O Que Realmente Sinto

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Lumine observa o samurai que se aproxima se colocando ao seu lado, ele estava muito bonito: seus cabelos platinados soltos com a delicada mecha vermelha brilhando entre os fios que faziam os dedos de Lumine coçarem pra tocar, sua roupa era simples porém elegante com os motivos outonais que Kazuha tanto gostava como se não bastasse ele tinha um belo sorriso no rosto e seu cheiro cítrico suave rodeava a loira.

- Acho que me atrasei mais do que deveria pra encontrar você hoje - ele diz com sua voz macia e olhos escarlates brilhantes.

- Eu pensei que não participaria do festival.

- Eu não deixaria de vir principalmente sabendo que estaria sozinha, bom pelo menos pensei que estaria - ele diz olhando brevemente pra direção em que Thoma havia saído - ele vai voltar?

- Não, ele não vai.

- Pensei que fossem ficar juntos - ele diz lentamente - ele parecia apaixonado.

- O problema é que eu também estou - ela olha nos olhos cor de rubi do samurai - e eu não poderia aceitar os sentimentos dele quando meu coração é de outro.

Kazuha sorri lentamente entendo as entrelinhas das palavras de Lumine. Se aproximou dela colocando uma das mechas do cabelo de Lumine atrás da orelha dela aproveitando pra acariciar sua bochecha, com a mão livre ele puxa a mesma pra si. Os dois estavam muito próximos, o bastante pra suas testas estarem coladas e suas respirações aceleradas se misturarem os lábios de ambos a poucos centímetros quase se tocando.

- Eu estou apaixonada por você - ela diz num sussurro - só não sei se você sente o mesmo.

- Não existe nada mais belo nem luz que ilumine mais o meu mundo do que você - ele diz com voz quase melódica - Lumine é um nome que representa perfeitamente sua existência e seus passos no mundo por que pra mim você é isso: a mais pura luz que ilumina meu peito a muito tempo solitário e eu não poderia estar mais apaixonado do que já estou agora.

Ela sente o coração bater fortemente de felicidade, agora tinha certeza de que ele também estava apaixonado é que não estava sentindo tudo aquilo sozinha. Sem pressa ambos começam a diminuir a distância entre seus lábios finalmente sentindo o toque amoroso e tão desejado, a língua de Kazuha acaricia os lábios dela antes de pedir passagem e se encontrar com a de Lumine. O beijo de Kazuha era como um anestésico que quase desativava os movimentos de Lumine, mesmo naquele beijo calmo e amoroso ela sentia sua mente flutuar só pelo simples fato de ser ele.

- Vem comigo - ele pede se afastando brevemente - Eu quero te mostrar o motivo da minha demora.

Segurando firme a mão de Kazuha, Lumine se deixou ser guiada por ele em um caminho discreto evitando a multidão do festival.

- Pra onde estamos indo? - ela pergunta.

- Está quase na hora dos fogos, preparei um lugar especial pra podermos vê-los - ele responde sorrindo.

Eles seguem até um local afastado onde havia algumas cerejeiras ao fundo e uma lanterna perto de um cobertor estendido na grama. A brisa fresca vinda do mar e o brilho das estrelas sobre a água tornavam aquele cenário mesmo que simples perfeito, Lumine respirou fundo ainda segurando a mão do platinado que a puxou suavemente pra se sentar com ele no cobertor.

- Espero que aprecie tanto a vista quanto eu - ele diz enquanto a ajeitava entre suas pernas pra que ela pudesse se encostar em seu peito.

- É perfeito - ela responde.

Mal termina de dizer aquilo e o céu começa a se iluminar com os fogos. Yoimyia havia se superado daquela vez: havia fogos com infinitas cores e formatos, peixes, flores, estrelas entre outros tudo formando um espetáculo magnífico que parecia ainda melhor dentro do abraço de Kazuha. Os dois olhavam encantados pra todo aquele brilho no céu e Kazuha apenas desejou que aquele momento e o sorriso de Lumine nunca acabasse.

Folhas Escarlates Where stories live. Discover now