Adeus!

1 0 0
                                    

Ei! Sim, você. Vem aqui, pode vir. Queria te perguntar se também sente o cansaço e angústia que rodeia o começo, meio e fim dessa merda de vida. Sente?

Sei lá.

Estou tão EXAUSTA que se alguém me oferecesse a morte eu fornecia a faca. Não, arma não porque é caro.

Sabe, às vezes eu me sinto bem, naqueles momentos que escuto o assobio do vento e o sussurro da paz. É raro, mas acontece quando movimento os dedos em sigilos delicados que esboçam poemas e contos molhados.

Molhados com lágrimas e escritos em caneta bic azul. Mentira, nem me lembro como se usa canetas. No entanto as lágrimas são verdade.

Fico feliz que você me entenda. Vamos fazer assim, você me consegue cocaina e eu te entrego um soneto. Não! Eu não uso drogas, apenas consumo estimulantes a felicidade.

Se não tiver cocaina eu aceito fluoxetina, dá na mesma.

Tá, tá, vou embora já que você não suporta a verdade niilista de uma vida sem sentido e um deus vazio.

Aí! Não precisava me picar só porque lhe ofendi. Mas se eu partir com o veneno é lucro.

Boa noite, a gente se vê um dia.

Fim

O sangue de mil serpentesOnde histórias criam vida. Descubra agora