Para Todo Sempre

Capítulo 1

Acordo com um barulho insuportável vindo da sala e vou lá ver, como sempre Rose estava lá se drogando com uns caras estranhos.

- Rose é serio?são só 5:00 da manhã._ disse nervosa

- Não tem hora pra se divertir._ falou rindo de mim

Ela estava sentada na mesa fumando e jogando baralho com os caras estranho. Fui na geladeira procurar alguma coisa pra comer, e só tinha um galão de leite vazio.

-Rose cadê o leite que eu comprei ontem_ Perguntei

-Ah desculpa o John bebeu tudo._ disse apontando para um homem de barba  que acenou pra mim com um sorriso nojento.

Não liguei muito e foi pro quarto me trocar pra ir pro trabalho, parei os estudos ano passado, tive que me dedicar ao trabalho para sair o mais rápido possível dessa casa. Término de me arrumar e fico olhando para a pulseira no meu pulso, nunca consegui tirar ela, eu me recordo da Agnes falar algo sobre magia, vampiro e lobos, mas as vezes é como se nada disso fosse real, lembro quando eu contei isso aos meus primeiros país adotivos, eles pensavam que era coisa de criança, até que um dia eles me devolveram, dizendo que eu era uma criança perturbada.

Pego minha bolsa e vou embora para o trabalho. Eu trabalho de garçonete em uma lanchonete, era cansativo ter que lidar com pessoas mal educados e homens tarados o dia inteiro, eu estava cansada mas hoje eu teria que fechar antes de ir.

Estava terminando de limpar as mesas quando escuto o som do sino da entrada, olho mas não vejo ninguém, provavelmente foi o vento. Estava pegando minhas bolsa pra ir embora, quando ouço uns sussurros

- Alex... Alex..

Olhei de novo e não vi ninguém

- Olha se tiver alguém ai melhor ir embora, eu tenho molho de pimenta e não tenho medo de usar_ pego o molho que estava na mesa.

De repente o barulho sumiu. É molho de pimenta sempre funciona. 

Chego em casa as 23;00 estava todo escuro e não tinha ninguém, ouço um barulho vindo do banheiro e pego a primeira coisa que vi, um abajur, eu sei que não é a melhor arma de defesa mas dava pro gasto. Dou passos até a porta do banheiro onde vinha o barulho e abro ela.

- O que você tá fazendo aqui?_ Pergunto pro tal John, o cara que a Rose disse que bebeu todo leite.

- Aah...oi...olha eu só estava usando o banheiro_ Ele disse gaguejando

-A Rose não está aqui, agora vaza e põe isso pra dentro _ disse ao ver mijando

Ele terminou lavou as mãos e saiu do banheiro

- Olha gatinha, não precisa ser difícil assim, eu sei que você quer isso_ Ele disse se aproximando de mim

- Do que você tá falando seu velho nojento_ digo indo pra trás

-Eu vi você me olhando de manhã, eu vi a maneira como você se vestiu_ disse a última frase passando a mão no meu rosto.

Era inacreditável o que eu tinha acabado de ouvir. Empurrei ele com as minhas mãos, eu queria correr o mais rápido dali mas eram como se eu tivesse entrando em estado de choque e como se por mais que eu tentasse não conseguisse sair. Ele levantou e me empurrou contra a parede e apertou o meu rosto.

- Sua vadia de merda_ disse dando um tapa na minha cara

Eu comecei a gritar por socorro mas era como se ninguém escutasse, ele começou a tirar minhas roupas e quanto mais eu tentava sair mais ele me apertava. Eu tava sentindo um misto de ódio e raiva que não conseguia explica. Foi quando as luzes começaram a estourar e ele se assustou e saiu de cima de mim, naquele segundo eu saí do estado de choque e percebi que eu que estava fazendo aquilo. Ele olha pra mim com um olhar confuso  e foi quando comecei a aperta a mão e quando mais apertava percebia que ele sufocava, até eu aperta com toda minha força e ele cair duro ali mesmo no chão. Olho pro corpo dele no chão sem vida e não sinto nem uma pena por isso.

Pego minha mochila e uma pequena mala que tinha, coloco algumas roupas, e meus documentos, pego todo o dinheiro que tem na carteira do cara morto na sala.

- Que você queime no inferno seu desgraçado_ digo cuspindo nele

Fecho a porta e saiu o mais rápido daquele lugar, uma sensação de liberdade.
Olho pro meu pulso e vejo a pulseira com uma parte rachada, eu não estava conseguindo raciocinar o que tinha acabado de acontecerenter, era como se eu tivesse feito aquilo mas como? Porque a pulseira tinha rachado?
Em meio a tantos pensamentos acabo esbarrando em alguém.

- Desculpa_ falo tentando não olhar pra pessoa.

- Tenha mais cuidado_ o homem que esbarrei disse.

Saiu dali o mais rápido possível mas foi inevitável não olhar pra trás, ele era alto e tinha um cabelo loiro e meu deus, onde tava esse homem quando eu não estava fugindo de um assassinato. Quando chego no aeroporto vejo que não faça a mínima ideia pra onde ir, pelo menos eu tinha um passaporte, antes da Rose virar uma drogada a gente sempre visitava seus pais no Canadá. Sento ali mesmo no chão sem fazer a mínima ideia do que fazer.

Uma senhora com um lenço sobre o cabelo, olhou com um olhar curioso e veio até mim.

- Olá querida, está tudo bem?_ Ela perguntou simpática

- Está tudo sim_ Dei um leve sorriso

Não, acabei de matar um homem mas com certeza está tudo bem.

- Me chamo Martha, qual seu nome?_

- Meu nome é Alex_ respondo

- O nome da minha cachorra é Alex também, ela é muito bonita que nem você_

Eu espero que isso tenha sido um elogio.

- Você está indo pra onde?_ a mulher perguntou

-Não sei ainda_ respondi

- Você tem alguma família?_

Essa velha questiona tudo também.

- Não, eles morrem em um acidente de carro_

Isso foi o que a Agnes me disse uma vez.

Flashback

-Alex fica parada senão não consigo fazer uma trança_ disse pela milésima vez

-Ag, onde estão meus pais de verdade?_ perguntei curiosa

Ela para de pentear meu cabelo e se vira para mim

- eles sofreram um acidente de carro, e acabaram morrendo.

Sinto uma lágrima escorrendo pelo meu rosto, quando Agnes secou com seu polegar.

- Somos apenas você e eu abelinha_ disse sorrindo.

Pelo menos, por muito tempo acreditei mas hoje não faço mais a mínima ideia se isso era verdade ou mentira.

- Eu sinto muito, estou indo para Nova Orleans, visitar minha filha_ disse a mulher com um sorriso no rosto.

Nova Orleans, não me parece ruim.