Capítulo 4

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Capítulo 4

Após terem se passado 2 dias desde o episódio na floricultura o Isaac ainda não entendia o porquê daquela reação possessiva pois ele não se considerava possessivo muito menos ciumento, na verdade ele nunca foi ciumento apenas protetor, protetor do tipo que não quer que nenhum mal chegue a pessoa que ama, e não protetor a ponto de não querer ninguém próximo a pessoa que ele protege, sem falar que de acordo com suas lembranças ele nunca foi ciumento, inclusive ele sempre ria de quem dava em cima de quem ele estava afinal ele sabia do seu potencial e sabia que caso houvesse traição seria de acordo com o caráter da pessoa que o traiu e não o seu, mas uma coisa que ele não sabia era como e por que aquelas palavras saíram de sua boca, será por um acaso eu estou gostando dela? Pensava ele, será que estou me apaixonando por aquela garota baixinha de olhos marcantes e que chama a atenção por onde passa e é incansavelmente doce? Perguntas e mais perguntas enchiam sua mente e mesmo antes de respondê-las surgiam outras, tudo isso enquanto ele tomava seu café e a observava na floricultura que dava para se ver de longe, graças a parede da frente ser feita de vidro. ela estava tão feliz rodeada por tantas flores que ele decidira deixar ela fazer uns jardins ao redor da sua casa assim que se casassem, lá havia muito espaço e se essa quisesse poderia ter até uma estufa, tudo que ela o quisesse daria apenas para a ver feliz, agora que eles iriam administrar as empresas mal terá tempo, mas o tempo que tiver ele quer ver ela feliz rodeada pelas flores que ela tanta ama.

Ela o observava disfarçadamente de longe, ele estava no café de frente a floricultura a encarando, o que distanciava era apenas uma avenida larga, apesar disso esse costume já era quase um ritual entre os dois ele sempre ia até a floricultura aqui no final da tarde e a abraça, lhe dando um beijo longo e só então eles conversavam até a hora da floricultura fechar, sem falar que ele a ajudava a arrumar tudo para antes de dar a hora dela ir embora estar tudo pronto então aí ele sempre a deixa em casa, mas será que ele virá dessa vez? Fora o noivado de conveniência éramos como namorados talvez? Estamos nos beijando e tendo carícias de casal, ainda não chegamos aquele momento, mas sinto que estamos perto, ela pega umas rosas e as ajeitam para coloca-las em um arranjo, ela escuta o sino da porta bater e sim, apesar de parecer um ato antigo ela adorava saber que chegou alguém para comprar flores na sua loja através daquele objeto, ela acreditava que dar, presentear com flores era um ato de amor e ela adorava saber que através dela uma pessoa iria demostrar amor a alguém, e essa campainha mostrava isso mesmo que as vezes lhe desse dor de cabeça.

Ela se vira na esperança de que seja ele, já com um sorriso no rosto, que murcha um pouco quando ela encontra uma loira delgada com seu corpo bem definido, a loira vem em sua direção e lhe mostra um falso sorriso, ela sabia de longe quando um sorriso era verdadeiro e aquele nem longe era, porém cliente é cliente pensou ela

- Eu sei o que você está fazendo! Afirma ela deixando Sandra confusa,

-Como assim o que estou fazendo? Senhora acho que estas equivocada, deve estar me confundindo com alguém fala com seu tom espanhol que apesar de anos no Brasil não o perdeu, ela olha pela parede de vidro em direção ao café e vê o Isaac atravessando a avenida principal em direção a floricultura correndo, essa mulher definitivamente não é uma boa peça, e de alguma forma o Isaac sabe disso, já Isaac não acredita que estava vendo aquela mulher de novo, depois de tanto tempo o que será que ela queria com sua noiva? Flores com certeza não eram o mesmo deixa o pagamento do café e grita pelo nome para o dono da cafeteria que iria na floricultura da sua noiva, o mesmo confirma e Isaac sai correndo para tentar resolver essa bomba que havia acabado de se armar e estava prestes a explodir, e para piorar por conhecer sua noiva ele sabia que todas as consequências da explosão, viriam para ele.

- A senhora é a sua mãe sua retardada! Tá dando o golpe do baú é? Quantos meses de gravidez você está amorzinho? Com essa sua barria não duvido que menos de 3 meses, sabe ouvi dizer que os primeiros meses tem que ser cautelosos, cuidado para não o perder, mosca morta. Diz ela em tom de ameaça pegando o arranjo feito e o jogando no chão, ela sai batendo a porta e a Sandra continua perplexa, eu grávida? Golpe do baú? Eu estou praticamente presa a ele! E para piorar essa vaca me chamou de gorda já que insinuou que estou grávida, mas que absurdo! Eu não acredito nisso, se eu estivesse grávida até entenderia, mas sem eu estar? Que situação mais chata, pensa ela, mas preciso tentar relevar afinal ela não sabe disso e pela reação é provável que ela seja a namorada do Isaac, Sandra até pensou em falar para mulher o que de fato está acontecendo, mas desiste ao pensar em sua mãe, antes de dizer isso a ela decide, não posso falar a ninguém afinal, é parte do acordo, e nem sei quem essa mulher é então irei perguntar ao causador desse problema todo, a mulher volta a loja e tentar ir para cima da protagonista que se esquiva para atrás do balcão

Ela escuta o sino tocar novamente pela 3 vez e olha triste, dessa vez é ele,

- O que você faz aqui Renata? Pergunta ríspido pegando a mulher pelo braço antes que ela batesse na sandra

-Cuidando do que é meu! Grita a mulher raivosa.

