Elia, A Conciliadora

Eu Simplesmente Estou Mandando Em Tudo Agora

–Bem. Isso é um desenvolvimento que eu não esperava. -Tywin disse, olhando para o ventre arrendodado de Elia.

–Eu quase a perdi. –Ela diz, pondo a mão proteroramente ali. –Aerys queria matá-la.
–Como a notícia de sua gravidez não se espalhou?
–Eu fui arrastada com meus filhos para o palácio bem no começo da gravidez e se Aerys não me chamasse para me xingar ou ameaçar eu ficava trancada com Rhaenys e Aegon. Basicamente quem sabia era apenas as pessoas que Aerys queria que soubessem.
–Mas e agora? Você mencionou um plano. Que plano é esse?
–Basicamente? Eu decidi que estou mandando em tudo agora!
Tywin ergueu uma sobrancelha com um pouco de incredulidade.
–Você não acha que eu comecei tudo isso para dar tudo ao meu marido idiota e ficar atrás dele sorrindo e acenando, acha?
–Mas... Sem querer ofender, porém você realmente acha que vão deixar que você tome o poder?
–Deixar? Oh, Lord Lannister, "deixar" significa que estou pedindo permissão. Eu não estou.
Ela se sentou no Trono De Ferro.
–Eu vi, eu quero, e eu estou pegando. Quem acha guarda, quem perde chora.
–Elia, eu não tenho certeza dessa manobra...
–Você está aqui, não está? Quer ouvir o meu plano ou não?
Ele resolveu dar um voto de confiança.
–Primeiro. Quero o antídoto. Manda o Pycelle trazer.
–O que?
–Você não acha que eu não perceberia que tanto eu quanto Rhaella estamos sendo envenenadas não é? Por que é meio óbvio pra quem sabe somar dois mais dois. Quero o antídoto para mim e para ela. Rápido. Oh, nem faça essa cara de quem está cogitando o que eu penso que está cogitando. Se você chegou até aqui você vai continuar!
Elia deu um pequeno gole na água em sua taça.
–Agora presta atenção. Rhaegar casou com Lyanna Stark.
Tywin a olhou mais uma vez sem acreditar.
O homem não seria tão burro a ponto de cometer tal suicídio político, seria?
–E isso é a minha salvação. Vou parar a rebelião e tomar o controle graças a isso.
–O que exatamente você está planejando?
–Eu sou a legítima esposa de Rhaegar e portanto posso ser coroada rainha. Mas Rhaegar não pode ser coroado, por que ele é o Protetor Da Fé Dos Sete. Como ele vai ser o rei que jura proteger a Fé se ele já quebrou essa mesma Fé? Enquanto ele alegar que Lyanna é sua esposa, e ele vai, o Alto Septão não vai ser coroado.
Tywin percebeu até onde ela pretendia ir.
–Ele nunca vai poder mandar Lyanna embora, não depois de sangrar os reinos por ela.
–Portanto, como a esposa legítima, sou a rainha, e posso exercer o maior poder já que ele nunca vai ser coroado.
–Entendo.
–Agora, que tal ouvir sobre as alianças que planejei? Principalmente para você?
–Sou todo ouvidos.
–Janna Tyrell para o seu filho Jaime, o que acha?
–Eu gosto da escolha. -ele acena com a cabeça.
–Iryna Jordayne para o seu tio Tyrion.
–Considerando que ele é um anão é até mais do que Tyrion merece.
–Tomei a liberdade de mandar cartas com as propostas. As famílias concordam.
–E Cersei?
–Robert Baratheon.
Ele arregalou os olhos.
–Sua filha não conseguiu ser rainha. Mas será a mãe da próxima rainha. Me ouça até o fim.
E depois de muitos poréns, era a hora de acabar com a rebelião.

