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SALÃO PRINCIPAL - ESCOLA DE MAGIA E BRUXARIA DE HOGWARTS 7AM
NARRADOR

Love, Aubrey e Alec se encontravam na longa mesa da Lufa-lufa.
Bree tomava um gole de suco de abóbora, enquanto a sonserina tentava convencer Alexander a explicar uma das matérias do livro de Herbologia.

"Vamos lá, Alec! Corvinos são inteligentes, não é?" a metamorfomaga tentou convece-lo mas estava quase desistindo.

"Sim, eu sou da Corvinal. Não quer dizer que eu seja inteligente" o garoto coçou a nuca. "Quer dizer, não é porquê você é da Sonserina que vai sair por aí distribuindo a maldição Crucciatus. Ou que vai ficar careca e sem nariz" zombou o já citado Corvino, descrevendo a aparência de Lorde Voldemort.

Ela revirou os olhos, fechando o livro e o colocando de lado, mordendo uma torrada, tentando ignorar a piada idiota.
"É justo." respondeu, de boca cheia.

A atenção de todos se voltou para a coruja voando acima da cabeça de todos, deixando uma carta na mesa dos lufanos.
O envelope acertou a cabeça de Love, logo caindo no chão.

A garota analisou o envelope, arqueando as sobrancelhas.
"Meio cedo para o correio." murmurou para si.

Ela observou Albus de longe, que lia um livro na mesa da Sonserina, enquanto comia um bolinho.
Nada de correio para ele.
Ela voltou seu olhar para James Sirius, que fazia uma torre de cartas de baralho usando o feitiço de levitação, enquanto ria com seus amigos.
Também sem correio.
Se nenhum dos irmãos havia recebido uma coruja, não adiantaria checar Lily Luna, ela não seria a exceção dos Potter.

Voltou sua atenção para o envelope. Em tinta azul marinho podia-se ler apenas "Para senhorita Love Potter-Lupin, abra quando estiver a sós."

Com uma mistura de surpresa e curiosidade, a garota colocou o envelope ainda lacrado dentro de um dos bolsos de seu robe, olhando em volta como se aquele envelope nunca tivesse chegado ali.

"De quem era a carta?" Bree quase se engasgou nas próprias palavras com as migalhas de seu sanduíche.

"É para Lily, do Harry. Ela vive perdendo as cartas, então ele prefere enviar para eu entregar pessoalmente." Love mentiu. Mentiu descaradamente, já que nunca havia recebido sequer uma carta por engano dos Potter.

ESTUFA - ESCOLA DE MAGIA E BRUXARIA DE HOGWARTS 10AM
NARRADOR

Love estava correndo pelos corredores em direção à estufa. A aula a seguir não era uma de suas favoritas, mas se ela quisesse ganhar a taça das casas este ano, ela teria que merecer. Não só ela, como todos os sonserinos, incluindo o famoso Scorpius Malfoy, que após o terceiro ano parece ser ainda mais parecido com seu pai, pelas histórias que contavam sobre ele e seu nariz empinado.

Love de repente se viu na porta aberta da estufa, ouvindo um som tão ensurdecedor que ela poderia desmaiar sem mais nem menos.
Colocou suas mãos em seus ouvidos e viu o garoto Malfoy vindo na sua direção, fazendo mais pressão para que a garota não ficasse realmente desacordada com os gritos das mandrágoras.

[...]

"Correndo nos corredores, chegando atrasada na aula." a mulher mais velha citou os últimos eventos, com uma feição séria, porém preocupada "Isso são atos de um garoto de quinze anos rebelde, e não de uma chefe dos monitores, senhorita Love Lupin! Além de não cumprir suas funções... Inacreditável."

Minerva Mcgonagall era a única pessoa que levava a sério o sentimento de Love ao ser chamada pelo seu sobrenome sem adicionar o nome "Potter". Família não tem nada a ver com sangue, mas o fato de crescer sem seus pais fazia a garota colocar seus antepassados em primeiro lugar.

"Professora McGonagall, está tudo bem." professor Longbottom sorriu calmamente para a diretora "Ela apenas estava atrasada, não tire pontos dela apenas por acordar depois do horário."

