60- Nosso Colega Morto

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Morgue deu de ombros _Que seja! _dizendo isso ele foi andando para os fundos da sua cela, sendo engolido novamente pela escuridão.

Foi a vez minha e dos meus amigos de irmos para o fundo de nossa cela, nos sentamos no chão frio e começamos a debater. Aparentemente apenas eu achava uma loucura confiar em Morgue, mas no fim a opinião dos meus amigos, como maioria, venceu.

_Bem, eu não acho o gnomo confiável, ele parece pronto para a qualquer momento cravar uma faca em nossas costas _disse convicta.

Peter repetiu o que já havia dito _Mas se quisermos sair daqui iremos precisar de um mapa Crys.

Natasha pegou no meu ombro _Deixe o seu primo satisfazer o fetiche dele por mapas amiga.

Tyler riu _E olha o tamanho daquele duende, se ele tentar alguma coisa eu te protejo _eu balancei a cabeça e ri, aquilo estava virando um dejavu.

_Mas ele não é um criminoso contrabandista? _argumentei.

_Crys _Tyler me olhou sério _se não sairmos daqui, provarmos nossa inocência, desmascaramos Theodor e impedirmos que Murdoch seja solto um contrabandista livre será o menor dos nossos problemas.

Eu balancei a cabeça concordando, com isso nos levantamos e comunicamos ao gnomo que iriamos aceitar uma aliança provisória. A criatura ficou bastante satisfeita. Eu estava me perguntando apenas como ele poderia ter um mapa, todos nossos pertences foram tomados de nós, como para ele poderia ter sido diferente?

Quem parecia compartilhar da minha dúvida era Tyler, meu amigo olhou debochado para Morgue _Nos conte duende, em qual buraco do seu corpo você escondeu esse mapa?

Morgue semicerrou os olhos em direção a Tyler irritado, mas pareceu considerar perda de tempo responder a provocação. _Sabe, nós gnomos somos seres cultos e cuidadosos, como eu estava ganhando a vida de uma maneira considerada ilegal para os guardiões...

Natasha a interrompeu _Considerada? Você é um contrabandista!

Morgue revirou os olhos atrevido _Se vocês parassem de me interromper eu terminaria a minha narrativa mais rapidamente, e iríamos poder descobrir uma forma de dar o fora daqui! _Natasha torceu o nariz _retomando ao que eu falava _prosseguiu o gnomo _quando se trabalha com coisas não lícitas você tem que estar preparado para ser pego em algum momento, por isso eu paguei a um xamã da terra dos elfos para realizar um ritual de selamento de um mapa em mim, ele disse que a prisão mais provável que levam criminosos que provavelmente serão condenados a morte é essa aqui, portanto ele me vendeu um mapa e o selou em mim _apesar das feiticeiras serem os seres mágicos portadores de maior poder místico nos mundos também havia seres entre os reinos das criaturas mágicas que conseguiam lidar com rituais e magias mais simples, e eu já havia ouvido falar que havia alguns xamãs no mundo élfico que eram especialistas em selos mágicos, as bolsas élficas por exemplo, possuíam propriedades mágicas graças a selos mágicos feitos nelas.

_Onde o xamã selou o mapa Morgue? _Peter adotava um tom respeitoso com a criatura.

Morgue apontou para o olho esquerdo _Bem aqui, mas eu não tenho como retirar o mapa do selo, a chave que o xamã me deu para quebrar o selamento foi confiscada.

Tyler bufou _Então você na verdade não tem um mapa.

_Tenho! _berrou morgue _só não tenho como pegá-lo.

Tyler me olhou especulativo _Consegue quebrar o selo?

Peter respondeu por mim _Depois de ter tomado aquela poção ela não consegue nem mesmo liberar uma pedra de fogo.

Natasha completou _E primeiro teríamos que passar pelas grades para ir até a cela do Morgue. Eu e o Tyler poderíamos quebrar as grades na força bruta, mas todos sabemos que as grades das prisões são batizadas por feitiços então força bruta não rola, a Crystal teria que quebrar o feitiço, e aí chegamos novamente ao empasse da bendita poção tomada.

A Ordem Da LuaWhere stories live. Discover now