A Aposta [Completo]

Victor

Ele me olha por um tempo, larga o cigarro e me beija. Fico na ponta dos pés, e ele me apoia pela cintura, com a outra mão no meu rosto. Ele me dá 2 selinhos e eu sorrio.

"A partir de agora não vou poder te chamar de corno, o que me deixa extremamente triste."

"Vai se fuder" Ele ri

"Você pode me fuder."

"Calma que?

"Que?

"Que?

A gente senta na calçada, eu encosto a cabeça nele. Depois de um bom tempo, eu me sinto feliz. Não sei como isso vai funcionar.

A gente é de mundos diferentes, ele é gostoso, rico, popular. Eu sou feia, pobre e antisocial. Claro, nunca vou admitir isso pra ele.

"Gabriel" Eu falo enquanto levanto olhar pro seu rosto. Um vento frio bate e ele me abraça mais forte, mas não me dá o casaco, safado, vagabundo.

Ele me olha com a cara linda dele, seu cabelo loiro, seus olhos castanhos (tenho memória de peixe foi mal de errei a aparência.) Ele é bonito demais.

"Você acha que isso vai dar certo?"

"Sim. E se não der, não deu. A gente consegue lidar com tudo."

"A gente é tipo o burro e a dragão do sherek"

"Você gosta de estragar o clima né?"

"Sim. Corno."

Ele ri e pega um cigarro. Eu dou um tapa no cigarro e ele pega outro. Dou outro tapa. Ele pega outro e eu dou um tapa.

"A gente vai ficar fazendo isso pra sempre?"

"E se tu desenvolver um câncer de pulmão?"

"Awww. Tá preocupada comigo. Fofa.

"Tô não"

"Gracinha. Não sabia que você tinha um coração.

Pego um cigarro e enfio na boca dele

"Pode fumar"

"Não depois de você ficar tão preocupada."

Enfio uns 5 cigarro na boca dele e ele ri. E segura meu braço.

"Droga" Começo a rir também. "Tô com frio"
"Top"
"Tô com muito frio"
"Fodasse"
"Me dá seu casaco"
"Não, eu também tô com frio"
"Mas eu sou uma pobre dama, fraca. "
"Não, eu sou feminista, acredito que as mulheres são iguais"
"Saudades de quando você era machista"

Eu finjo que vou levantar.

"Vou pegar o casaco do Nicollas"

Ele me puxa pra baixo e coloca o casaco em mim.

"Obrigada" Sorrio

A Sofia aparece

"Awww ele te deu o casaco
"Sim, depois de uma batalha que durou anos, eu consegui.

Ele ri

E dou um beijo na bochecha do Gabriel sem muita confiança e entro, do nada eu esqueço como anda direito. O victor tá sozinho encostado na parede. Ele me vê e abre um sorriso triste.

"Aconteceu alguma coisa?"
"Não."

Um sentimento enche meu corpo, uma vontade de abraçá-lo, não um abraço amoroso e sim um agradecimento, pela sua amizade e todos as coisas boas que vem com ela. Então o abraço.

"Não sei o que é, mas tudo vai dar certo"

Vejo seus olhos lacrimejar, seu orgulho impede as lágrimas de cairem.

"Eu gosto de você"
"Eu sei"

Eu menti, não sabia, tentei não parecer chocada. Foi o que pareceu apropriado no momento

"Quero continuar sendo seu amigo"
"Eu também."

Meus olhos lacrimejam, mas tbm não choro.