Henrique- Vai pra porra Marina, você nem está conseguindo nem andar sozinha- Me encarou sério

Marina- Foda-se meu parceiro, vai ficar com sua putas e não enche a porra da minha paciência não moro? Que eu já to doidinha para encher essa tua cara de bala- Fiz sinal de arma na cara dele

-Quem você chamou de puta aqui?-Uma das meninas parou ao lado dele e eu caí na gargalhada

Marina- Foi vocês mesmo, não to vendo nenhuma outra por aqui-Olhei para os lados.

Henrique- Já chega, vamos embora- Se aproximou.

-Repete o que você disse piranha- Se aproximou me peitando.

Marina- Segura a onda aí, porque se eu pego vocês duas....- Dei um sorrisinho- Eu acabo com vocês.

-Só porque é do morro acha que tem alguma moral?- Cruzou os braços.

Marina- Ah, querida!- Dei uma risadinha, fechei a mão e dei-le um soco no nariz fazendo ela cair em cima da outra- Pode apostar!

Henrique- Agora você passou dos limites- Segurou meus braços e começou a me empurrar para trás.

Marina- Anda vagabunda, levanta daí que eu vou te mostrar como uma garota do morro faz- Gritei envolvida nos braços dele.

Henrique- Paro Marina- Falou alto e sério- Qual é porra?...

Marina- Vai pra puta que te pariu também-Bufei afastando ele e sai andando na frente.

Cheguei na ponta do morro e eles já me deram passagem tirando as armas da frente. Eu fui subindo enquanto os jovens cheios de energia iam descendo com bebidas e drogas nas mãos, animados para curtir.

Eu por outro lado, já estava cansada e completamente exausta. Entrei na minha casa completamente vazia e escura, subi as escadas e adentrei meu quarto.

Tirei minhas roupas a caminho do banheiro e liguei o chuveiro no gelado mesmo, entrei de baixo dele e meu corpo se arrepiou pelo frio. Me encostei na parede e deixei que a água levasse com ela tudo que eu estava sentindo.

....

Me sentei de frente ao meu espelho já vestida e fiquei me encarando, meus cabelo rosa e molhado pingava em meus ombros. Abri a gaveta para pegar minha escova, mas escutei um barulho vindo do lado de fora e na hora peguei minha arma.

Me levantei devagar e em passos lentos fui até a porta parando atrás da mesma, abri ela devagar e olhei pelo vão. Vi uma sombra subindo as escadas e minha respiração começou a ficar ofegante!

-Eu sei que está aqui Marina!!- Escutei uma voz rouca e masculina- Eu te vi chegando, estava a sua espera!

Meu coração acelerou e eu comecei a tremer, estava bêbada, drogada e mal conseguia ficar em pé. E agora tem um maluco na minha casa.

Eu tentava segurar a arma com a maior força possível mas o medo estava invadindo minhas veias.

- Aparece, vamos conversar!- A voz foi ficando cada vez mais próxima- Eu tenho um recadinho para seu pai e seu avô.

Engoli em seco e tudo ficou silêncioso, as luzes se apagaram ficando um completo breu!

-Marina! Eu sei que você está aqui- Estava cada vez mais perto.

Fechei os olhos com força e estiquei meu braço para pegar meu celular na mesinha, meus dedos bateram nele e o mesmo caiu no chão. Eu não conseguia ver nada.

No mesmo instante a porta se abriu com força me fazendo ser empurrada para trás, bati na quina da cama e cai no chão, a arma que estava na minha mão eu nem sei onde foi parar. Minhas mãos vasculharam o chão atrás do meu celular mas era tarde.

Duas mãos me envolveram e logo uma risadinha, ainda no mesmo escuro aterrorizante, senti uma daquelas mãos acertarem meu rosto com um soco que me vez cuspir sangue pelo chão todo.

-Oi princesa!- Sussurrou contra meu rosto e sua respiração calma contra a minha acelerada me fez tremer de pavor- Queria muito olhar para esse seu rostinho lindo agora!.

Sua mão envolveu meus cabelos me fazendo levantar, ainda sem enxergar nada tentei o acertar mas ele nem se mexeu

Marina- Socorro!!- Comecei a gritar- Paaai!!! Socorro!!.

-Cala boca porra- Outro soco e mais outro...e mais outro...

Agora sim, eu já não conseguia falar pois o gosto metálico do sangue em minha boca me impedia de pronunciar qualquer coisa além de soluços de choro e medo.

Meu corpo foi contra a parede e agora os socos eram em minha barriga me fazendo perder completamente o ar, segurou meu pescoço e bateu minha cabeça contra a parede onde senti abri um corte na hora e o sangue quente foi escorrendo por minha nuca.

Marina- P...por favor- Pedi com com a voz embagarda pelo choro e o sangue

-Calma, o recado já está quase completo- Sua voz saiu quente contra minha orelha e fechei os olhos com força.

Minhas mãos tateavam a parede procurando o interrumptor. Quando achei, acendi a luz. Olhei para ele e meu Deus....eu o conheço!

- Surpresa querida?- Deu um sorrisinho e apertou meu pescoço batendo minha cabeça contra a parede novamente

Mais um corte se abriu e minhas perna perderam as forças, fechei meu punho com toda força que me restava e o soquei entre as pernas. Ele cambaleou para trás me soltando

-Sua puta!!!!- resmungou de dor

Eu abri a porta e sai me arrastando sem forças em minhas pernas ainda, segurei no corrimão e tentei descer as escadas mas senti a presença dele atrás de mim e logo depois meu corpo rolando pela escada.

Quando estava no chão, já sem força, sangrando, machucada e dominada pelo pavor, já sem condenação nenhuma para me levantar. Eu encarei o teto, tossindo bolas de sangues que escorriam pelo canto da minha boca até meus ouvidos.

O rosto dele se fez presente sobre mim, suas mãos envolveram meu pescoço apertando com tanta força que eu já não sentia mais o ar em meus pulmões.

Comecei a lhe dar tapas na tentativa dele me soltar mas era em vão, minhas unhas o arranhavam mas ele parecia nem sentir. Meu corpo foi ficando fraco e sem fôlego, minha cabeça parece uma grande bomba de sangue, meus olhos foram se fechando e minhas mãos ficando fracas.

Então é assim que termina? É desse jeito que eu morrerei? aqui, apenas eu e um psicopata. Sem nem mesmo eu ter tido a chance de ser feliz, ou ter dito ao Henrique que eu o amo...sem ter vivido um grande amor como o dos meus pais, ou simplesmente ter visto eles pela uma última vez...eu nem me despedi...isso não é justo...não é!

Isso não pode ser o fim, eu, aqui sozinha...eu estou com tanto medo!

Henrique- Marina!!!!- Ouvi seu grito e o tiro acertou em forte aquele elemento sobre mim.

Ele correu até mim, seus braços me envolveram me erguendo do chão e o mesmo com seu desespero tocava meu rosto mas já era tarde!!. Eu sinto muito. É tarde mais Henrique!

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_Beijinhos da Isa_

Crias do AlemãoWhere stories live. Discover now