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–Elia Martell quer conversar conosco? A mulher está louca?
–Ela está com Tywin Lannister, Doran Martell e Mace Tyrell. E o Alto Septão.
–Bem, vamos ver o que a dornesa tem a dizer.
Elia fez uma mesura aos líderes da rebelião e se sentou numa cadeira puxada por Tywin.
Não é preciso nem dizer que estavam espantados por sua gravidez aparente.
–Obrigada por me receberem.
–O que a traz aqui afinal?
–Eu vim aqui oferecer uma oferta de paz. E explicações.
Elia puxou as cartas secretas de Lyanna para Rhaegar e a entregou a Robert.
O homem primeiro ficou pálido. Depois ficou vermelho.
–Aquela.... Aquela prostituta!
Quando Ned e depois Jon leram o que estava escrito, ambos não sabiam como reagir.
Hoster Tully leu e riu, dando uma gargalhada sem emoção.
–Toda essa morte, essa guerra, essa destruição, tudo por uma garota que foi de boa vontade viver um romance com um homem casado!
Enquanto os homens processaram a informação, Doran sorriu para Elia e levantou o polegar em aprovação.
Elia se levantou e estendeu a mão regiamente.
–Silêncio! -ela diz, em um tom que era ao mesmo tempo calmo e perigoso.
Ela se levantou da cadeira.
–Bem, meus senhores, vocês viram a razão do porquê essa rebelião é inútil. Por isso ofereço a vocês paz e alianças.
Eles a olharam ressabiados.
–Em nome da Casa Targaryen eu peço perdão pelos crimes cometidos as famílias Stark, Baratheon, Arryn e Tully. Eu peço que essa luta pare agora e que todos voltemos em paz para os nossos lares.
–Eu não vou me curvar para aquele lagartinho prateado! -bradou Robert.
–Não. Não peço que se curve para Rhaegar, peço que se curvem para mim.
Elia quase riu ao ver as expressões daqueles homens.
–Rhaegar não pode ser rei por que se casou com Lyanna Stark, ofendendo tanto a religião dele quanto a dela. O Alto Septão não pode coroar Rhaegar, ele mesmo pode afirmar isso. Estou mentindo, Santidade?
–Não. Como vou nomear Rhaegar como Protetor Da Fé? Impossível!
Satisfeita, Elia deu sua cartada para conquistar os rebeldes.
–Meus senhores. Eis o que eu ofereço. Se a rebelião parar agora, já, ninguém será penalizado. Sem impostos aumentando, sem reféns. Além disso estou aumentando o conselho em mais sete lugares. Agora haverá sete representantes, um de cada reino que terá voz nos ditames dos Sete Reinos, que será escolhido por vocês para representar seus interesses.
Ela olhou para Robert Baratheon.
–Para a sua casa, para compensar a ofensa e a perda de Lyanna eu darei uma noiva mais bela e mais rica, Cersei Lannister. Eu ofereço também a seu irmão Stannis a mão da também linda e rica Leyla Hightower. Para Renly eu ofereço o título de Príncipe Consorte de Dorne, casando com minha sobrinha Arianne. E por fim sua primeira filha com Cersei será a rainha, esposa de meu filho Aegon. É o suficiente para compensar sua fúria?
Robert queria se sentir irritado, mas era obrigado a se sentir apaziguado. Era realmente muito boas alianças para serem ignoradas. E Lyanna o traiu, então que se dane. Que venha Cersei e sua beleza e riqueza.
–Eu aceito.
–Lord Hoster Tully. Eu te ofereço a mão de Margaery Tyrell para seu filho Edmure. E também, se um dia quiser, ser um convidado de honra adotado junto a Aegon.
Os olhos do ruivo brilhavam.
–Aceito!
–Lord Arryn. Eu te ofereço o posto de Mestre Em Leis. Também ofereço meu filho Aegon e Príncipe Viserys como seus pupilos. Tenho certeza que qualquer vestígio de Aerys vai desaparecer criados com a sua honra. Você não pode ser posto em dúvida sobre sua eficiência como um pai adotivo. E você decidirá a noiva de Viserys.
Jon pensou um pouco, mas aceitou.
–Lord Eddard. Eu ofereço para você a mão de minha filha em meu ventre para seu filho Robb.
–Espere, mas e Rhaenys?
–Já está prometida a Willas Tyrell.
–Como sabe que é menina?
–Um... Pressentimento... Agora, além disso ofereço Aerys, assassino de Rickard e Brandon, para que você aplique a justiça para seus crimes.
Soldados atiraram Aerys amarrado e amordaçado aos pés de Ned.
–O que me diz? Só falta o senhor. Se aceitar todo mundo pode ir para a casa em paz.
–Eu... Eu aceito...
Todos assinaram os termos de paz, que declara Elia a única esposa legítima de Rhaegar e portanto a rainha em direito.
Os sete se ajoelharam para Elia e fizeram seus votos.
–Obrigada. Dispensados.
E aos sete ventos foram espalhados sobre como Elia terminou a guerra e deixou tanto legalistas quantos rebeldes satisfeitos.
Elia, A Boa.
Elia, A Sábia.
Elia, A Conciliadora.