— Não acho que vou aguentar muito mais tempo mesmo. — Olhei pra ele. — Obrigado por me aguentar sendo patético.
— Você não é patético, só é um pouco azarado, mas eu não vou sair do seu lado por nada. Só não aceito perder meu posto de melhor amigo.
— Você sabe que isso não vai acontecer.
— Acho bom mesmo, agora termina esse café que a gente tem aula de linguística daqui a pouco.
[...]
Pela primeira vez, eu decidi chamar Yeonjun para sair. Eu nem tinha percebido que todo esse tempo apenas ele me convidou para todos os lugares que fomos, e isso também me deu um pouco de esperança. Talvez tenha algum espaço pra mim, nem que seja lá no fundo do coração dele.
Eu só queria não estar tão nervoso e paranóico. Não como direito há três dias, que foi quando eu chamei ele, e não consigo pensar em qualquer outra coisa que não seja essa declaração desgraçada. Eu sinceramente não queria fazer isso e continuar fingindo que estou bem do jeito que estamos, mas as palavras de Kai acabam voltando e ele sempre tá certo.
Me sinto ridículo por ter alimentado isso até chegar a esse ponto, e eu queria que fosse mais fácil como os romances sempre falam. Eu não sinto borboletas na barriga. Eu sinto a porra de um vulcão entrando em erupção dentro do meu estômago e tô pensando seriamente em ir na farmácia comprar um remédio pra gastrite antes que meus órgãos desistam de mim.
Até mesmo sair de casa parece difícil, e eu tô parado na porta de casa há uns dez minutos tentando criar coragem. Bom, isso até a porta ser aberta por fora e meu irmão entrar.
— Vai sair? — Ele perguntou.
— Sim.
— Você tá bem? Tá meio pálido... — Ele colocou a mão na minha testa, e eu quase ri da minha situação.
— Tô ótimo. Inclusive preciso sair agora, mas eu volto ainda hoje, eu acho. Enfim, xau! — Falei tão rápido que quase tropecei nas palavras. Nem dei tempo pro meu irmão responder e só andei até o ponto de ônibus.
Eu pedi pra encontrar Yeonjun na frente do parque de diversões, que ainda tá na cidade mesmo depois de quase dois meses. Estar aqui de novo me faz lembrar de quando eu vi ele pela primeira vez depois daquela festa e eu nem tinha noção do abismo que eu iria cair. Ou talvez eu tivesse. Às vezes eu acho que meu coração parou de bater normalmente desde quando eu vi ele naquela fantasia fofa de Stitch.
E enquanto eu estava perdido nesses pensamentos gays e tristes, senti duas mãos cobrindo meus olhos, e eu as reconheceria a quilômetros de distância. Virei para trás, dando de cara com um Yeonjun sorridente, e meu corpo voltou a tremer de ansiedade.
Lindo como sempre. Dessa vez, ele decidiu colocar uma maquiagem mais forte em tons azuis e aquele gloss bonito que realça tudo nele. Seu cabelo grande já está caindo sobre seu rosto, e eu afastei um pouco sua franja pra poder vê-lo melhor.
— Beom! Eu demorei muito? Pensei que iria chegar primeiro.
— Não, eu que cheguei muito cedo. — Ri. Começamos a andar até a bilheteria, que não tinha fila dessa vez. Com o tempo, o parque começa a ficar mais vazio. — Fiquei nervoso porque eu quero te contar uma coisa. — Senti meu coração acelerar, mas não quis perder a coragem.
— Sério? Eu também, que coincidência. — Ele disse com a maior animação do mundo. — Quer falar primeiro?
— Não, não. Pode ser mais tarde, pode falar primeiro.
— Ah, eu nem sei como contar, mas eu tô muito feliz. Bora comprar até o parque fechar de novo.
— Certo, mas me fala o que rolou. — Sorri, tentando esconder meu nervosismo e paguei nossas entradas.
KAMU SEDANG MEMBACA
overflowing questions • yeongyu
Fiksi Penggemar[Terminada] Shortfic | +18 Beomgyu não estava nem procurando alguém para beijar, longe disso, só queria uma festa para curtir no meio de tanto estresse na faculdade e no trabalho. Mas ele encontrou uma pessoa que mudaria isso completamente. Muda...
pedir demais
Mulai dari awal
