𝟬𝟴. 𝗮𝗴𝗼𝗿𝗮 𝘀𝗼𝗺𝗼𝘀 𝗰𝗶𝗻𝗰𝗼

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․⚬་◦➣ AGORA SOMOS CINCO

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․⚬་◦➣ AGORA SOMOS CINCO.

DE FRENTE PARA UM dos inúmeros quartos vazios do Bunker, Dean, Sam, Ralph e Ravena encaravam a porta fechada, todos com os braços cruzados e em um silêncio insuportável

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DE FRENTE PARA UM dos inúmeros quartos vazios do Bunker, Dean, Sam, Ralph e Ravena encaravam a porta fechada, todos com os braços cruzados e em um silêncio insuportável.

─ Eu vou entrar. ─ A morena anuncia, levando a mão com pressa até a maçaneta até que alguém a impede.

─ Você nocauteou o cara e agora quer dar uma de amiguinha? ─ Raphael sussurra, o tom de voz mostrando evidência indignação e raiva. Mesmo que ele estivesse acostumado com a agressividade e impulsividade da irmã, havia se surpreendido desta vez.

─ Eu sou a única que pode dar as respostas pra ele, Ralph; sou a única que realmente passou pelo o que ele está passando agora. ─ Com a voz calma, ela encara o irmão, séria, e gira a maçaneta dourada. ─ Eu te chamo se precisar de ajuda.

E entra então, cada passo sendo observado pelos homens do lado de fora até que não pudessem ver mais nada. E Sam, por sua vez, se vira para Dean.

─ Precisamos conversar. ─ Dando um sorriso breve para o Blackburn, ele sai do corredor, sendo seguido pelo irmão. Quando estão longes o suficiente dos outros dois, Samuel se vira para o loiro.

─ O que foi?

─ Precisamos falar sobre a Ravena. Ela agrediu aquele rapaz, Dean.

─ Vocês precisavam convocar ele de alguma forma, não precisavam? Ele tinha acabado de matar alguém, estava triste e irritado, então não tinha como ele colaborar.

─ Você está defendendo ela? ─ Sam arregala os olhos verdes, surpreso, e passa a gesticular com a mão. ─ Temos uma criança de Azazel descontrolada no Bunker; isso pode chamar atenção, sabia?

─ Olha, a Ravena e o Raphael tiveram uma criação complicada e severa, a mãe deles era uma maluca! ─ Ele exclamou, virando-se para trás com pressa só para se certificar de que nenhum dos irmãos havia escutado ele. ─ Só que com ela foi pior, okay? Ela nunca se sentiu realmente parte de algo e aquele treinamento intenso logo cedo fodeu ainda mais com ela. Quando a Rave não tem intimidade com alguém, ela prefere não mostrar vulnerabilidade. Se isso fosse preocupante, Raphael teria impedido. Está tudo sob controle.

Sam suspira, decidindo consigo mesmo se aceitaria ou não aquela ideia. Ele cedeu, perguntando-se se em algum momento de sua vida não fez algo semelhante.

─ Você sabe que ela parou de usar os poderes por sua causa, não sabe? ─ O mais novo questiona, com os braços cruzados.

─ O quê? Não, não foi não. O Raphael desaprovou em uma das caçadas deles, e ela parou. Ele ainda estava se acostumando com a ideia depois de voltar do Afeganistão, mas acabou não suportando.

─ Foi o que ela disse pra você?

─ Claro que foi. De onde você tirou isso?

─ Estávamos com o Elliot quando ela mencionou sobre. Ela pareceu desconfortável comigo lá.

Dean para, olhando brevemente para trás.

─ Você deve ter se enganado, Sam.

─ Eu quero dizer que sinto muito por isso. Não era pra ser desse jeito. ─ Ravena ajusta a coluna sob a cadeira de madeira escura, encarando o Adams.

Ele evitava qualquer contato visual com ela. Sua cabeça ainda doía e por mais que já tivesse verificado milhares de vezes, sentia que estava sangrando a cada minuto que se passava.

─ O que me impede de te matar agora? ─ Ele finalmente a encara, os olhos tristes apesar da expressão ameaçadora. Ela deu de ombros.

─ Nada, a não ser que você precise de ajuda. Você gostou de matar aquele homem.

─ Ele matou minha mãe. ─ Procurou justificar, mas ela balançou a cabeça.

─ Elliot... ─ Ela começou, mas parou, receosa. Queria mesmo colocar aquele peso nas costas do homem? Ele achava que havia se vingado quando, na verdade, havia apenas matado uma pessoa sem qualquer envolvimento voluntário com aquilo, aprisionada em seu próprio corpo por um ser sombrio. Elliot não havia matado nada além de um estranho que poderia ter filhos, uma esposa e uma vida normal.

Ela respirou fundo.

─ Você não matou o assassino da sua mãe. Matou a casca dele.

─ O quê? ─ Ele se remexeu sob sua cadeira, balançando a cabeça em confusão.

─ Um demônio matou sua mãe. Eles não possuem forma física, então através da possessão eles... Realizam seus propósitos. ─ Ela gesticula, sentindo-se um pouco desconfortável. Odiava ser a mensageira de más notícias. ─ Quando um demônio possui alguém, chamamos essa pessoa de casca.

─ Então eu... ─ Ele se levanta da cama, causando desconfiança na mulher, mas apenas caminha pelo ambiente pequeno. ─ Eu matei um inocente?

─ Há uma possibilidade. ─ Ela comprime os lábios, sentindo-se culpada por aquilo. ─ Mas quando demônios ficam muito tempo com uma casca, eles podem acabar matando a pessoa, então talvez ele já estivesse morto e...

─ Não. ─ Elliot interrompe. ─ Que merda toda é essa? Eu tinha uma vida normal e de repente o fantasminha Camarada existe!?

─ Ia ser fácil se fosse assim... ─ Ela resmunga para si, fazendo uma careta. ─ Mas nós podemos te ajudar.

─ Como!? Ela morreu, Ravena. Não tem nada que eu possa fazer para reverter isso.

─ Mas você pode treinar para não machucar outras pessoas. Talvez possa ajudar elas.

─ Como algum membro da Liga da Justiça? ─ Pergunta com escárnio, balançando a cabeça em reprovação.

E então a porta se abre, com todos os outros entrando pela mesma, preenchendo o cômodo pequeno sem a autorização da Melvac e deixando o Adams em alerta.

─ Não vão te machucar. ─ Ela diz, tentando confortá-lo.

─ Quem são eles? ─ Pergunta, analisando cada um dos rosto estranhos presentes ali.

─ Estes são Sam e Dean, amigos meus... ─ Ela aponta para os irmãos Winchester, que tentam sorrir para o de olhos azuis. ─ E este é o meu irmão, Raphael.

O Blackburn sorri, levantando a mão num aceno breve. Então Elliot o encarou, sério, e se virou para a Melvac:

─ Parou de usar seus poderes por ele? ─ Pergunta sem qualquer discrição, ainda gravando os rostos e nomes dos três homens agora apresentados.

Ravena encara o chão, sentindo algo se remexer em sua barriga e respira fundo, evitando olhar para os irmãos. Olhando para Elliot, ela evitou a sensação de raiva pela pergunta imprudente.

─ Não, não foi. ─ Ela responde, e quando os olhos verdes procuram pelos do Winchester primogênito, ela percebe que ele também a encarava. 

BEAUTIFUL GHOSTS ──── supernatural.Where stories live. Discover now