Ashinlae & Nuahar • Lord Seventh fanfic

•Chapter 2 Três catamitas* em flor e um "consorte" ciumento•

Chapter 2 Três catamitas* em flor e um "consorte" ciumento

O cocheiro debandou rapidamente, saindo algo afoito com sua carruagem após ser pago por aqueles dois homens peculiares.

As rodas levantando um rastro furtivo de poeira.

Na verdade, ele parecia estar fugindo da entrada de algum sítio amaldiçoado, quando tinham parado de frente ao famigerado Flor Amarela.
O que não era algo para ser facilmente ignorado.

Como estavam em plena luz do dia, não havia tanto movimento, mais além na paisagem havia o comércio local, pessoas indo e vindo com o vento soprando placidamente.

Nuahar olhou a fachada daquele lugar, que de modo algum remetia ao feio. Muito pelo contrário, tinha algo ostensivo, pulsante, alegre... Pretensiosamente sedutor?

Mas, que o deixava sinceramente inquieto.

- Ashinlae... - Nuahar olhou o entorno. - Fique aqui um momento... Aquele mordomo do príncipe nos recomendou este lugar, mas não disse do que se tratava. Eu já volto.

Ashinlae assentiu, algo distraído, curioso... Onde estavam as pessoas desse tal Flor Amarela?

Por outro lado, Nuahar atravessou a via, se distanciando por mais de um Li de Ashinlae. Como os transeuntes não pareciam ter boa vontade para responder sua pergunta, ele acabou interpelando um velho comerciante que tinha uma barraca com todo tipo de artefatos produzidos em madeira.

O homem não ficou muito contente pelo forasteiro apenas querer uma informação, mas bem... Nuahar era um tipo alto e forte que inspirava respeito, então o velho torceu o nariz e terminou por responder, ainda que de má vontade.

Mesmo assim, Nuahar em agradecimento acabou comprando uma miniatura de lagarto esculpido em madeira, com detalhes delicados que remetiam ao réptil real.

Ele atravessou apressadamente a via, em nada satisfeito com sua descoberta, chegando ao ponto de partida... Aquele trecho em frente a fachada do Flor Amarela vazio, sem sinal de Ashinlae.

Nuahar guardou o lagarto em miniatura no interior da manga longa e folgada de sua veste, olhando para todos os lados. Seu interior se enervou... Isso era mau, muito mau.

Se Ashinlae não estava em nenhum lugar que a vista alcançava ao ar livre, ele tinha entrado nesse lugar?

Nuahar sentiu a língua apertada entre a mandíbula tensa e o céu da boca.
Não tinha outro jeito, então... Ele se moveu para penetrar as entranhas daquele lugar.

E assim que entrou, ele não demorou a ouvir uma conversa baixa, vozes distintas, pequenos risos e gracejos.

Depois de passar por dentro de uma parte daquela construção, havia uma entrada para o que parecia ser um jardim.

Mas, o cheiro inebriante não vinha das flores.

Era outro tipo de perfume.

Vinha dos trajes, das peles delicadamente e estrategicamente à mostra.

Feitas para seduzir, enlouquecer e instigar.

Nuahar analisou rapidamente enquanto se aproximava, sentindo uns tremores internos que o constrangiam previamente.

Havia três criaturas com hanfus adoráveis, dois em azul celeste e um em vermelho, bonitos adornos em seus cabelos e em seus rostos com um toque andrógino e um toque de porcelana, repousava o vermelho cintilante em seus olhares, flamejantes e ardentes como olhos de fênix, seus lábios levementes marcados com um batom carmim.

Eles conversavam, flertavam e riam com os leques em suas mãos.

Mas, o que causou o alarde em Nuahar foi ver que Ashinlae estava ocupando a mesa entre estas três figuras traiçoeiramente atraentes.