Lauren Anderson tinha quinze anos quando teve que se mudar de sua cidade natal para morar em Londres e assim, deixou seus cinco amigos de infância para trás.
Dentre eles estava Daniel Campbell, que na época, a garota acreditava que seu dever nesta...
Fui até a cozinha para ver se havia algum post it colado na geladeira com um recado dos meus pais que já pedi várias vezes para colocarem e eles nunca me escutaram. Como sempre, não tinha. Eles saíam e voltavam sem avisar, se morressem, eu seria o último a saber também.
Subi as escadas e entrei no meu quarto largando a mochila pelo chão. Tirei meus sapatos, cansado de tanta coisa que se passava pela minha cabeça e me joguei na cama.
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Acordei horas depois com sete ligações do meu pai. Retornei e ele me atendeu irritado, reclamou que eu nunca atendia o celular quando ele precisava falar comigo, que era irresponsabilidade minha e como futuro dono da empresa, eu deveria me acostumar a atender ligações o quanto antes. Por fim, ele reclamou mais uma vez por eu ter retornado quando ele estava no meio da reunião e desligou na minha cara.
Não deu tempo nem de respondê-lo e ele também não falou o que realmente queria falar na primeira vez que me ligou.
Me levantei esfregando os olhos com as costas da mão, ainda sentia um pouco de sono. Me estiquei de forma preguiçosa e senti minha barriga roncar de fome.
Olhei para o relógio no visor do celular indicando ser nove horas da noite. Agora, Lauren deveria estar se divertindo com aquele sorriso lindo que deixa qualquer um apaixonado. Jonathan também ficaria. Ótimo para ele, triste para mim.
Será que ele iria tentar beija-la?
Será que ela iria aceitar o beijo?
Será que eles estavam se beijando nesse exato momento?
Não quero pensar nisso!
Desci até a cozinha e comi alguma coisa enquanto tentava tirar a imagem que minha mente fazia questão de projetar dos dois aos beijos.
Como ele era sortudo.
O cara era meu amigo, mas era quase impossível não ter inveja pela tamanha coragem que ele teve. Eu nem sei falar sobre sentimentos, imagina expressa-los.
É tudo mais fácil quando você só acha algumas garotas interessantes, mas quando seu coração bate por alguma delas é algo totalmente diferente. E desesperador. Parece que qualquer habilidade de flerte se extingue na mesma hora. Some. Desaparece. Vira pó. Sobra apenas essa maldita insegurança.
"Ser você mesmo" disse o Bryan.
Simples, fácil. Falando assim parece ser. Na prática, nem tanto.
Ouvi a porta bater e, em seguida, passos. Pela forma de andar era o meu pai que havia chegado e neste momento ele deve estar bufando enquanto folga a sua gravata com certa brutalidade.
