Como a digital da minha existência, decido sonhar.

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Como a digital da minha existência,

decido sonhar.

Eu vivo e creio e denomino como meu tudo aquilo que não vejo.

Tudo aquilo que não sou.

Vivo a realidade do infinito num piscar de olhos e retorno à minha toca do antagonismo.

E ao pôr do sol, mergulho novamente na beirada do desconhecido, prendo o ar e afasto-me de tudo aquilo que sei.

Daquilo que preciso.

E como sinal do meu viver, exploro aquilo que me permito criar, de olhos fechados.

Pois é com os olhos fechados que se conhece a escuridão,

a cor da dúvida,

o tom da possibilidade.

E ela me aguarda.

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