My mind in the Moon - Mamonas Assassinas

Cap 7 - Talvez um adeus?

- POV AYLA –

São 2:30 da manhã e estou escalando o muro de casa com uma mala cheia de roupas e utensílios pessoais, isso não é tão difícil pois faço quase toda noite. Quando consigo pular o muro saio correndo em direção a casa do Dinho para deixar um recado pendurado em seu portão, um para ele e um para os meninos da banda.

Com o coração apertado parto para a rodoviária com uns trocadinhos para um lanche e uma passagem. Antes de comprar minha passagem eu vou até um orelhão deixar um recado pra Dinho porque eu sabia que toda manhã ele ouvia os recados deixados para ele.

Ayla: Oii Cabeção aqui é a Ayla, nesse momento com certeza já não estou aí na nossa cidade. Veja o recado que eu pendurei em seu portão, se meu pai perguntar de mim responda que não sabe e cuide de Samuel, Julio, Sérgio e Bento por mim, ok? Beijos Cabeção, se cuida.

Logo após de deixar o recado vou até a cabine comprar uma passagem para a cidade da minha vó, o próximo ônibus saia as 4:00 da manhã e seria 3 horas de viagem. Era 3:40, então faltava 20 minutos para o ônibus sair, enquanto esperava eu ficava lendo um livro.

Entro no ônibus e logo adormeço. Acordo com as pessoas já se arrumando para descer, desço do ônibus, pego minha mala e vou caminhando até a casa da minha vó, não era tão longe dali. Chego na casa da minha avó e toco a campainha.

Vó: Já vai – Ouço a senhorinha falando e suspiro aliviada. – Eu não acredito que é você minha fia! – Ela me dá um abraço e eu retribuo.

Ayla: Que saudades da senhora! – Digo entrando dentro da casa.

Vó: Você vai ficar quanto tempo aqui? - Diz arrumando a mesa do café.

Ayla: Eu não vou voltar vó, eu vou morar com a senhora.

Vó: Mais e sua vida lá na sua cidade fia? Sua casa?

Ayla: Vamos dizer que minha casa foi invadida pelo meu pai. Desde que ele mora lá comigo ele manda na minha vida.

Vó: Ô meu deus, esse seu pai não toma jeito viu! Desde que conheceu sua mãe ele é inconveniente dessa maneira.

Ayla: Eu posso imaginar, vó. – Dou uma mordida no bolo de fubá. – Uhmm, que delícia esse bolo.

Vó: Eu fiz e nem sabia que você ia vir. Termina de comer e coloca sua mala lá no quarto de visita, ele já é seu. - Agradeço minha avó e levo minhas coisas até lá.

- POV DINHO –

Hoje acordei mais cedo que o normal, faço a mesma rotina de sempre, tomo café, troco de roupa e checo a caixa postal. Hoje tinha uma mensagem inesperada na caixa postal.

Mensagem: Oii Cabeção aqui é a Ayla, nesse momento com certeza já não estou aí na nossa cidade. Veja o recado que eu pendurei em seu portão, se meu pai perguntar de mim responda que não sabe e cuide de Samuel, Julio, Sérgio e Bento por mim, ok? Beijos Cabeção, se cuida.

Pera, o que? Ela mudou de cidade sem me dar tchau pessoalmente?

Vou até o meu portão pegar o recado e leio.

"Oi Dinho, escrevi esse recado para avisar que mudei de cidade por causa do meu pai. Não aguentava mais ficar naquele inferno de casa tendo que ser uma empregada para ele. Guarde o meu violão aí como recordação e apenas tente contato comigo após um dia que ler essa carta pelo número xx xxxx-xxxx.

Não se esqueça de mim e vou sentir sua falta cabeção!"

Na minha cabeça só passava se ela estava bem e me perguntava para onde ela teria ido. Chamei os meninos em casa para falar o que tinha acontecido.

Sérgio: Como assim ela mudou de cidade Dinho? Explica direito as coisas meu.

Dinho: Ela mudou de cidade escondida do pai dela, porque ela não aguentava mais conviver com ele. Aí ela deixou um recado na caixa postal e uma carta.

Samuel: Nossa, mas será que ela tá bem?

Dinho: Não sei, mas acho que está.

Julio: O estado dela naquela casa estava crítico pra ela fazer isso então. Mas porque ela não chamou a polícia? Não ajudaria?

Dinho: Ela precisaria de provas e acho que ela não tinha...

Bento não soltou nem se quer uma palavra.

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Continua...

Oii xuxus, tudo bem?

Me perdoem pelo cap curto, estou sem muitas ideias

Amanhã não vou postar, vou tentar ter algumas ideias pros próximos capítulos

Fiquem bem e beijinhos no coração <3