"Esta não é a questão, professor Longbottom." diretora Mcgonagall se levantou, caminhando na direção dos dois. "Ela poderia ter desmaiado, ou pior, se Scorpius Malfoy não a levasse para fora da estufa, foi pura sorte o que aconteceu ali."

O professor Neville Longbottom, de Herbologia, odiava ver seus alunos sendo punidos por coisas que não estavam sob seus controles.
Era quase como se ele mesmo fosse o aluno em questão, de tão forte que seu coração batia de ansiedade.

"Terá que me desculpar, senhorita Lupin, mas terei que tirar cinco pontos da Sonserina." McGonagall suspirou "Por favor, tome mais cuidado da próxima vez."

A animaga fez um gesto, apontando que Love estava liberada do sermão e a garota caminhou rapidamente para fora da sala, tentando chegar o mais rápido possível no campo de quadribol.
Havia virado tradição entre alguns alunos ver o primeiro treino de quadribol do ano, principalmente porque as garotas já estavam em sua fase onde o que elas procuram se resume em uma coisa: paqueras.

"Soube que a Sonserina perdeu cinco pontos. É verdade?" Bree sorriu ao ver sua amiga sentando ao seu lado, cansada.

"Isso foi à menos de dez minutos, como ficou sabendo tão rápido?" Lupin arregalou os olhos "Não importa. Agora eu terei que me concentrar nas aulas mais do que antes."

"Boa sorte, acho que vai ser um pouco difícil." Alec apontou discretamente para a figura que caminhava até eles, com sua Nimbus 2018 em uma das mãos.

"Olá, pimenta ambulante. Achei que todos os jogadores da Grifinória eram obrigados a usar vassouras modernas para jogar bem." Love zombou, encostando suas costas no banco da arquibancada, relaxando.

"Não é a vassoura que joga, sabia disso?" Sebastian riu do comentário que a garota fez sobre seu uniforme vermelho.

"Se fosse um jogo apenas de vassouras, seria mil vezes mais interessante" ela dirigiu seu olhar para o rosto suado de Calore. "Me pergunto como o pomo de ouro seria capturado se vassouras não tem braços. Parece interessante para mim."

"O melhor batedor do time não poderia ser substituído por uma vassoura" cruzou os braços "As garotas sentiriam falta."

Love engasgou com o próprio riso. Não havia ouvido algo tão engraçado nos últimos meses, apesar de parecer uma risada sarcástica, para ela era realmente uma piada.

"Acho que terei de mudar meu nome para Michael então." ela riu "Ou Teddy. Acha que cairia bem? Teddy Lupin?"

Seus dois amigos, que até agora estavam em silêncio, soltaram uma risada nasal ao assistir a pequena troca de farpas entre o garoto vestido para o jogo e Love.

"Conversar com você é como uma maldição imperdoável, sabia?" ele disse, pouco antes de se virar "Eu não me importaria de ser controlado por esse Imperius."

DORMITÓRIO INDIVIDUAL | SALÃO COMUNAL DA SONSERINA 11PM
NARRADOR

Love havia acabado de voltar de sua última ronda noturna pelos corredores das masmorras, ao entrar no salão comunal de sua casa, apenas cumprimentou alguns colegas que ainda estavam acordados e foi em direção ao seu próprio quarto, já que o monitor-chefe de sua casa é automaticamente transferido para seu dormitório individual.

A garota, estressada por seu primeiro dia ter sido uma bagunça, apenas tirou seu robe e o jogou para qualquer lugar no chão do quarto.
Ouviu um barulho estranho antes de se virar, era a carta que havia recebido de manhã.
Se aproximou rapidamente do envelope, se mordendo de curiosidade, abriu o lacre.

Suas expectativas foram quebradas quando viu que não era uma carta, mas sim, apenas um pedaço de pergaminho.
Havia também um pequeno bilhete, com o rabisco de uma varinha e as frases "Eu juro solenemente não fazer nada de bom" e no verso "Malfeito-feito".

Ela não havia entendido muito bem, mas pegou sua varinha e colocou sob o pedaço de papel, repetindo as palavras que leu.

- Puta... Que merda... É essa?

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