— Falando nisso, alguém viu Seth? — Jacob pergunta, mesmo que pareça desconfortável. Seus olhos dificilmente se desviam de Renesmee, sempre atento. Todos negam.
— O que uma coisa tem a ver com a outra? — questiona, mas Jacob só me lança um sorrisinho irritante. Bufo — vou atrás de Seth que eu ganho mais.
Saio de casa, respirando fundo, me concentrando no cheiro de Seth. Rastrear não é minha praia, mas sigo meu instinto ao notar uma leve pista do cheiro dele. Vou atrás, me frustrando algumas vezes. Quando o cheiro fica mais forte — perto da reserva —, paro e começo a cantarolar "Como ela sabe que a ama?", em português mesmo porque estou aprendendo a língua. Edgar, Mateus e Bia são mais acessíveis que as Amazonas, que parecem constantemente desconfortáveis sem sua terceira integrante. Elas são bem legais também, não posso negar, mas os Oliveira e a Bia são simplesmente demais. Teve uma noite que passamos apenas ouvindo músicas brasileiras que eles dizem ter o efeito "quando toca, ninguém fica parado" (aliás, esse é o trecho de uma das músicas). Desde então meu amor pela cultura brasileira está crescendo cada vez mais.
— Oi — Seth surge com seu sorriso brilhante, me fazendo parar de cantar.
— Olá, meu lobo favorito — engancho meu braço no dele. Imediatamente o moreno começa a contar como foi seu dia e eu conto o meu.
— Leah sempre disse que eu tenho a cabeça grande — Seth comenta como quem não quer nada.
Estamos no limiar das árvores e a mansão Cullen está há alguns passos de distância.
— Sua cabeça parece na média pra mim — digo, me soltando dele e avaliando sua cabeça. É. Bem comum.
— Quis fazer uma referência ao Megamente, Rox — revira os olhos para minha lerdeza.
— Ah! — Ele está dando em cima de mim ou é impressão minha? — deixa de ser bobo. — Dou uma risada sem graça, porque ele realmente está falando sério. Não é como as brincadeiras que eu faço.
— O quê? Não gostou da cantada?
O clima se torna um pouco constrangedor.
— Foi fofa, mas prefiro as que eu e Emmett trocamos — digo, sem saber realmente o que dizer.
— Vou pesquisar algumas. Meio caminho andado eu já tenho, afinal, eu sou seu tipo — sorri malicioso. Imediatamente minha mente se lembra do momento em que Jacob sofreu impriting por Renesmee e eu disse a ele que Seth era mais meu tipo.
— Jacob é um grandíssimo fofoqueiro — acuso.
— Não foi culpa dele. Sem querer ele lembrou da conversa e eu li sua mente — defende seu alfa como o bom cachorrinho que é!
— Deve ser um saco essa coisa de ler a mente uns dos outros — desvio do assunto — e ver todo mundo pelado o tempo todo.
Bom, talvez a última parte não seja tão ruim.
— É horrível — concorda — não sei dizer qual o pior. Provavelmente os pensamentos.
— Quase me sinto sortuda por dividir meus pensamentos apenas com Edward — comento.
— É a primeira vez que ouço isso — o dito cujo aparece, como um demônio sendo invocado.
— Provavelmente será a única — sorrio seca por uns instantes.
Ainda estou chateada com o vampiro por seu comportamento egoísta. Ok, eu já entendi que quando se trata de Bella — e agora de Renesmee — ele não pensa muito nos outros e só em si mesmo e em como pode fazer o que for por elas, mas ainda sim dói um pouquinho. Mas também, eu sou adulta. Poderia ter dito não e não ido com eles até Denali.
Boba!
— Ah, não. Você não pode guardar rancor de mim. Deve ter uma regra sobre isso em algum lugar — Edward diz imediatamente após notar meu sorriso.
— Eu tenho direito de guardar um pouquinho de rancor no meu coração — brinco também.
Seth sorri nos observando e sai de mansinho, entrando na mansão.
— Você é minha ajudante. Eu preciso de você, então não pode ter essa carga negativa sobre mim — rebate, zombando no final do meu jeito de falar.
Ajudante. Cara, eu não recebo nem parceira. Se bem que ficaria meio estranho levando em conta que ele é casado...
— Você não parece precisar mais de mim — dou de ombros, mas há um fundo de verdade.
— É isso que parece? — franze as sobrancelhas, agora sério — está longe disso. Sinceramente, não vejo quando vou poder parar de precisar de você.
— Edward Cullen, você é um Drama King — reviro os olhos — cria de Shakespeare.
— Roxanne Cullen, você é uma chata — ele rebate. Não o corrijo — então admite que é uma chata?
— Não o corrijo sobre ser uma Cullen — esclareço.
— Oh, Roxy — ele ri e passa o braço pelo meu ombro — você já é uma de nós. Só não percebeu ainda.
Dou de ombros novamente.
— E eu sou cria de quem? — continuo o assunto, enquanto seguimos para os fundos, onde ouço Eleazar praticar com Kate e a plateia usual. Todos acabam se divertindo, mesmo nós que treinamos e às vezes sofremos. É fascinante ver os poderes entrarem em ação e desafiarem a realidade. Mas enfim, o que é a realidade, certo?
E por mais que eu quisesse me agarrar a diversão, o tempo passou. A véspera da batalha chegou, o clima terrível para combinar com a situação.
— Vamos lá — pego Renesmee no colo. Ultimamente tenho ficado ao seu redor quase o tempo todo, graças ao meu dom. Sem Jasper aqui, sou o mais perto de um calmante que temos. Apesar de não gostar de usar meu poder diretamente nela, Edward e Bella me pediram, dizendo que a ajudaria a passar por essa situação com mais tranquilidade. Então eu faço.
Fazemos um acampamento improvisado e tem até barracas para quem dorme e quem quer uma falsa sensação de privacidade. Rosalie e Emmett até saíram de perto, pois sabem quem são barulhentos. Deus, todo mundo sabe que eles são barulhentos.
Uma fogueira é feita e uma conversa amistosa se inicia. É engraçado que ninguém aqui precisa dela, mas da uma sensação de... Normalidade. E é irônico que uma simples fogueira poderia acabar com existência de qualquer um de nós.
— Roxy?
eu sei que demetri está demorando a aparecer, mas tem tanta coisa acontecendo... incurtei ao máximo e tirei cenas só pra apressar já que estão reclamando da demora. eu também quero os mimos rometri, pessoal, mas PACIÊNCIA!
CZYTASZ
amore mio | twilight
FanfictionRoxanne não estava preparada para o que sua vida se tornou - ou melhor, sua morte. Ser transformada em vampira porque quase morreu tentando estupidamente salvar uma vampira com certeza não estava em seus planos. Uma boa ação a levou à morte e uma bo...