17. 한 여름밤의 꿈

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Nós dois perdemos tempo e nos preocupamos demasiado, por algo que na verdade, não exigia isso tudo. Mas... e se tivéssemos tido a coragem para revelar nossos sentimentos antes, quem sabe o rumo que a nossa história poderia teria tomado? Gosto de confortar a mim mesmo dizendo que tudo aconteceu como aconteceu, por um bom motivo, e não vale a pena questionar mais nada, agora que o momento já se passou.

ㅡ Conta vovô, conta! ㅡ Bam pediu, inquieta.

ㅡ Tudo bem ㅡ achei graça e respirei fundo, me preparando para voltar ao exato dia em que o verão chegou na Coréia do Sul...

Era a noite do dia 21 de Junho e eu lia um pouco a respeito da geografia da Oceania, apesar de já estar um pouco cansado. Balançava os pés de um lado para o outro, rezando para que o tempo passasse rapidamente e eu pudesse ir logo para casa.

ㅡ Yang?! ㅡ Niki surge na sala de aula com os olhos esbugalhados e alguns fios de seu cabelo descolorido colados na testa, graças ao suor. Como já é noite, e não há mais aulas obrigatórias, provavelmente ele estava jogando futebol com o resto dos garotos da turma. A essa hora, a maioria não tem disposição para ler uma palavra sequer, apesar de tecnicamente, ser o horário de estudos.

Ele correu desenfreado por entre as mesas até chegar em minha carteira, batendo os joelhos no chão de maneira barulhenta ao se ajoelhar. Já estamos nos últimos dias de aula antes das férias de verão, e não me admira ele estar tão agitado ultimamente ㅡ principalmente porque Kim Sunoo parou de ignorá-lo, e esse é o maior passo que deram nos últimos quatro anos.

ㅡ A flor... ㅡ disse ofegante.

ㅡ Hã?

ㅡ A flor... qual o nome da flor que você disse que gosta?

ㅡ Hibisco?

Ele bate sua enorme palma contra a mesa.

ㅡ Não! A outra flor, Yang!

ㅡ É lavanda... Por quê? O que houve?

Ele segura um grito, apertando meu braço com força.

ㅡ Tem uma garota vindo e ela...

ㅡ Aluno Yang Jungwon? ㅡ uma menina que parecia mais nova do que o resto dos alunos do último ano, entrou pela porta segurando um buquê de flores arroxeadas nos braços, como se ele fosse uma criança. Reconheci a anatomia da planta à distância... realmente são lavandas.

ㅡ Ele tá aqui! ㅡ o japonês respondeu por mim, ao passo que todos que estavam na sala, me olharam curiosos.

Entrei na turma há cerca de quatro meses, depois de ralar muito para conseguir acompanhar o ritmo de um terceiranista regular. Entre meus colegas, eu sou o mais velho, como também o que desperta mais interesse, justamente pela tão pouca proximidade que desenvolvemos.

ㅡ Uma pessoa enviou isso pra você ㅡ disse, me entregando o embrulho de tom abóbora, e espalhando o aroma pelo ambiente climatizado.

Senti um nó se formar na garganta enquanto meio mundo de coisas passava pela minha cabeça, me deixando zonzo. Não tinha cartão ou qualquer outra coisa que deixasse pistas sobre o remetente, mas ainda assim, era tão óbvio que eu queria gritar.

ㅡ Foi ele... ㅡ murmurei ㅡ Ele mandou pra mim...

ㅡ O seu namorado né? ㅡ Nishimura fica ainda mais empolgado ㅡ Eu sabia! Eu sabia!

Graças ao alarde do mais novo, notei um certo burburinho se formar ao meu redor. Pessoas me perguntavam diversas coisas, cheias de curiosidade, como também empolgação, mas eu não conseguia responder a nenhuma delas ㅡ em sua maioria, garotas.

Last summer, when I bloomed • JaywonWhere stories live. Discover now