Chapter 47 - Epílogo

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— Eu já tinha terminado com ela antes dela me trair com a Beatrice. – Theo virou a cara para esconder seu rosto vermelho e cruzou os braços. Eu e Tom nos sentamos lado a lado, de frente para Ethan e Amber, enquanto Theo estava sentado no meu outro lado.

— Vamos fingir que isso é verdade. – Amber murmurou enquanto pegava sua revista de moda e folheava devagar.

— Vocês não conseguem ficar um minuto sem brigar? – Ethan balançou a cabeça em negação e iniciou uma nova discussão com os dois. Eu segurei a risada enquanto observava eles. Logo senti uma mão quente apertar minha coxa discretamente. Eu virei a cabeça para Tom e o encontrei lendo seu livro de poemas com a mão livre, um sorriso minúsculo em seus lábios.

— Cala a boca você, seu bafudo! – Ouvi Amber esbravejar enquanto eu ainda observava Tom. Me desliguei do mundo por um minuto, querendo apenas apreciar o garoto que eu estava olhando. Nós evoluímos muito nos últimos anos. Tom havia crescido muito, mudado muito. Ele estava mais maduro, mais forte e mais inteligente. Nunca mais mencionamos o ocorrido do ano passado, todos nós decidimos esquecer isso para sempre. Dumbledore havia sido designado a trabalhar com Dippet na diretoria em Hogwarts, fiquei feliz em saber que ele não foi expulso. A gata de Tom, Angel, infelizmente havia falecido por uma doença que nenhum veterinário conseguia curar. Alface nunca mais foi o mesmo desde então. Ele costumava formar uma dupla com Angel para absolutamente tudo, desde comer e dormir até passear no jardim e brincar. Tom tentou não demonstrar que ficou abalado com isso, mas o peguei chorando em uma noite de madrugada. Ficamos abraçados com Alface chorando até dormir, mas depois Alface miou desesperado querendo sair do nosso aperto. O único carinho que ele gostava era o de Angel. Theo também ficou bem abalado, já Amber e Ethan não tiveram a oportunidade de ter conhecido ela, já que ela morreu pouco tempo depois de Grindelwald ser preso.

- Angel, fala pra Amber que eu não sou corno! – Ouvi Theo esbravejar, podia ouvir que sua voz estava embargada. Eu estava ocupada demais observando Tom. Queria me desculpar por ignorar Theo, mas eu simplesmente não conseguia parar de olhá-lo. Eu estava completamente rendida à Tom, isso era fato. Gostava de analisar as ondas pequenas que as franjas de seu cabelo formava, o jeito que ele ficava corado quando percebia que eu o encarava e fingia não ter visto, seus olhos percorrendo cada letra, cada linha do que estava escrito no papel do seu livro, um livro de poemas. O mesmo livro que ele sempre lia para mim todas as noites, cada noite era um verso de um poema. – Eu desisto de falar com ela. Ela não para de secar o Tom, daqui a pouco ele vai ficar desidratado. – Theo resmungou com Ethan e Amber. Pude ver Tom esboçar um sorriso pequeno. Ele fechou seu livro e guardou ao lado do corpo, virando a cabeça para mim. – Quanta melosidade... – Theo resmungou em um murmúrio. Eu ainda podia sentir a mão de Tom em minha perna. Ele deu um aperto um pouco forte e aproximou seus lábios de mim, selando um beijo em minha testa e me puxando para um abraço. – Vocês não querem uma cabine só para vocês não?

— A próxima vez que você abrir a boca para falar alguma coisa, vai ficar sem dentes. – Tom disse enquanto acariciava meu cabelo. Theo abriu a boca para protestar, mas logo ele fechou novamente e engoliu em seco.

— Quanto amor envolvido. – Amber murmurou. Ethan deu risada e bagunçou os cabelos da irmã, arrancando um xingamento dela.

As horas se passaram e logo a lua substituiu o sol no céu imenso, agora adernado de estrelas. Eu e Tom havíamos nos despedido de Ethan, Amber e Theo. Nós estávamos à caminho da casa de Ariana, nossa casa agora. Dumbledore disse que a chave estaria abaixo do tapete que decorava a porta de entrada. Nós a encontramos com facilidade e abrimos a porta, sentindo um pouco de poeira cair em nossas cabeças. Tom suspirou e tirou sua varinha da mala.

— Pelo menos podemos limpar isso com magia. Sem ser de forma ilegal agora. – Tom deu risada, lembrando da vez que eu usei magia para limpar a casa.

Possessive || Tom RiddleOnde histórias criam vida. Descubra agora