_Largue esse emprego Emily. –Ela sugeriu.

_Eu não posso mãe. –Eu disse.

_Você não só pode quanto deve, esse emprego já teve seu preço, você já fez sua parte, não precisa provar a ninguém do que é capaz, se continuar assim isso será sua ruina. Você e as crianças podem muito bem viver com sua parte nas ações da empresa do seu pai, se quiser pode até mesmo se mudar daí. –Ela estava me aconselhando, e eu sabia que deveria seguir seu conselho, mas...

_Eu não posso mãe. –Eu apenas disse.

_Por que você tem que ser tão teimosa? Por favor pense, eu sei que você é forte, afinal fui eu que te criei para ser assim, mas tudo tem um limite Emily, lembre-se disso.

Sim mamãe estava certa, tudo tem um limite. Naquele época, eu estava tão decepcionada com Aaron, mas ainda queria provar não só a ele, como para todo o mundo que eu ainda era capaz de ser eu, não importa a circunstância, mas hoje, acredito que eu esteja chegando ao meu limite. Meu telefone vibra, chamando minha atenção, leio a mensagem que recebi: O plano está seguindo como o planejado. Coloquei o cinto e tratei logo de dirigir, já era hora de pôr um fim nisso tudo.

Estava passando por uma rua sem muito movimento, quando um carro bateu no meu. Agora eu só tinha que rezar para quase tudo ocorresse bem.

_Anda depressa. –Um homem disse ao me arrastar para fora do meu carro.

Ele me arrastou para dentro de outro, me fez sentar em frente ao volante e então sentou-se ao meu lado, o tempo todo me apontando uma arma.

_Dirija e sem gracinhas entendeu? –Ele disse apontando a Glock em minha cabeça, eu apenas obedeci, enquanto ele me guiava pelo caminho.

_ Sabe, você poderia muito bem ter aproveitado sua segunda chance e se afastado dessa sua missão, mas você tinha que ser a heroína, sabe se dependesse de mim eu faria você sofrer vendo toda a sua família morrer, porém os chefes são meticulosos, não querem levantar suspeita, então vamos fazer isso parecer um suicídio, o que acha? Respeitada agente do FBI se mata, suspeita de depressão.

Desviei os olhos da estrada por alguns segundos e então o encarei, eu o conhecia muito bem, era um agente do FBI assim como eu previ.

_Pare ai. –Ele disse e eu obedeci.

Ao desligar o carro, ele me fez descer, não me surpreendi ao ver o local pelo qual ele me guiava, era meu antigo apartamento, que eu usava para disfarces locais, além de previsível ele sabia para onde eu iria.

Adentramos o apartamento, não havia muitos moveis, apenas uma mesa, duas cadeiras e uma poltrona, mas havia algo que eu não tinha colocado, um quadro cheio de fotos e recortes de jornais.

_Sente-se. –Ele disse puxando a cadeira e assim eu fiz.

_Eu não vou atirar em mim mesma. –Eu disse o encarando fixamente.

Ele sorriu cínico.

_Eu não sou amador, eu sei muito bem armar uma cena de crime. –Ele se gabou, um narcisista claro.

_Foi por isso que eles te contrataram? Para armar cenas de crime ou só espionar o FBI mesmo? –Questionei.

_Eu tenho influências agente Prentiss, conheço muita gente. –Ele disse desinteressado.

O filho da mãe colocou a arma no meu pescoço.

_Tenho dó dos seus filhos, quando eu for ao seu velório eu darei os pêsames a eles... –Ele disse debochando e então me dirigiu o olhar sombrio. –A pobre Ariane ficará arrasada, sabe ela é até bonitinha, se parece com você.

Acordando para a vidaWhere stories live. Discover now