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- Sorrio de orelha a orelha, a um ponto em que é possível sentir uma pequena dor por sorrir demais e logo em seguida o abraço em um piscar de olhos - Menos que uma década - Digo desfazendo o abraço e o convidando para entrar e trazer as compras.

- Venha, vamos até a cozinha pois quero preparar um café pra você.

- Então é aqui que você mora agora S/a? É um lugar bem deprimente, me dá arrepios sinceramente, além disso não combina com você. - Ele diz olhando ao redor para matar uma porcentagem de sua curiosidade.

- Cuidado com a boca Daniel, as paredes tem ouvidos e a curiosidade matou o gato- Digo
Dando pequenas empurradas no Daniel até a cozinha com medo de que Brahms aparecesse do nada. - Além disso viemos falar de trabalho não foi? Sente-se.

- Mas não estou aqui só por causa do trabalho e também porque senti sua falta, você é minha família também, esqueceu?

- Claro que não esqueci, eu jamais faria isso. Seu pai ainda está vivo e bem?

- Ele ainda respira, mas não sei se está vivo o suficiente. Você sabe como ele ficou depois do que aconteceu com a Mamãe. Mas eu estou bem sim, obrigado por perguntar.

- É bom ouvir isso, seria "horrível" se não estivesse - digo ironicamente.

Considerando os acontecimentos recentes,Daniel com certeza estava bem de um jeito ou outro.
Escuto um barulho no andar de cima, provavelmente é o Brahms.

- É a criança de quem você está cuidando? Preciso me preocupar com ela? Talvez fosse legal se nos conhecessemos. - Daniel se levanta pronto pra subir as escadas.

- NÃO! Digo, não é preciso. Afinal você só vai fazer a entrega pra mim não é? O garoto não é muito sociável então não vai querer te conhecer.E também seu café está feito, não o deixe esfriar. - Sentamos com a xícara em mãos e conversamos mais um pouco.

- Daniel, vou deixar uma lista com você. Vai ser sempre a mesma coisa e caso necessário algo mais, eu te aviso. Não precisa se preocupar se o dinheiro vai ser suficiente, porque sempre é, assim com foi hoje.

- Então S/n Evans - Diz ele sorrindo- Foi bom ver você, até a próxima entrega então? Esperava que pudéssemos nos ver outras vezes.

- Eu não sei Daniel, provavelmente nos veremos somente quando você vier trazer as coisas - O acompanhei até a porta.

- Você não me disse que tinha mais alguém aqui, especificamente um homem - diz ele se virando para mim.

- C-como assim? Não sei do que está falando?

- Aquela lareira da sala foi movida do lugar,você não tem forças pra isso. Viu como arranhou o chão? Não estava assim quando cheguei e aqueles sapatos grandes no canto não servem no seu pé.

- Não é ninguém além do Filho da Governanta, ele deve ter arrumado pois não estava funcionando direito.

- Se é assim, você deve estar em boas mãos. - Ele me da um beijo na testa - Até logo S/n.

- Até..

Perdão pelo capítulo sem graça pessoal, não tava no clima na hora que eu fiz

Brahms x LeitoraOnde as histórias ganham vida. Descobre agora