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- Chefe, ou melhor... amor, não é? - falou a loira deixando a faca cair no chão ao meu lado.

- Já falei pra não me chamar assim Hana, quem é essa infeliz...- parou de falar quando me encarou sem falar nada. Suna Rintarou como dono da Fly? Que maravilha!

- Eu posso explicar amorzinho...- foi interrompida mais uma vez.

- Cala boca Hana, que merda. Por que tá fazendo isso com ela?

- Ela é a dona da Chorus, lembra, você me pediu pra fazer isso aquela noite, quando você tava chapado. Me disse pra matar não importando quem fosse.

Ele ficou pálido mas ainda estava com a mesma expressão e me olhando parado na porta. Tinha várias tatuagens pelos braços, uma no pescoço com o desenho de uma cobra e um piercing na sobrancelha. Usava uma camisa preta manga curta, uma calça jeans preta e um tênis da mesma cor. Nos dedos descansava um cigarro. 

- Vocês vão continuar a discussão de casal ou a maluca vai continuar a cortar meu corpo? - perguntei encarando ele com um sorriso no rosto.

- Hana, eu continuo daqui, pode sair.

- Mas o trabalho era pra ser meu e...

- Hana, sai daqui.

Ela saiu que nem uma cadelinha dele mas emburrada, batendo os pés como se fosse uma criança birrenta. Passou por ele e empurrou seu ombro enquanto ele avançava em minha direção batendo a porta e puxando uma cadeira para sentar em minha frente. Virou a cadeira sentando com uma perna para cada lado e se apoiando no encosto da cadeira.

- Você tá ótima.

- Não sei se ótima é a melhor palavra. Você que tá, tem uma putinha particular.

- Ela era do ensino médio, lembra?

- Lembro muito bem quando ela me chamou de oferecida. - ele riu e fumou um pouco, mas ainda mantínhamos o contato visual.

- Quer um? - falou indicando o cigarro.

- Se as minhas mãos estivessem soltas, até sim. - disse fazendo ele rir de novo e se levantar contornando minha cadeira e desamarrando meu pulso.

- Seu perfume é bom. - falou quando se levantou pegando um cigarro e acendendo para mim.

- Obrigada, o seu continua o Malbec de sempre. Vejo que a escola militar não fez efeito.

- Uma perda de tempo. Pelo menos conheci o dono daqui. Nunca achei que matar alguém ia me dar tantas vantagens, tipo herdar essa merda, ou reencontrar você. - quase ri, mas mantive a pose. 

- Então você matou o velho. Não tive que matar ninguém nessa brincadeira. 

- Então como você herdou a Chorus

- Ela morreu e eu herdei, era de confiança dela. - fiz uma expressão estranha depois de sentir meu pé latejando.

Ele olhou para o chão vendo a poça de sangue que tinha se formado por conta do corte e foi pegar alguma coisa num armário dali. Voltou com um remédio e faixa.

- Ergue o pé, coloca na minha perna. - falou abrindo o remédio. Fiz o que ele falou e ele enfaixou meu pé, depois de limpá-lo. - Pronto, vai doer um pouco ainda mas acho que você aguenta.

- Já senti dores piores, não vai ser um cortezinho no pé que vai fazer um estrago na minha vida, que nem você

- Eu? O que eu fiz primeiramente? -  falou indignado enquanto me olhava com expressão séria. 

- Ah, tipo, você só me abandonou naquele lugar horrível, me bloqueou em tudo, nunca mais me chamou depois que saiu daquela merda e agora manda a sua puta vir me matar. Preciso falar mais alguma coisa?

Ele ficou quieto. Por um segundo achei que ele ia chorar, mas quem estava quase chorando era eu. Ele se afastou e guardou as coisas de volta no armário. 

- Vou te levar embora, levanta. - disse quase sussurrando e abrindo a porta. Levantei com dificuldade e segui ele até um carro preto. - Onde eu te deixo?

- Pode ser no parque, de lá eu ligo pra alguém. Não vou confiar em você pra me levar em casa, você mandou ela pra me matar. 

- Eu não sabia que era você, se eu soubesse nunca ia ter feito isso! 

- E não tem ninguém pra descobrir isso pra você? Caralho Suna, você é dono de uma empresa de drogas procurada por milhares de pessoas e você não tem um homem pra descobrir isso?

- Era pra ela descobrir isso mas ela falou que era uma putinha fresca que tava cuidando da Chorus. - como homem é burro!

- Ah, você confiou nela, ótimo! É lógico que ela ia me chamar de puta, ela me odeia. 

- Você tem celular? 

- Tenho, a sua querida é tão idiota que nem tirou isso de mim.

- Não estamos juntos, eu só uso ela pra alguns trabalhos.

- Tipo transar com ela? Que trabalho! - falei enquanto ele dava partida no carro. - Me deixa na praça, vou chamar alguém de lá.



Oii gente, espero que todos estejam bem. Fiz esse capítulo um pouco maior e com a volta dele. Peço desculpas que no capítulo anterior não coloquei uma mensagem.

Obrigada aos quase 2k de visualizações e todos que estão comentando e votando!

Beijos, tomem muita água principalmente agora que está calor e fiquem bem!!

(Desculpa se tiver erros)

Suna, come right back. - suna rintarouWo Geschichten leben. Entdecke jetzt