Episódio 12 | Imprevisto

262 50 27
                                    

Que merda

Ups! Tento obrázek porušuje naše pokyny k obsahu. Před publikováním ho, prosím, buď odstraň, nebo nahraď jiným.

Que merda.

Comecei a sentir um formigamento no meu couro cabeludo, bem como um esfriamento no meu sangue. Demorou poucos segundos para que o zumbido dos desenfreados batimentos cardíacos incomodasse meus ouvidos.

— Acha que eu não andei reparando no seu carro estacionado? — Cahaya me perguntou, seca. — Você estava me perseguindo nos últimos dias. Vi o Civic em frente à congregação nos dias do culto. Eu achei que poderia ser coisa da minha cabeça, até ver o mesmo carro passando pela rua da minha casa nos outros dias da semana. Eu estava sendo espionada esse tempo todo!

Engoli em seco e olhei para Dimitri, que mantinha seus olhos estreitos na mulher. Um de seus cotovelos estava apoiado no joelho, ao passo que ele descansava o queixo na mão aberta. De algum jeito que eu não conseguia explicar, ele não parecia tão chocado quanto eu, embora tivesse elevado ao extremo seu modo sistemático — encarava Cahaya com uma atenção intimidadora. No que diabos estava pensando?

Voltei-me a ela, buscando qualquer mentira pra expor.

— Acho que você se confundiu... — comecei a dizer, mas a mão de Dimitri tocou minha perna, indicando-me para parar.

Eu logo me lembrei de uma de nossas conversas que tivemos no período de treinamento, onde ele me instruíra a não fazer nenhum monstro de idiota — ainda mais se eu estivesse em desvantagem, prestes a levar um tiro na cabeça. Testar a paciência deles era um ato ininteligível: isso os atiçava a perder o controle, e eventos drásticos poderiam acontecer em momentos de fúria extrema.

Cahaya deu passos lentos até nós, segurando a arma com firmeza, as mãos tremendo em torno do objeto. Ela tinha muita determinação em nos confrontar, mas era evidente o temor que sentia por não nos conhecer profundamente. Ela não sabia nada sobre Dimitri e eu.

— Seu nome não é Marcos coisa nenhuma — ela me disse, mais baixa e ameaçadora. — Você tinha dito Maicon na primeira vez. Eu me lembro disso muito bem. — Ela correu os olhos em Dimitri, a arma apontada para ele. — E você não quer saber da droga dos meus métodos de conversão. Está me investigando para me prender? Você é da polícia ou o quê?

Ele exibiu um sorriso mortífero e incrivelmente resignado.

— Não, mas, acredite, você iria preferir que eu fosse.

Cahaya parou de andar. Ela não estava perto o bastante para eu tentar desarmá-la, mas não longe o suficiente para conseguir fugir se quisesse.

— Então você fala — ela murmurou, irritada com Dimitri. — Que outra porcaria você anda escondendo?

— Muitas... coisas. Corpos de pessoas como você é uma delas — ele disse, tão calmo que me fazia pensar que estava sonolento. — Se me der a honra, poderei te levar lá agora mesmo. Acho importante que conheça o último lugar que você irá frequentar antes de morrer.

INTENSÉMENT (temporada dois)Kde žijí příběhy. Začni objevovat