Capítulo 1 (Natal de 2021)

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Pov Ricky

É véspera de natal! Nem acredito que o ano já está acabando. Parece até que foi ontem que ele começou. Espero que o próximo ano seja incrível! As coisas tem dado certo para mim nos últimos tempos. Bom, quase tudo. A noite de estreia foi um sucesso, entretanto, minha relação com a Nini foi por água abaixo novamente, quando ela foi chamada para aquela escola de jovens atores. Ela até queria tentar manter o relacionamento a distância, mas se nem nos filmes isso dá certo, quem dirá na vida real.

- Ricky, você pode vir me ajudar com o jantar? - meu pai gritou lá da cozinha.

- Já tô indo pai - respondi.

Meu pai estava bem nervoso. Esse era nosso primeiro natal desde que ele se divorciou da minha mãe, então ele teria que preparar tudo esse ano. Meus avós e meus tios por parte de pai viriam para Salt Lake hoje, e faz um tempão que não os vejo. Desde o ano novo. Eles moram em Nova Iorque. Geralmente eu ia pra lá nas férias de verão, passar uma ou duas semanas, mas com toda essa história com a Nini, eu acabei não indo esse ano. Saí do meu quarto e desci as escadas até a cozinha. Chegando lá, encontrei meu pai com uma expressão confusa, como se algo não estivesse acontecendo como ele esperava.

- O que foi? - perguntei.

- O molho. Ainda não começou a ferver.

- Não deve ser porque o fogo tá desligado?

- Ai droga. Obrigado filho - respondeu ligando o fogão.

- Quer saber, deixa que eu termino aqui. Vai lá se arrumar.

- Sério? - perguntou surpreso.

- Aham. Mas vai logo, antes que eu mude de ideia - falei rindo.

Ele subiu as escadas correndo e foi para o quarto. É, esse ano seria diferente. Era a minha mãe quem costumava preparar a ceia. Bom, eu pude escolher com quem passar o feriado, mas não tava afim de reencontrar o Todd. Fora que o meu pai teria que cozinhar tudo sozinho, e ele era um desastre na cozinha. Como eu sentia falta dos velhos tempos...

Quebra no Tempo...

Meu pai e eu estávamos quase terminando de arrumar a mesa, quando ouvimos a campainha tocar.

- Eles chegaram - ele disse indo até a porta.

- Oi meu filho - minha vó deu um beijo na bochecha do meu pai - Me desculpa não ter vindo há alguns meses, quando você se separou da Lynne, mas a minha vida estava uma loucura.

- Tudo bem mãe - meu pai respondeu sorrindo.

- E aí filhão - disse meu avô dando um abraço no meu pai. Tenho quase certeza de que ouvi os ossos dele estralarem.

- O-oi pai - meu pai falou sendo sufocado. Eu dei risada - E meus irmãos? 

- Ah, eles perderam o voo, mas devem chegar logo. Acredita que a Bonnie passou mal no meio do caminho para o aeroporto? - minha avó respondeu.

- Sério? Por quê? 

- Celular, claro. As crianças de hoje em dia não conseguem desgrudar disso. Daí ficam jogando no carro e passam mal - meu avô respondeu.

Aqueles eram meus avós, Martha e John. Minha avó sempre foi mais falante, e meu avô, bem, ranzinza. Ele odeia tecnologia. É engraçado até. Meu pai tinha dois irmãos, um mais velho, chamado Jonathan, e um mais novo, chamado Bruce, e a Bonnie era a filhinha de 4 anos do Bruce. 

- RICKY! - disse minha vó ao me ver - Como você cresceu! Está um rapaz! - ela veio até mim e me abraçou.

- Ae, como vai o meu garotão - meu avô me abraçou também.

O Natal de CaswenWhere stories live. Discover now