- Nunca fui seu e sem falar que você é casada, tem 2 filhos! Per favore vá embora, diz ele bruscamente, a loira some como um furacão batendo a porta com tanta força que chega a quebrar o sino, Sandra não suporta a situação e vai para quartinho de descanso chorar, a mesma decide que em um momento mais calmo irá falar com ele e esclarecer tudo, se é para se casarem que isso seja feito direito, pensa ela

- Oh Bella tudo bem? Diz Ele ao ver sua cara de assustada, ele a abraça e beija sua testa, bem, ao menos tenta antes dela sair em disparada para o quarto que ele nem sabia a existência ele vai atrás, mas ela fecha a porta em sua cara,

- Não há ninguém, então não precisamos atuar. Diz ela fria, pode ir embora, afinal preciso me recompor, e mais me faça um favor, faça com que suas amantes não me perturbem ou quem irá lhe perturbar sou eu, não esqueça que infidelidade também está no contrato e só não o quebro por esse motivo, pois minha mãe precisa de mim.

A cada palavra dita Sandra chorava mais, e por mais que o amasse assim que sua mãe estivesse melhor ela quebraria esse contrato afinal nunca se sujeitaria e passar essas situações com a amante do seu futuro marido, ainda bem que ao menos nessa situação as câmeras de segurança com áudio estavam ali por ela, já que ninguém está, porém, pior que ter essa constatação era saber que nada havia lhe preparado para escutar isso.

- Não estou atuando mi Bella. Diz ele em um suspiro, enquanto estávamos distantes fiz muitas besteiras e uma delas foi me envolver com a Renata, porém isso faz muitos anos fiquei tão surpreso quanto você ao ver ela

- Então por que? Não que nos beijássemos antes, mas tudo isso é como quando éramos pequenos? Ela se pergunta o que ele quer mostrar com toda aquela demonstração de carinho repentina por parte dele,

- Sabe, nem eu mesmo sei, mas sei que é bem mais do que sentimento de irmãos. Ela sem acreditar no que ouviu abre a porta e ele a beija docemente, explorando a cada canto de sua boca, ela sabia que não deveria se agarrar a uma ilusão, mas para ela aquele beijo era a confirmação de uma das maiores promessas de amor que alguém poderia fazer, ela nunca pensou que iria sentir aquilo, ela não acredita que a mulher romântica e esperançosa só estava adormecida.

Ele estava começando a sentir algo diferente quando estava com ela, quando a beijava, quando a abraçava ou apenas quando a tocava, ele precisava proteger a sua pequena, grande mulher.

Ela não sabia, mas Isaac já sentia um grande amor por ela, algo além do amor de amigos já sentido por eles, porém ela não era a única a não saber, nem mesmo o próprio Isaac tinha a noção da dimensão desse sentimento, para ele tudo era extremamente repentino e avassalador ao mesmo tento que era suave e lhe trazia paz, seria isso o que sua mãe sentia cada vez que falava de seu pai? Será que estou com o mesmo brilho nos olhos sempre que falo dela?

As mãe de cada um estava ali a observar os dois que estavam presentes os olhando atentamente, mas eles não a notaram então Isaac ao se sentir mais à vontade passa a mão por entre os seios de Sandra e ela permite o beijo que antes era calmo agora se tornou algo quente, ele estava quase pensando em toma -lá para si, apenas se ela deixasse, ela seria sua, se ela dissesse sim seria o momento mais feliz para Isaac, ele estava prestes a propor porém eles escutaram um barulho, os dois olharam ao mesmo e viram suas mães no mesmo instante ficaram ruborizados.

- Dá para manter ela virgem até depois o casamento? Faltam apenas meses!!! Diz a mãe de Sandra.

Ruborizada e calada a Sandra estava, assim ela permaneceu, Isaac pensava aonde poderia enfiar sua cabeça, como ainda não podia aonde de fato queria ele apenas desconversou e levou sua futura mulher, sua mãe e sogra para casa.

Traduções de algumas palavras usadas nesse capítulo

*Per favore sig. por favor

* Bella sig. Bela/Bonita 

*** oi amozitos gostaram do Capítulo? Sei que é curtinho mais a história logo vai começar a ganhar realmente vida! E gostaram da imagem da mídia? Essa rosa Eu que fiz Com massinha de modelar, hahaha não riam apenas se gostam do capítulo curtam e comentem. Besitos ;*


Um amor não planejado? (Degustação)Where stories live. Discover now