No Matter Where | l.s.

Capítulo 15

- Porque ele não pediu Zayn! Ele simplesmente convidou prováveis desconhecidos e não me pediu!

- E desde quando o Niall pede alguma coisa? Fora que você deixaria de qualquer jeito e ele provavelmente falou com a Taylor antes - rebate Zayn.

- Do mesmo jeito! - Liam se vira e põe as costas contra a pia, cruzando os braços e colocando uma carranca na cara. Zayn levanta prontamente para abraçar o namorado.

- Você queria ter organizado tudo, né?

- Claro que eu queria! Todo mundo sabe o quanto eu gosto disso! - Ele diz como uma criança mimada.

- Lee - chamo - pensa que de certa forma vamos organizar tudo juntos e tenho certeza que você vai poder montar a playlist da festa!

- Você acha mesmo?

- Claro que sim! Você é claramente o melhor do grupo para isso!

- Tem razão! Vou colocar aquela música nova da Rihanna, aquela que tocou na festa da fraternidade, lembra? - ele se desvencilha dos braços do namorado e corre até seu celular, animado com a possibilidade de trazer sua personalidade às músicas da festa.

- Obrigado! - Zayn murmura quase que inaudível para mim, que apenas sorriu e roubou uma de suas torradas abandonadas no balcão. É nesse momento que meu celular apita na minha mão exibindo uma mensagem de Harry.

Harry: Oi!!

Harry: Ainda não são 10h, mas quando acordar me avisa pra gente ir comprar as coisas pra hoje a noite! :)

Eu: Oioi!

Eu: Já tô de pé!

Harry: Perfeito! Posso passar aí daqui uma meia hora?

Eu: Pode sim!

Pode até parecer uma conversa casual e sem muito o que dizer, mas, mesmo que simples, ela já foi suficiente para fazer minhas mãos suarem em ansiedade. Corro para o quarto procurando uma roupa que me deixe tão bonito quanto almejo que Harry me veja e é em meio as peças, que voam do guarda-roupa para a cama, percebo minhas pernas um tanto moles. Não esperava estar tão nervoso para encontrá-lo, não depois de tudo. Mas é uma sensação, um sentimento que vem crescendo no meu coração desde a noite de ontem que me diz que coisas grandes estão por vir.

Me contradizendo, decido que essa será minha resolução de ano novo: fazer esse momento grandioso, seja lá qual for, acontecer. A falta de objetividade nessa proposta surpreende até a mim. É muito relativa e jamais saberei com plena certeza se a realizei, afinal não sei nem o que é, mas, novamente, a sensação aperta em meu peito quando a mensagem de Harry brilha no celular: Cheguei!

Ao que saio do apartamento, gritando um tchau afobado para os dois que estavam em algum lugar da casa, desço pelo elevador e, ao atravessar o lobby, vejo o carro preto dele parado bem em frente ao prédio. A sensação se aperta: mão suando, coração vacilando e pernas fracas.

Deus, Louis! Se recomponha!

- Oi - digo num fio de voz ao entrar no carro.

- Oi! - ele responde animado, mas franze o cenho no que percebe meu olhar arregalado. Na verdade, era pura admiração a sua beleza, mas entendo que pode ter sido no mínimo assustador para quem via de fora - está tudo bem?

- Ahn? Sim, está tudo bem! E com você? - acordo do meu transe.

- Tudo bem também. Então, vamos?

Apenas aceno positivamente com a cabeça e já estamos a caminho do mercado mais próximo. Achamos uma vaga bem perto da entrada do estabelecimento e, logo que pegamos um carrinho, já nos encaminho para a seção de porcarias.