio , caminhava pensativa,  sobre o exercício que a professora de português pediu para fazer.

Era um exercício onde, tínhamos que falar sobre a família,  mãe pai irmãos e etc, o que p mim se torna triste pois não tenho irmãos e  nem mãe,  minha mãe morreu quando  eu era bebê,  ela tinha sopro no coração,  e  morreu  após o médico ter forçado um parto normal,  ao invés de uma cesarea,  maldito hospital público.

Fui criada pelo meu pai,  um bom homem,  apesar de ter se entregado ao vício da bebida,  após a morte da minha mãe,  graças à Deus,  meu pai não é agressivo,  quando  bebê chega cambaleando,  fazendo piadas  e deita no primeiro canto que vê e dorme   tem momentos que  penso que a bebida faz bem a ele, pelo menos anestesia a dor da perda, pois quando está sóbrio é triste e calado, mais sempre carinhoso, nossa relação é boa apesar de tudo,  ele é um pai maravilhoso!

Estou eu andando pelas ruas   fui comprar cartolina  pra fazer meu trabalho,  ando de cabeça baixa,  indo pra casa já com a cartolina em mãos   , quando percebo que estou sendo perseguida,  tento apressar os passos,  levanto a cabeça aliviada,  ao perceber que  é um carro da polícia , paro pra respirar  um pouco  , não moro dentro da comunidade,  mais moro próxima.

" o que está fazendo na rua a essa hora,  em jovem?

O tal policial fala ao me ver parada próxima,  a uma das ruas onde  funciona como ponto de venda de drogas!

" ah sim é é eu só tava descansando um pouco,  eh eu moro próxima daqui,  mais acabei me cansando.

Falo gaguejando com medo.

" tem certeza que é isso mesmo,  ou veio se drogar?!

Ele fala desconfiado!

" nah,  não eh eu não uso drogas.

Falo trêmula!

" de me aqui  essa  bolsa.

Ele fala puxando a sacola da minha mão,  fazendo cair a cartolina  a cola e as purpurinas que comprei pra fazer meu trabalho escolar , paro assustada,  enquanto ele procura algo errado.

" cadê? Onde estão as drogas?

Ele pergunta,  de forma rude!

" não tem,  drogas,  eu não uso.

Falo confusa!

" encosta na parede.

Ele fala,  e assim eu faço.

Encosto e ele começa a me apalpar em busca de algo, fico parada  observando   , até  que suas mãos,  descem um pouco e adentram em uma zona proibida.

" vamos ver o que tem  aqui ham,  será que é aqui onde  esconde as drogas?

Ele fala e introduz um dedo na minha parte íntima,  me causando dor.

" aiii   por favor,  tira a mão,  não tem nada aí,  você tá me machucando!

Falo entre lágrimas.

"  tudo bem   realmente não tem  nada aí.

Ele fala,  se afastando  e eu respiro aliviada,  e agaixo e começo a pegar minhas coisas no chão.

", onde você mora? Vou te deixar em casa.

O tal policial fala,  com um brilho diferente , no olhar.

pacto quebrado.Where stories live. Discover now