Vinte e Três.

256 21 0
                                    

Thank you for loving me
For being my eyes
When I couldn't see
For parting my lips
When I couldn't breathe
Thank you for loving me
Thank you for loving me

Thank You For Loving Me - Bon Jovi

A propriedade de Eric Foster fica numa estrada lateral ladeada de árvores que rodeia a baía de Long Island.

As árvores escondem os muros altos que rodeiam o terreno e a mansão de pedra gótica. Como os três imaginaram, o local está replero de dispositivos de segurança. Mas nada que não tenham visto antes.

Todos adoram isto: o desafio, a emoção, o perigo, a subida de adrenalina...

No entanto, para Harry é muito melhor.

Só consegue pensar em Cara. Quer vê-la na vida que ela escolheu; a amante de um espião no seu universo. A mulher que ele acreditou amar. A mulher que dormiu entre os seus braços, que sorriu para ele e lhe sussurrou tantas memórias.

Porém, não tenciona permitir que saia graciosa disto. Mentiu-lhe e pagará por isso.

Vinte minutos depois, estava dentro da mansão. Está escura, silenciosa como um túmulo. Harry encontra o alarme interior e em dois minutos está desligado.

Os irmãos seperam-se e encontram-se depois no mesmo sítio. Encontraram dois ocupantes no quartos atrás da cozinha: uma governante e um jardineiro. Ambos dormirão muito bem esta noite e acordarão perguntando-se porque terão aquelas pequenas marcas vernelhas no braço.

Harry aponta para as escadas. Louis e Niall assentem. Sem fazer ruído, sobem para o segundo andar e separam-se novamente. Poucos minutos depois, Louis e Niall voltam para o sítio onde se separam. Nenhum dos dois encontrou nada. Harry foi o último a aparecer. Os seus irmãos olham para e percebem-no imediatamente.

Encontrou Cara.

Assinala as escadas, para que os seus irmãos entendam que tem de partir. Os seus irmãos abanam a cabeça sabendo o perigo que poderá correr, sobretudo se Eric Foster estiver com ela, mas Harry não cede.

Tem a intenção de levar a cabo aquela parte sozinho. Passado um momento, os seus irmãos assentem con a cabeça. Abraçam-no rapimente e partem...

Harry espera alguns minutos. Então, volta muito devagar para o quarto de Cara, abre a porta e entra silenciosamente. Foster estará ali? Fica tenso e o seu pulso acelerou. Se estiver, o nojento morrerá. Não hesitará, nem pensará duas vezes.

Neste momento, Harry não tem nada de cicilizado. Nesta noite, o ardor guerreiro dos antepassados da sua mãe corre-lhe com força pelas veias.

Está de pé, no meio de um quarto onde a escuridão é interrompida pela luz do dia. As sombras fogem para os cantos, dando ao espaço uma frieza tóxica, e o sussurrar do vento entre as árvores no exterior da casa junta-se à sensação de desassossego.

Os movimentos inquietos da mulher que dorme na grande cama com dossel são fruto de tudo isso.
Está sozinha, a mulher que ele pensa amar. Aquela que ele conhece. Conhece intimamente.

A delicadeza do seu cheiro, como um sussurro de rosa brancas na Primavera, está gravada na sua mente, assim como o seu cabelo castanho dourado deslizando sobre a pele e o sabor dos seus mamilos, quentes e doces, na sua língua.

✝ Mission ✝ | H.SOnde as histórias ganham vida. Descobre agora