Capítulo 2 - Depois da Humilhação, Vem Os Amigos.

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Eu acredito que qualquer pessoa que estivesse em meu lugar, teria um ataque de fúria e partiria pra cima das duas. Não é? Principalmente depois do discurso que eu imaginei sobre o caso Henrique e Pedro.

Mas eu, como idiota que sou, fiquei parada feito dois de paus, enquanto a desconhecida tentava se cobrir com o lençol e Mônica se recompunha. Ela se recompôs com tudo. Me destruindo por dentro e por fora. Não antes, de eu ter feito a pergunta que culminou numa sucessão de humilhações por parte dela:

-- Por quê? – Nem sei como eu consegui fazer a pergunta, pois chorava mais do que bebê quando está com fome.

-- Por quê? Ora! Você não sabe? – Perguntou toda sarcástica e eu percebi em seu tom de voz.

-- Não sei e gostaria de saber.

-- Bom... Para começar, sou uma mulher insaciável e você nunca deu conta de mim na cama.

-- O quê? – As lágrimas agora eram de pura indignação.

-- Se você tivesse o meu pique, eu não precisaria procurar fora. Mas não é apenas isso os motivos de minhas traições.

"Minhas traições" – Cabeça tentando processar.

-- Além de você não ser boa o suficiente pra mim. No início até que era legal, pois era tudo novidade. Depois eu cansei.

-- Era só ter terminado comigo.

-- E perder a chance de começar a trabalhar com seu pai? Capaz!

-- Então era isso?! Ter um emprego garantido no haras do meu pai.

-- Óbvio. Já estava vendo uma faculdade em uma cidade vizinha de Anchieta, acho que se chama Rio das Águas. Aí seria muito mais fácil pra mim: trabalhava com seu pai durante o dia, faculdade à noite, cidade nova, mulheres novas...

-- Você é sórdida!

-- Sou esperta. Todo mundo precisa de um "degrau" pra subir na vida. Os que não precisam ou são ricos ou são idiotas que tentam vencer honestamente.

-- E agora que foi descoberta e perdeu a sua grande chance. O que fará?

-- Todo mundo precisa de um plano B e eu não sou diferente. – Olhou pra "garota sem nome" e pediu pra ela ir até a sala.

Eu não entendia. Estou rodeada de pessoas interesseiras direta ou indiretamente? Puxa vida! Que "sorte" que eu tenho.

-- Qual é o seu "plano B"?

-- Acabei de comê-la aqui, na sua cama. Filha de grande fazendeiro goiano que está expandindo seus negócios por aqui. Quer abrir uma clínica veterinária em Sampa e comprou uma fazenda em Ribeirão Preto. Sou sortuda ou não sou?

Depois dessa é que eu fui reagir. Dei um belo tapa na cara dela e disse umas verdades:

-- Você não passa de uma vendida. Uma pessoa sem caráter, sem escrúpulos, capaz de fazer tudo pra subir na vida. Até a pisar nos sentimentos dos outros. Tenho nojo de você.

-- Então estamos quites, baby. Eu também tenho nojo de você e nem é pelo seu caráter puro demais. É porque na cama você não passa de uma "sem sal", saca? Eu odiava ir pra cama contigo, mas tinha que fazer. Sabe como é a obrigação da namorada perfeita aqui. Odiava ter que te tocar e odiava mais ainda quando você me tocava. Eu até pensei em te ajudar a como transar de verdade, mas preferi ocupar meu tempo satisfazendo outras mulheres e elas me satisfaziam muito. Coisa que você fez vez ou outra. Nem me lembro da última vez que gozei em seus braços. Um conselho de mulher pra mulher: dê um jeito de mudar o seu jeito na cama, senão vai acabar sozinha. As mulheres hoje em dia são muito exigentes.

Sob a influência do amorWhere stories live. Discover now