Chapter V

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Na manhã seguinte, Colette acordou sem a irmã no quarto ou rindo pela casa, ela havia saido com Jonathan e o cheiro de seu perfume no quarto ainda era perceptível. Após sua rotina matutina, ela foi até a cozinha, tomou café com a mãe e a ajudou no jardim.

- Eu disse a senhorita Legrand que não se preocupasse com as flores, nós mesmas faríamos os arranjos. - Helena disparou enquanto elas cortavam os cabos de algumas rosas.

- Com a chegada do inverno ficará difícil ter flores bonitas, se agora no Outono elas já estão murchando... no inverno não teremos nem os talos, você sabe que é difícil mamãe. - Colette respondeu concentrada no que fazia.

- Pois não seja por isso, o senhor Legrand disse que podemos utilizar da estufa que eles têm em sua residência... querida eu a olhei logo após o jantar, é quase do tamanho do nosso terreno! - Ela dizia como se fosse um absurdo. - Além de termos o nosso próprio cuidado, é um gasto bem menor.

- Mamãe... - Colette não pode deixar de rir. - Estamos falando dos Legrand, eles tem dinheiro para fazer dois casamentos ao mesmo tempo, se quiserem, se tem uma coisa que eles não fazem é economizar! - Completou terminando de arrumar sua cesta.

- Ah, bom, isso é verdade... - Helena riu boba, limpando a terra da saia do vestido. - Mas de qualquer forma, não vamos deixar aqueles ricos deixar aquele casamento todo branco sem alguma alegria de cor não é mesmo? Anda, vamos logo! - Helena chamou sua atenção, Colette riu brevemente e em minutos elas saíram de casa a caminho do centro de Nova York, banqueiros gritando, vendedores gritando mais ainda, crianças correndo, comerciantes e carros passavam pelas ruas centrais, e perto de uma fonte estavam as Fitgerald vendendo suas flores, os boatos correram rápido e ao saberem que a filha Fitgerald estava oficialmente noiva de Jonathan Legrand, as vendas começaram a andar em um ritmo indiferente, quem nunca trocou uma palavra com Helena de repente achou assunto para se aproximar, algumas pessoas falavam brevemente com Colette depois de comprar suas flores, 100% dos assuntos era sobre sua irmã, e que as irmãs mais velhas das esposas ajudariam a cuidar dos filhos, nunca era sobre Colette.

Na volta para casa, com as cestas vazias e a mãe contando o dinheiro sorridente enquanto andava pela calçada, Colette murmurou enquanto balançava a cesta vazia. - Mamãe, por que nunca me contou seu sobrenome de solteira?

- E por que precisaria? - Helena disse concentrada nas notas.

- Não sei... É que eu nunca soube muito sobre a sua família, as vezes eu fico curiosa com tanto mistério... - Ela mordeu o lábio inferior.

- Não tem nada de misterioso querida, seu avô e tios morreram na guerra, eu tenho uns primos em Nova Orleans que eu nem lembro mais o nome, e as mulheres da família... bom, não sei quase nada, sua avó morreu de pneumonia, eu sou a única filha mulher e as outras devem estar em algum outro canto do mundo... nada de grandioso, Lettie. - Helena guardou o dinheiro no bolso da saia.

- É McGrant né? O sobrenome da sua família. - Colette olhava para as ruas como se não estivesse muito interessada naquilo.

- Sim, eu contei a vocês quando eram crianças lembra? - Helena olhava Colette sem entender as reais intenções da filha com aquela prosa.

- Não lembro... você sabe, aconteceram tantas coisas... - Colette tentou já desvirtuar do assunto. - E... os Legrand sabem da sua família? Bom, o papai deve ter se gabado da sua família de criadores de porcos até todos enjoarem... você não falou sobre a sua?

- Não, eles não perguntaram, eu não falei... ficaram ocupados demais com seu pai falando de quando seu tio Jack vendeu a fazenda por uma pechincha! - Helena brandou fazendo Colette rir.

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⏰ Last updated: Dec 29, 2021 ⏰

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