-Bom. Sei pai?- pergunta.

-Mesa dos fundos.- aponto e Andrew vê meu pai dormindo.

-Já pensou na minha proposta?- pergunta e fico tenso por Izzy estar aqui embaixo.

-Eu não quero falar sobre isso...

-Não pode continuar vivendo assim, Ian.- mexe os ombros.- Assim que seu tempo terminar, quero promover você.

-Senhor...

-Faz um tempo que vejo que tem potencial para mais coisa.- explica.- Acho que pode acompanhar Chris no próximo carregamento que vamos trazer do México.

-Eu vou para Nova York quando tudo acabar.- falo e Andrew parece desapontado.

-De qualquer forma, vou guardar o lugar.- bebe o resto do uísque.- Se faltar alguma bebida, me avise.

-Pode deixar, senhor.- mexo a cabeça.

Andrew sai e Izzy levanta me observando com um olhar curioso, respiro fundo e ela cruza os braços quando pego o copo e começo a lavar. Não esperava que ela pegasse a garrafa de vodka e começasse a beber dela.

-Não.- pego da sua mão.

-Mesmo com essa oferta, quer ir embora?- pergunta.

-Achei que quisesse que eu fosse.- fecho a garrafa e coloco no lugar.

-Eu queria.- cruza os braços.- Mas você está sendo burro?

-Ah, e por que estou sendo burro?- deixo o copo para secar e a encaro.

-Sabe quanto você pode ganhar com esse novo trabalho? Pode melhorar o bar, comprar um apartamento e ainda sim roupas melhores, sapatos, carros...

-Eu vou para Nova York.- falo sério.

-Tudo bem.- pega a bolsa de novo.- Estúpido.

-O que falou?- pergunto enquanto ela caminha até a porta.

-Você é um cuzão.- ela fala e bate a porta do bar.

Bufo batendo a mão na mesa e me controlando para não quebrar todos aqueles copos de vidro. Queria seguir pelo caminho mais fácil, mas já tinha adiado Nova York por muito tempo e não podia mais fazer isso, precisava ir embora.

Principalmente agora com esse negócio da Izzy, se eu ficasse o que iria acontecer? Continuariamos transando, continuaria desenhando ela e me...não posso, não posso fazer isso.

Ela é filha de um mafioso, ela faz parte de uma máfia, puta merda, Izzy mataria qualquer um que a ferisse, o que faria se eu errasse um passo? Não posso arriscar, são muitas variáveis e eu não posso perder minha vida por causa de um erro idiota.

Izzy Ballard-Hunt

-Não tenho o dia todo, Raul.- bato o salto no chão esperando ele colocar as compras no carro.

-Tem mais compras do que espaço.- explica.

-Então é só levar no carro forte ali.- aponto e ele bufa.

-O chefe falou que não podemos abrir o portamalas em público, da última vez um civil vou e denunciou. Os caras ficaram três meses na prisão.- explica.

-Que seja.- pego as duas que sobraram.- Coloco no banco de trás.

-Ok.- ele começa a ir para o carro.

O Protetor - 4° GeraçãoWhere stories live. Discover now