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4 meses depois
Estou completando 9 meses. Meus bebês estão saudáveis, a Isabelle e o Enzo. Eu já os amo mais que tudo, sinto que eu faria qualquer coisa por eles, inclusive dar minha vida se necessário. Escolhemos esses nomes juntos, ambos têm um significado muito grande na vida do Edgar.
Isabelle, era o nome de uma prima sua que se foi, devido a um acidente e Enzo, era o nome do seu tio, pai da Isabelle que foi vítima do mesmo acidente. Eu quis fazer essa homenagem quando o Ed me disse da importância que eles tiveram na sua vida.
Estou na cozinha terminando de preparar meu café da manhã. Meus pés estão muito inchados. Quando estou terminando de cortar algumas frutas, sinto um líquido escorrer pelas minhas pernas.
Droga! Sinto uma pontada na minha barriga.
— EDGAR... EDGAR! Grito pelo meu marido.
Ele aparece na cozinha correndo.
— Oi, loira. Tá tudo bem?
— Minha bolsa.... estourou. Digo soltando um gemido de dor.
— Merda, merda...o que eu faço? O que eu faço? Ele diz andando de um lado para o outro.
— O QUE VOCÊ FAZ? Grito irritada. — Me leva para o hospital, idiota! Ou você quer que seus filhos nasçam aqui na cozinha?
— Calma.
— Calma um caralho.
O Edgar sobe as escadas correndo e volta logo em seguida com a bolsa das crianças e a minha.
— Vamos. Ele diz me pegando no colo.
No caminho até o hospital o Edgar ligou para o Heitor e pra nossa família, mas o infeliz tá dirigindo tão devagar.
— EDGAR, dá pra você aumentar a velocidade dessa merda de carro, eu tô com dor, cretino.
— Mas... é que...
— É que, uma merda... O Edgar me olha assustado, mas finalmente começa a dirigir rápido.
(...)
— Vamos lá, Lena, tá na hora de colocar esses pinguinzinhos pra fora. O Heitor diz massageando minha barriga
— Pela ultrassom, eu vi que eles estão na posição certa para você ter um parto normal, sua dilatação está completa, então quando você sentir dor, empurra com força. Ele diz e olha para o Edgar. — Pode apertar com força a mão do velhinho, e velhinho por favor não desmaie.
Quando o Heitor termina de falar, sinto uma contração e faço força do jeito que ele falou.
— Isso, Lena, você está indo bem.
Respiro fundo apertando a mão do Ed, reuni todas as forças que tenho e empurro quando sinto mais uma contração, essa doeu mais, mas valeu a pena porque no segundo seguinte eu ouvi o chorinho mais lindo tomar conta da sala... Meu Enzo.
