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Acordei na cama com o sol batendo na minha cara por causa da cortina aberta. Não lembro de quase nada da noite passada. A última coisa foi a conversa com Suna e algumas bebidas que ofereceram.

Me viro para o outro lado na intenção de esticar meus braços, mas a ação é interrompida por um corpo.

Primeiro pensamento: quem é?
Segundo: o que aconteceu aqui?
Terceiro: como eu parei aqui?

Olho para o cabelo do sujeito. Um tom acinzentado. No momento percebi quem era, Osamu.

O que eu estaria fazendo com Samu na mesma cama depois de uma festa? Ele não poderia ter feito nada comigo, se bem que provavelmente nós dois estávamos bem drogados e bêbados, não seria novidade algo ter acontecido.
Enfim, pergunto para ele quando acordar.

Levantei procurando meu top, única coisa que não estava em mim, além de meus sapatos. Lavei o rosto, percebendo que estava no quarto de Samu e não o meu. Peguei meu celular e fui ver as mensagens. Tinha várias notificações no insta, mas uma em específico me chamou atenção.

"Podemos conversar por aqui ou você vai me acusar de todos os crimes contra a humanidade que eu infringi?"

Um direct de Suna. Como ele é dramático. Não preciso explicar mais uma vez o que ele fez, mas com certeza não foi bom. Resolvi responder ele.

"Não sei, depende da sua secretária, Hana não é? Acho que ela não gostaria de ver você conversando comigo"

Desliguei o celular quando ouvi um barulho na cama. Supostamente Osamu tinha levantado.

- Bom dia Samu.

- Bom dia, o que faz aqui?

- Eu que pergunto, acordei do seu lado hoje, me assustei um pouco, achei que você teria alguma explicação.

- Não lembro de quase nada, tava muito chapado.

- Igualmente. Enfim, vou voltar para meu quarto, até depois Samu.

- Tchau S/n.

Ele é sempre meio sem sal assim, talvez um pouco mais porque acabou de acordar, mas no geral ele sempre parece estar chapado.

Cheguei no meu quarto. Troquei de roupa e tirei a maquiagem. Livre. Não aguentava mais aquilo na minha cara. Peguei o celular e novamente tinha uma notificação dele.

"Eu não troquei de número então provavelmente você deve ter ele, e não, ela com certeza não vai poder falar nada, eu te disse que largaria tudo por você, inclusive ela."

Não me importei em responder na hora.
Desci as escadas e fui até a cozinha. Não me assustei quando eu vi umas 5 pessoas dormindo no sofá da sala, lógico que eram todos meus amigos. Fui fazer o café da manhã, confesso que deixar a comida nas minhas mãos não é uma coisa muito boa, mas faria a minha especialidade, panquecas com brigadeiro. Tudo bem que a panqueca já vem pronta no saquinho e só precisa aquecer, mas me deixe desfrutar do meu momento chef de cozinha.

Escutei alguns passos enquanto colocava a comida no prato. Kenma estava parado me olhando meio assustado. Não entendi muito bem porque ele estava assim.

- O que aconteceu? - perguntei desconfiada.

- É sério? Você não lembra? - ele fala enquanto faço que não com a cabeça. - Meu Deus, ok, resumindo, Osamu e Suna brigaram feio enquanto você tava bebendo alguma coisa e depois Samu te levou pra casa.

- Que? Como assim brigaram? Por que?

- Samu disse que Suna era um lixo por ter feito o que ele fez com as duas pessoas que ele mais amava e não sei o que, no caso você e Tsumu. Aí o Suna falou que já tinha se resolvido com você e falaria com Tsumu, mas os dois tavam pra lá de chapados e resolveram brigar. Você ficou olhando paralisada e depois que separaram eles Samu te levou pra casa. Depois disso não sei mais de nada.

- Meu Deus. Obrigada pela atualização, Kenma.

Eu sabia que Samu me amava porque afinal éramos melhores amigos, mas a esse ponto? Tudo bem que ele estava chapado e tudo mais, mas não precisava ter começado uma briga, era só ter conversado, assim como eu fiz. Mas entendo o lado dele, para ele também é difícil, assim como para Tsumu e para mim.

Saí antes de quase todos acordarem, com excessão de Kageyama e Kiyoko. Fui para uma loja de móveis comprar um abajur, estava sentindo meu quarto escuro demais a noite.

Enquanto olhava os modelos ouvi uma voz familiar me chamar.

- S/n? - um homem de meia idade com alguns fios brancos já aparecendo foi quem me chamou. Ele estava acompanhado por uma mulher, mais ou menos da idade de minha mãe que estava sorrindo para mim.

- Perdão?

- Ah, certo, com certeza não iria nos reconhecer, somos os pais do Rin.

- Senhor e Senhora Rintarou, claro, como vão vocês? - perguntei com espanto na voz. Quantas possibilidades eram possíveis para isso acontecer?

- Muito bem e você? - perguntou a mulher dessa vez.

- Estou bem, vieram ver Suna?

- Sim, o viu depois que ele decidiu ir para o colégio militar?

Ele decidiu? Ele? Como assim ele tinha decidido ir? Não era uma ordem de seu pai?

- Perdão, ele decidiu ir? - os dois se olharam antes de me responder.

- Sim, dei a sugestão para ele com o exemplo de seu avô. Ele ficou meio em dúvida na hora mas depois aceitou.

- Ah, entendi. Bem, encontrei ele sim, ontem inclusive, acho que ele está namorando. Me desculpem se isso parecer de mal gosto, mas não achei ela uma pessoa muito legal. Ela é mais nova que ele e não é boa influência.

- Namorando? Ele não nos falou nada sobre isso, não é querido? - falou a mulher assustada.

- Deve ser aquela menina que está fazendo a cabeça dele, Senhora Rintarou. Ela não é boa pessoa, ao meu ver pelo menos. Espero que conheçam ela. Estou meio atrasada e preciso ir andando, foi ótimo ver vocês de novo, qualquer coisa passem no meu escritório. - falei dando o cartão da empresa para o homem. - Até mais.

- Tchau querida, obrigada por nos alertar, você sempre foi um anjo em nossas vidas. - disse a mulher preocupada. Apenas sorri e saí da loja, não queria mais escolher um abajur, meu quarto escuro estava ótimo.



Oie, começo de ano com capítulo novo já, espero que gostem muito.

Perdão por qualquer erro que tiver.

Espero que o 2022 de vocês seja ótimo e cheio de realizações, só fiquei triste porque não virei padrão, mas fazer o que.

Beijos, se cuidem!


Suna, come right back. - suna rintarouWhere stories live. Discover now