Separação- 26

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Pego o celular e vou para fora do celular, disco o número e tomo fôlego.

Ligação on

Breno: finalmente atendeu.

Maysa: fala imundice.- conto tudo o que rolou.- eu estou indo e sozinha.- desligou sem deixar eu dizer nada.

Ligação off

***

Sinto alguém me cutucando, acordo com dificuldade. Tentando enxergar a pessoa que está me incomodando.

Maysa: vamos lá fora conversar.- saímos do quarto.- primeiramente bom dia e toma o seu café da manhã.- agradeço pegando.- segundamente. Ser bem realista Gael e Marcella podem sim voltar a Ji-Paraná. Terceiramente não contei nada, mas você que irá contar para eles.

Breno: e se eles não disserem?

Maysa: contando ou não, a tia Rê sempre irá saber.- esfrego o meu rosto.- você ama ela né?- assenti engolindo o choro.- eu já sabia desde daquele dia do carro.- sorri de canto.- e você salvou a vida dela, quis fazê-la sorrir de novo e vou te contar. A bichinha ficou até mais feliz quando perdeu a virgindade.- ri.

Breno: sabia que ela iria contar.- ironizo.

Maysa: se a ama, não deixa ir.

Breno: não dá ainda Maysa. Eu tenho que deixar ir. Precisamos ter a nossa vida resolvida, se não...- ela me corta.

Maysa: se não nada moleque, se toca. Você ama ela e ela te ama, resolvem a vida pessoal de vocês enquanto estão juntos.

Breno: Maysa.- elevo o tom e todos me olham.

Maysa: fala baixo porra.- diz baixo estressada.

Breno: tá desculpa, só quero que entenda. O problema é as nossas vidas pessoais. Vamos estar tão focados nisso para resolver, que vamos esquecer que nós dois estamos juntos, você sabe que sou cabeça quente, gosto de resolver as minhas coisas no sigilo e gosto de ficar sozinho quando fico puto. Sei que preciso de alguém ao meu lado.

Maysa: e esse alguém é a Marcella.

Breno: sim eu tô ligado. Mas tudo tem um tempo, se ficarmos agora uma hora ou outra vamos estressar e acabar terminando. Almas gêmeas vão se encontrar Maysa, como o seu caso e da Debora. O nosso ainda não é.- ela bufa.- não nos apresse, por favor.- assentiu olhando para a porta.

Maysa: agora vai para casa ou cabana, não sei se quer ver o Gael. Mas de uma forma tu vai ter que contar.- ela entrou.

Fui para o meu carro, entro e dou partida.

Chego na cabana. Arrumo as malas minha e dela, ajeito o lugar e vou para o banheiro tenso lembrando de toda a cena. Me fez arrepiar por inteiro é bizarro estar aqui dentro e sentir algo ruim.

Respiro fundo e limpo, finalmente soltando as lágrimas. Limpando com ódio e tristeza de mim mesmo, jogo com força a vassoura querendo bater em alguma coisa. Saiu dali tentando tomar fôlego.

Me sento no chão apoiando na cama, pego o meu celular e vou até a galeria. Indo nas primeiras fotos e vídeos que tem eu e ela ou só ela. Fui me acalmando aos poucos, rindo com as nossas bobagens.

Ela mudou tanto ou será que sempre sabia e não queria demonstrar. Mas sempre manteve um brilho no olhar, devia estar guardando isso a tantos anos que chegou aqui tudo desmoronou e saber que a quase perdi foi de doer o coração, eu posso fazer ela voltar a esse brilho. Eu consigo.

Te Quero {EM ANDAMENTO}Onde histórias criam vida. Descubra agora