Last summer, when I bloomed • Jaywon

17. 한 여름밤의 꿈

O sonho de uma noite de verão.

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ㅡ E o que aconteceu depois, vovô Yang? ㅡ a menina de escuros olhos castanhos indaga, estirada de barriga para cima à meus pés ㅡ O que o senhor fez?

Ela já havia terminado seu picolé de fruta, e agora descansava, aproveitando a brisa que desliza ao nosso redor, dançando com nossos cabelos como se estivessem em um baile.

ㅡ O que você teria feito no meu lugar?

Ela parece pensativa sobre a minha pergunta, olhando para as flores na caqueira por alguns segundos.

ㅡ Eu teria... Ah, não sei vovô... acho que teria esperado por ele.

ㅡ Não teria ido atrás?

Ela nega com a cabeça.

ㅡ Mamãe, papai e todo mundo ficaria muito preocupado, não seria nada legal ㅡ diz com seriedade. Para uma garota de 11 anos, Bam é bastante madura; sempre me deixa impressionado com sua desenvoltura ㅡ Mas e então? O que o senhor fez?

Sorri comigo mesmo, pronto para mergulhar mais uma vez em minhas memórias, que apesar de serem relativamete antigas, ainda brilham como novas. Em meu colo, um dos velhos cadernos de Park Jongseong repousa, guardando em suas páginas, palavras grafadas em uma caligrafia limpa e simples. Palavras que à aquele ponto da história já mesclavam sentimentos como tristeza e saudade, marcando o fim da estação quente.

Depois do verão, deveria vir o outono, mas para nós, foi o inverno; e o nosso inverno durou muito mais do que apenas três meses. Os momentos que pareciam intermináveis se provaram finitos, e naquele momento, nós já estávamos separados por cerca de 10736 longos quilômetros de distância. Não foi nada fácil no início, mas aprendemos a lidar com a situação, aos poucos.

Assim como havia prometido, Jongseong me ligava todos os dias, e por mais difícil que fosse por conta do fuso-horário, conseguiamos nos falar com mais frequência do que eu imaginava. Era sempre muito bom ouvir sua voz ou ver seu rosto quase sempre cansado, pela webcam ㅡ ele ia dormir em horários irregulares para poder me ver e estudar mais um pouco.

Fiquei muito ocupado com o colégio e o vestibular, e ele, com seus milhares de trabalhos minuciosos que os professores da faculdade passavam, e assim, quase um ano se passou, e não voltamos a nos ver pessoalmente. Nem mesmo no Natal houve condições para isso.

Nesse meio tempo, comecei a praticar pintura como também o bordado e crochê com a minha avó ㅡ o que me ajudou muito a melhorar a minha precária coordenação motora. Sempre que terminava uma tela, eu tirava uma foto e enviava imediatamente para Jay, que sempre respondia atenciosamente, fazendo questão e mencionar o quão notável era a minha melhora de um quadro para o outro. Este também me enviava diversas fotografias de sua cidade, comidas, coisas que achava bonitas e também de seus amigos... e Jay tem uma bela porção de amigos.

Sobre nosso relacionamento... Decidimos que seria melhor abrir logo o jogo com nossas famílias agora que já não tínhamos nada a perder, e na verdade, as reações que obtivemos não poderiam ser mais inesperadas...

A mãe de Jay ㅡ que já sabia até dos detalhes que este queria esconder de si mesmo ㅡ passou a notícia para o marido, que não demonstrou grande resistência em aceitar a ideia. Quando o moreno se sentou para despejar seu maior segredo, foi surpreendido por um "eu já sabia", vindo de seu progenitor. Minha tia também já havia capitado no ar os sinais que deixávamos escapar, então tinha suas suspeitas. Depois que lhe contei a verdade, ela me ajudou a falar para a minha avó, e por incrível que possa parecer, tudo terminou bem... Tão bem que parecia até mentira.