– Desculpa – ele diz com o olhar baixo e dois dedos deslizando pela pele do meu joelho.

Apesar das desculpas sinceras, reparo através da nossa empatia que ele também está excitado. Eu só não consigo ver essa excitação porque o cobertor ainda está sobre as pernas dele, graças ao Universo. Não quero nem pensar na besteira que eu poderia fazer vendo pau de Jake duro sob o seu shortinho agora.

– Desculpas aceitas. Pode perguntar.

Ele umedece os lábios e abre um sorriso sem vergonha.

– Eu estava conferindo as mensagens que a gente trocava durante o namoro no Instagram e no Facebook e eu achei uma sequência de quatro áudios seus.

– E o que eu disse nesses áudios?

– Dizer mesmo, nada muito elaborado além do meu nome. Foram quatro áudios seus gemendo enquanto você se masturbava pensando em mim, mas você não chegou a descrever no que estava pensando e eu fiquei curioso.

Capto que Jake passou a semana inteira ouvindo esses áudios sozinho, como ficou 2 anos atrás quando eu os enviei a ele. Jake torna a minha vida tão difícil quando menciona o nosso relacionamento, especialmente episódios como esse, porque só de lembrar do que me fez sentir tamanho tesão a ponto de eu precisar me resolver sozinha sabendo que o encontraria na manhã seguinte, eu já sinto a pulsação entre as minhas pernas retornando.

Não vou perguntar o motivo de tanto interesse porque eu sei o motivo. Preciso evitar fazer mais perguntas para não alongar o papo. O melhor agora é eu responder, ele se dar por satisfeito, se trancar no banheiro por alguns minutos e me deixar dormir na sala, enfim.

– Eu não me lembro exatamente no que eu estava pensando na hora.

– Você costumava pensar no que quando se masturbava?

Jake está claramente querendo algo comigo e eu estou me controlando o quanto posso para não ser levada por essa conversinha mole dele já que ele está seminu, de pau duro e sorrindo para mim de um jeito que eu nunca resisti antes. Era para a nossa falta de compatibilidade me ajudar a pensar, não para não fazer diferença nenhuma.

Socorro.

– Eu não costumava me masturbar porque a gente transava três vezes por semana pelo menos, Jake. Não sou muito de fantasiar. Prefiro transar mesmo. Só me masturbo quando não tenho essa opção.

Os dois dedos dele sobre o meu joelho se tornam uma mão inteira. Ele descansa a cabeça no encosto do sofá, esquadrinhando todo o meu corpo enquanto mil besteiras fluem dele para mim. Inclusive lembranças da vez que transamos na casa do meu pai.

– E por que você não teve essa opção neste dia?

– Eu tive. Várias vezes, inclusive. Você passou o dia inteiro me provocando e quando nós íamos transar na caminhonete, o seu pai te ligou e disse que precisava de ajuda urgente para levar a sua avó ao hospital ou algo assim, e você foi embora.

– Eu te fodi no dia seguinte, pelo menos?

Se Jake continuar me fazendo lembrar do passado, quem vai ter que ficar no banheiro por um tempo antes de dormir serei eu. E o pior é que nem posso usar a minha ladainha de "deixa o passado para trás", como fiz por mais de um mês com ele e com Shane porque só não estamos transando neste exato momento porque sou eu quem não conseguiu ainda deixar o passado para trás.

– Fodeu. Duas vezes.

– E foi bom?

– Foi ótimo, como sempre.

Ele quer me perguntar se eu estou aberta ao mesmo agora e quando ele o fizer, vou dizer que não, me levantar e ir direto para o banheiro. Fim de papo. Não tenho autocontrole para falar sobre sexo com Jake e sair incólume da discussão.

Minha Pessoa Infectada - Livro 4 - Série EncantadoresWhere stories live. Discover now