9° Capítulo

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Já entrou na suíte me empurrando na parede, segurando no meu pescoço forte, puxando meu cabelo na força do ódio e eu adoro! Quanto mais ódio, melhor e mais gostoso é o sexo!
Alisson: Maravilhosa! -murmurou entre o beijo.
Ai gente, não dá! Eu tento me livrar, mas não consigo...que ódio!!!
Me levou no motel Verona em Bonsucesso, esse cara não bate muito bem das ideia não! Mandei msg para a Kacau olhar um pouco a Agatha, ela estava super entretida com a dog.

Colocamos o love em dia, transamos como se fosse a última vez com direito a tudo, aloprei legal e foi culpa dos dois chopps artesanal que tomei. Transar podendo fazer barulho é maravilhoso, convenhamos. Ele gemia no meu ouvido e isso me deixava perturbada, sexo calado não rola! Num vem não, não estou fodendo com um mudo.

Bofe também estava na ura, sinal de que não está transando com ninguém, isso é bom saber embora usamos camisinha, com o fogo ela sempre estoura e é aí a gente corre aqueles perigos; filho nós ainda sustenta, agora doença... Deus que me livre e guarde dessas mazelas, é o meu maior medo.
Alissou veio por cima e foi subindo me beijando todinha, me mordendo, deu àquela linguadinha e veio em meu pescoço chupando, beijando e em seguida beijou minha boca, terminamos ali naquela posição, num carinho fodido, aquelas envolvencias transando com beijos longo, olho no olho,  gemidos abafados...
Eu não gosto. Eu amo!
Amo o jeito que ele me trata, embora a gente se bica o tempo todo, ele sabe como me levar, ai ai.

Quando peguei o celular para ver à hora eram quase duas da manhã, putz! Fomos lá na vó buscar a menina, tadinha. Peguei ela no colo que já estava dormindo e ajeitei no banco de trás.
Pamela: E aí, como vai fazer para ela estudar?
Alisson: Para quem não queria saber... -desdenha rindo.
Pamela: Nada a ver ô palhaço...
Alisson: Nem sei mô, nem documento a garota tem...tô te falando.
Pamela: Que isso Alisson, como assim?
Alisson: Bagulho é doido Pam, nem minha mãe sabe onde está.
Pamela: Inacreditável, inaceitável uma coisa dessa! Duas sem noção!!
Alisson: Mas suave, vou ver a melhor forma de botar para correr isso e tirar uma segunda via.
Pamela: Vai ser foda, que essas coisas se resolvem em cartório específico, tadinha da minha gatinha...
Alisson: É foda! Vou lá mô, amanhã tenho um bagulho sério para resolver.
Pamela: Tenho plantão daqui a pouco também.
Dou um selinho nele e desci na minha porta.
Alisson: Aí, tu num sabe ninguém para poder olhar ela não, de confiança?
Pamela: Tenho minha vó de consideração, posso ver com ela.
Alisson: Ver aí e me fala, mas é para olhar lá.
Pamela: Tá.
Entrei em casa, tomei um banho e logo fui tirar esse cochilo.
Me estressa pra cacete, mas faz um bem como ninguém!!!
Inferrrno!

...

— Ihhh, a enfermeira foi carimbada! —zombou minha fechamento do hospital mais louco da vida.
Pamela: O que Veronica, aonde? -Digo procurando meu jaleco na mala.
Veronica: Aqui no pescoço, maior marcão.
Pamela: Isso foi minha cachorra doida, eu hein.
Veronica: Tadinha! Foi a Zahra ou algum pitbull de raça que te mordeu para marcar território?
Pamela: Ai gente, me erra tá?! -Falo rindo; Alisson seu filho da puta!!!
Iniciei minhas tarefas e hoje ao sair daqui tenho aula na faculdade de enfermagem cirúrgica, eles custam a marcar e quando decidem é a que eu menos tenho interesse, mas é a que eu mais atuo bem.

Me colocaram na sala vermelha e eu surto logo, toda hora é um susto que esses pacientes dão na gente; como podem está a 50% bem num instante e 99,9% a beira da morte um minuto depois? A saúde do corpo humano é surreal!
Mediquei a última paciente e auxilei para coloca-la na maca, fui saindo de lá sufocada, porém contente que hoje todos foram transferido para sala amarela, encontram-se estáveis. Zerei a sala vermelha, porque a mãe é foda!!! Meus colegas bateram palmas para mim, eu amo essa tropa de maloqueiro!
Que orgulho de mim!!
Mãe, essa foi pra senhora!!!

Saí do plantão tão feliz que fui para a aula num hospital público na Baixada Fluminense, cheguei atrasada para variar que o trânsito na Dutra estava caótico. Assisti toda a aula prestando bem atenção na remoção de uma bala no crânio, que durante, por fim os cirurgiões optaram por não retirar já que o paciente sobreviveu, para não causar danos maiores. Estou incrédula e já ameacei vomitar várias vezes. Ora me vejo toda orgulhosa e ora insatisfeita com tudo que vejo, enfermagem é nada mais nada menos que estágios de amor e dúvida; uma hora você ama o que faz e detesta ter que fazer aquilo que vai mexer profundamente com você, é aí que o emocional deve está 100% mas ao mesmo tempo ele cai para 1%, é incrível.

Rachei um uber com umas duas meninas que moram próximo a minha casa, inclusive na favela e fomos conversando sobre a aula.
— To pensando em trancar minha faculdade, galera.
Pamela: Que isso, faz isso não! Agora que falta menos que 2 anos...
— Ai sei lá, acho que não é isso que eu quero para mim, tô perdendo minha mãe com câncer, já está em metástase... Quero saber de enfermagem nunca mais!!! Tanto esforço para no fim a pessoa perder a vida?
Pamela: Ah cara, a doença não veio para dar em poste... Há quantos anos ela vem tratando? Mais de quinze amos que tu me falou né?! Foi feito o que podia fazer, pensa pelo lado que ela vai parar de sofrer...
— Pamela, do que adianta acabar um sofrimento e iniciar o de várias pessoas? Não amiga, não quero entender, a vida é muito ingrata! Essa semana mesmo eu vou lá trancar.
Pamela: Faça o que seu coração pedir, se é o que você realmente quer faça sim!

Eu jamais desistiria por motivos assim; ah morreu um parente, não o fizeram viver e eu vou culpar a medicina? Não é assim gente!!! As pessoas criam muitas bobeiras na cabeça e acaba destruindo sonhos por pensamentos medíocres, DEUS ME LIVRE!!!!!!!!!!!!

LINHA DE FRENTE - DO MORRO 🩺💥🤍💉Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt