Sexo

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São sete da manhã e pergunto a cada segundo onde você está, o que faz, quem ama e quanto se lembra de mim. Porque, assim, eu me lembro. De cada toque suave e cada puxada absurda que me deixava nua, sem nenhum segredo coberto ou medo combinado. O corpo parado e o peito a mil, com beijos molhados que desciam, subiam, desciam, subiam.

Desciam...

Lembro daquele grito no meu ouvido onde o cupido avisava que essa flecha cravava em nós. E minhas mãos tão ágeis afundavam ainda mais para ver se atravessava o espaço do vácuo e... Que bobagem. Ponta quebrada que nunca mais saiu e cupido maldito que rege pernas bambas e olhos fechados.

Eu me lembro.

O sangue de mil serpentesWhere stories live. Discover now