piloto

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P.O.V - Charlotte

O dia tão esperado chegou. Finalmente fiz meus queridos 18 anos e como presente ganhei um Porsche Brazil com o teto aberto de meu querido papai. Definitivamente foi o melhor presente que eu poderia ganhar, mesmo que eu não tenha carteira de motorista aínda....mas estou resolvendo isso.

Passei o dia vagando pela cidade com meu carro novo, e, por volta das 20h decidi sair com minhas amigas para algum bar qualquer para comemorar com bebidas e caras mais velhos.

Um curto vestido de lantejoulas e fendas envolvia meu corpo, saltos em meus pés e uma maquiagem não tão pesada em meu rosto. Assim que estava pronta, saio de minha casa e vou encontrar as garotas no local combinado.

Um, dois, três, quatro... até perdi a conta de quantos drinks bebemos, de quantos caras nos azararam e nos pagaram outros drinks. Não estava com vontade de ficar com ninguém naquele lugar, mas adorava flertar e provocar qualquer um que se aproximasse, ainda mais se fosse para ganhar algo em troca, como as bebidas.

Jogava meus cachos loiros e mexia meu corpo com confiança e sedução ao som das músicas altas que ali tocavam. O álcool realmente já consumia todo meu corpo e me fazia me sentir aínda mais leve e com a sensação de que podia fazer o que quisesse naquele momento.
...

Quando se passava das 3 da manhã, o cansaço já me batia em meu corpo e o cheiro forte de fumaça e bebida daquele local me intoxicavam. Despedi-me de minhas amigas e fui em direção ao meu carro. Destranquei-o, entrei no veículo e comecei a dirigir de volta para casa. Havia esquecido o quanto havia bebido e o quanto isso podia me influenciar nesse momento.

Com um pouco de dificuldade, consegui dirigir até metade do caminho, mas em certo momento minha lembrança se perde e so desperto do que estava acontecendo quando meu carro estava colidindo com uma barricada de concreto que dividia uma das pistas da ponte. Tentei freiar o quanto conseguia, mas já era tarde, a parte frontal de meu carro estava completamente amassada contra o concreto.

— MERDA... - grito quando minha cabeça se choca com o volante por causa do impacto.

Sinto minha visão embaçar e um rastro frio escorrer sobre meu olho esquerdo e depois bochecha até pingar em meu colo. Sangue.
Luto o quanto consigo para ficar acordada e procuro com pressa meu celular, que no momento estava jogado no chão do carro. Tiro meu cinto com cuidado e me abaixo até pegar o aparelho.

Não podia chamar a ambulância. Sabia que se contatá-los logo logo meu pai ficaria sabendo e ficaria uma fera comigo por ter dirigido bebada e ter estragado o novo presente. Não queria decepciona-lo, não de novo.

Rapidamente entro no google, pesquiso o número de guincho e faço a ligação. Meu pai não pode descobrir a merda que eu fiz... vou ter que resolver isso sozinha.

O mecânico e a Miss GirlWhere stories live. Discover now