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Pepper: Tony, eu te conheço a bastante tempo e sei que você nunca foi o maior fã de crianças. Mas por algum motivo você simpatizou bastante com Peter. Talvez seja pelo fato dele ser calmo e inteligente, eu não sei.

Tony: Não vou negar, eu realmente gostei dele mais que o normal. Mas não ao ponto de adota-lo.

Pepper: Eu não acredito em você.

Tony: Pepper, este é um assunto muito delicado cujo não tenho vontade de passar. O garoto é realmente incrível e creio que sempre nos dariamos bem mas, não quero ter este compromisso.

Pepper: Por que? É por causa do seu pai! Tony, eu sei o que você pensa sobre si mesmo quando se trata de paternidade, mas não quer dizer que você será um pai ruim por ter tido um.

Tony: É complicado.

Pepper: É sempre complicado.

Tony: Pepper, o garoto é incrível, e ele será incrível. Mas não sei se ele seria incrível se eu o criasse.

Pepper: Não da pra você saber disso!

Ele suspirou pesado.

Tony: Vamos parar de falar sobre isso? Por favor...

Pepper: Tudo bem, só quero que você saiba que se você pensar em tomar essa decisão, eu sou totalmente a favor.
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A noite de sono tinha feito bem ao garoto, pois o mesmo não parava um segundo.

O café da manhã foi uma verdadeira luta pois Peter estava mais interessado em explicar para o casal o que era cada comida no prato do que comela.

Pela primeira vez, Tony teve que dar a comida em sua boca já que o garoto não comia.

A TV já não tinha mais graça, hoje ele queria pular no sofá. Ele só parou quando caiu no chão e fez mais um machucado em seu joelho. Mesmo assim ele não chorou.

Agora, o garoto olhava a cidade distante pela enorme janela que ocupava a parede inteira. A janela era bem presa na parede e as chances de algo ruim acontecer eram impossíveis.

Mas aos olhos de Tony, o garoto estava a beira de um precipício.

Tony: Peter, sai daí agora!

Peter: Eu quero i lá!

A criança apontou uma parte da cidade, mas Tony só queria ele saísse dali.

O mesmo pegou a criança no colo e o fez prestar bastante atenção.

Tony: Petey, eu não quero você perto da janela, ouviu bem? Tem que ficar longe!

Peter: Mais puque?

Tony: Porque eu estou mandando.

Ele pôs o menino no chão que tinha uma cara não muito boa. O garoto só queria se divertir mas Tony parecia uma barreira de proteção para tudo.

Peter começou a andar de utensílio para utensílio, mechendo, conhecendo, desmontando quase tudo. Ele estava muito entediado. Mais nada na torre parecia ter graça.

E em todo este percurso, Tony nunca deixou de estar literalmente atrás do menino. Aonde o garoto ia, Tony estava atrás.

Peter: Toby, aqui é chatu!

Tony: Eu posso ver.

Onde Peter poderia se entreter e ficar protegido ao mesmo tempo?

Tony: Vamos atrás de Pepper, ela pode nos dar uma idéia.

Ele pegou o menino em seu colo mais uma vez e foi na direção de seu quarto, Pepper estava se arrumando para ir trabalhar.

A mesma estava procurando uma roupa elegante para começar seu dia, ela estava no closet.

Assim que Tony pôs Peter no chão, o garoto foi atrás de qualquer coisa que pudesse ser interessante.

Pepper: O que é isso?

Tony: Estamos entediados, tem alguma ideia segura para nós?

Pepper: Uma ideia segura?

Tony: Sim, algo que não tenha chances de nos machucarmos.

Pepper: Você quis dizer, algo que não tenha chance de machucar Peter?

Tony: Sim. Você entendeu.

Pepper: Quem diria, Tony Stark protetor.

Tony: Não estou sendo protetor, estou sendo sensato. Não é você que gosta quando eu sou responsável.

Pepper: Responsável não quer dizer lunático no qual o garoto não pode nem dar mais um tossida que você já se desespera.

Tony: Já parou para pensar que eu posso estar traumatizado.

Pepper: Tony, isso é normal. Crianças se engasgam! Mas não precisamos nos apavorar por literalmente qualquer coisa.

Tony: Eu vim aqui para você me dar ideias e está me dando lição de moral?

Peter: Ó.

O casal olhou para o garoto que usava um óculos escuros de Tony, um relógio que devia custar no mínimo 12 milhões de dólares, e um blazer preto no qual aparentava ser de Tony.

Tony: Olha só, você está parecendo comigo!

Peter: Sélio? Então, podemus ser geminos!

Tony: Ninguém vai ver a diferença!

Pepper: Só falta tomar um banho de dinheiro.

A mesma sussurrou para o homem que tinha seus olhos arregalados.

Tony: Eu tive uma ideia.

Pepper: O que?

Tony: Banho!

Pepper: Você acha que tomar banho é divertido?

Tony: Não, você não entendeu. A banheira de hidroginástica! Nós podemos ficar lá!

Pepper: Olha, é uma boa ideia!

Tony: Peter, você quer nadar na banheira de hidromassagem?

Peter: U que é issu?

Tony: Você verá! Quer vir com a gente querida?

Pepper: Melhor não, tenho que me arrumar!

Tony: Se arruma lá dentro!

Pepper: Vou me arrumar de baixo da água?

Tony: É só não ficar de baixo da água! Vem logo.

Peter: Vem Pepi! Pu favo!

Pepper: Ah, não me peça dessa maneira.

Peter sabia exatamente como conseguir o que queria. Ele fazia uma carinha fofa, falava algo educado porém de um jeito manhoso e pronto, ele tinha o que queria.

E dessa vez não foi diferente. Pepper resolveu se juntar a " festa ".

A mulher que se maquiava dentro da banheira usava um biquíni verde, enquanto Tony usava shorts vermelho, e Peter uma sunga vermelha.

Tony não soltava Peter por nenhum segundo sequer, sempre tentando entreter o mesmo para que ele não quisesse nadar sozinho.

E até que deu certo. Fazê-lo boiar, brincar com as bolhas, jogar água um no outro foi entretenimento suficiente.

Sem dúvidas, a melhor parte foi Pepper passando o lápis em seu olho.

O dois tiveram a grande ideia de pintar a cara de Peter para que o mesmo pudesse ter uma " barba ". Tony desenhou no rosto do menino uma barba parecida com a sua.

Agora eles estavam mais parecidos que nunca.

Apenas uma semanaOnde histórias criam vida. Descubra agora