26 | Capítulo Vinte e Seis

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- Por favor, me fale alguma coisa - ele insiste e tenho vontade de chorar.

- Eu queria que este momento durasse para sempre - sussurro e ele me beija outra vez. E eu permito que meu mundo seja transformado naquele beijo.

Naquele momento, meu mundo inteiro é aquele homem.

Suspiro quando ele me puxa para mais perto, suas mãos acariciando minhas costas com um carinho infinito mesclado com um desejo suave.

Apenas uma promessa de paraíso.

- Espero que tenha gostado do nosso encontro - Vinnie diz, e sorrio o encarando, minhas mãos se infiltrando em seus cabelos.

Deus, ele é tão lindo que faz meu coração doer de mil maneiras diferentes.

- Sempre sonhei em tomar vinho ruim num copo de plástico. - Rolo os olhos e ele ri.

- Me desculpe.

- Não se desculpe. A perfeição que almejo não é sobre comida ou vinho.

- E o que seria perfeição para você?

- Você.

Ele toca meu rosto e vejo a incredulidade em seu olhar.

- Nunca pensei em ouvir isso.

- É verdade - digo baixinho.

- E o que faremos? - Sei que não está falando apenas daquele encontro, mas prefiro manter as coisas naquele nível.

- Não quero ir para casa ainda...

- E o que sugere? - Ele está beijando meu rosto, trilhando um caminho por minha pele, até a minha orelha.

Sinto meu corpo inteiro arrepiar.

- Está quente aqui?

Ele ri roucamente em meu ouvido e então fica de pé me puxando.

- Temos o mar bem a nossa frente.

Arregalo os olhos.

- Nem pensar!

Mas ele já está rindo e tirando a roupa.

E não tenho alternativa a não ser fazer o mesmo. Vinnie me pega no colo e me leva para a água gelada até que estejamos mergulhando sob as ondas.

- Que frio! - Emerjo, tiritando e rindo, Vinnie me abraça.

- Vamos ver se isto ajuda... - Então ele está devorando minha boca e realmente seu calor me esquenta por inteiro.

Gemo em sua boca, passando meus braços por sua nuca e me colando inteira a ele.

Este era um bom exemplo de perfeição.

Até que Vinnie me solta e afunda minha cabeça rindo e emerjo cuspindo.

- Vinnie!

Ele continua rindo e nada para longe, vou atrás, mergulho e puxo seu pé. E é a vez de ele emergir tossindo. Continua rindo. E acho que nunca o vi rir deste jeito, com uma inocência quase infantil. É lindo de se ver.

Nós ficamos um bom tempo nadando e nos beijando, entre risos e brincadeiras. Até que, cansados, nos abraçamos, deixando a onda nos acariciar.

Vinnie me aperta mais, beijando meus cabelos e eu o encaro.

O que vejo em seu olhar faz meu coração falhar.

- Era assim que devia ter sido - diz baixinho, e sinto vontade de chorar.

Apenas encosto a cabeça no seu ombro e sussurro:

- Nunca fui tão feliz.

- Está gelada! - Vinnie diz depois de um tempo. - Vamos sair!

Nós saímos do mar, colocamos nossas roupas e arrumamos as coisas, correndo para o carro.

Vinnie coloca tudo no porta-malas enquanto espero no banco do carona, ainda tremendo. Quando ele entra, percebo que me encara preocupado.

- Está com os lábios roxos. - Toca minha boca e sorrio, segurando sua mão e beijando seus dedos.

Seu olhar escurece de desejo.

- Talvez devesse me esquentar?

Vinnie não precisa de uma segunda sugestão, pois me beija com força, neste momento não há mais nada além do mais puro desejo correndo entre nós.

- Quero você agora - sussurra entre beijos eu apenas assinto.

- Sim, por favor - respondo contra seus lábios, derretendo com suas palavras, não ofereço resistência quando ele me leva para o banco de trás.

Em meio a meu enlevo, me lembro que foi assim que ele transou com Alinna um dia, quando ela ficou grávida. E constato que tinha desejado a mesma coisa desde que vi sua foto em meu apartamento.

É meu último pensamento coerente porque Vinnie já se apressa em tirar minhas roupas do caminho, apenas as necessárias, beijando-me com força, gemendo em meu ouvido quando me penetra fundo, roubando um pouco da minha alma enquanto se move rapidamente dentro de mim. Agarro-me a ele deixando aquele desejo insidioso me tomar por inteiro, até a estocada final, quente e doce, me fazendo gritar alto e adorando ouvir Vinnie gozando.

- Acho que nunca mais vou conseguir me mexer - digo um tempo depois, quando nossas respirações estão voltando ao normal e me dou conta da posição desconfortável em que estamos.

Vinnie ri enquanto se move, puxando-me para junto dele.

- Por um momento pensei que tinha dezesseis anos novamente.

- Ah é? Transou com muitas garotas dentro do carro? - pergunto, ocupando-me em colocar minhas roupas enquanto Vinnie faz o mesmo.

Ele dá de ombros.

- Meu histórico não é tão grande.

- Transou com a Faith dentro do carro?

Oh, merda, porque eu tinha perguntado isso?

Vinnie não parece zangado.

- Parece que existe algo irresistível no banco de trás que atrai as garotas, o que posso fazer? - Ele dá de ombros e eu rio. Adoro vê-lo assim, descontraído, mesmo sentindo ciúme de pensar nele com Faith.

Também não posso esquecer que já tive uma experiência no banco de trás com um cara na faculdade, mas nem de longe tinha sido tão incrível quanto com Vinnie.

- Suspeito que você seja irresistível e não o carro - digo, indo para o banco da frente, e Vinnie apenas ri, indo para o banco do motorista e dando partida.

Enquanto vamos chegando em casa a realidade vai voltando pouco a pouco e percebo que ele sente a mesma coisa.

Mesmo assim, ainda reluto em deixar a magia ir embora totalmente.

Charli aparece na varanda quando chegamos.

- E aí? Tudo bem? - Ela olha de mim pra Vinnie.

- Obrigado por ter cuidado das crianças - Vinnie diz simplesmente.

- Sim, estão todas dormindo. Nailea já foi e eu preciso ir também.

Ela acena e vai embora.

Nós entramos em casa, passamos nos quartos das crianças para nos certificar de que estão todos dormindo tranquilamente e meu coração dói um pouco ao imaginar que aqueles podem ser meus últimos momentos com elas.

- O que foi? - Vinnie pergunta ao me encontrar no corredor quando saio do quarto de Elisa.

- Nada. - Eu me aproximo e o beijo.

- Acho que precisa de um banho. - Ele me leva para o banheiro e nos despimos, entrando juntos sob o chuveiro. Nada mais é dito. Como se soubéssemos que tudo era mais frágil agora.

E novamente fazemos amor, sob a água quente, deixando nossos temores serem levados pelo vapor que nos envolve.

Depois vamos para a cama e Vinnie me abraça, encaixando seu corpo no meu. Fecho meus olhos sentindo um aperto horrível no peito, como um presságio ruim.

Acordo de repente e o quarto ainda está escuro. Vinnie, abraçado a mim, ressona tranquilamente.

Abro os olhos e meu coração para de bater quando vejo Alinna me olhando.

Continua...

Notas Finais:

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Notas Finais:

➺ Dã Dã Daaaaaaa, até o próximo Capítulo!

𝐓𝐡𝐞 𝐄𝐱𝐜𝐡𝐚𝐧𝐠𝐞 | 𝐕𝐢𝐧𝐧𝐢𝐞 𝐇𝐚𝐜𝐤𝐞𝐫 ✓Where stories live. Discover now